Obstetras para Parto Normal e PROFISSIONAIS DO PARTO NORMAL E HUMANIZADO
SÃO PAULO
Dr. Alberto Jorge de Sousa Guimarães (Defensor do Parto Humanizado) Parto na água e de cócoras
Rua Voluntários da Pátria, 2820 - Cj.83 - Santana - (11) 29791151 / 29791352
Dra. Betina Bittar (Só Particular) (Médica super humanizada)
betinamac@uol.com.br
14 3882-8460 (consultório em Botucatu)
Dra. Andrea Silveira de Queiroz Campos (Só Particular, Consulta R$ 250,00)
Fone: (11) 5579-1051 (esta atendendo nesta clínica as 5ª feiras)
Rua Borges Lagoa, nº 564 Conj 12 1º an dar - Vila Clementino
Próx ao Metro Sta Cruz - Zona Sul
Tel.: (11) 3812-8681(esta de licença nesta clínica)
Dr. Cláudio Basbaum - Dra. Vanessa Sécula (Só Particular, Consulta R$ 380,00)(Parto totalmente humanizado e Laboyer)
Fones: (11) 6256-9521 / (11) 3848-9492
E-mail: atendimento@claudiobasbaum.med.br
Rua Alceu de Campos Rodrigues, nº 247 Conj. 11
Vila Nova Conceição - São Paulo/SP
Dra. Fernanda Cristina (Só Particular - Consulta R$250,00)
Fone:(11) 3168-5543
Rua Iguatemi, nº 192 Cj 12
Itaim Bibi - São Paulo/SP.
Dr. Jorge Kuhn (Consulta particular R$ 250 reais)
Fone: (11) 5579-1051 / 5579-3168 / Cel: 9930 1230
E-mail: jorge.toco@epm.br
Parto Humanizado e residêncial
Dra. Catia Cristine Chuba da Silva (Parto totalmente natural)
Fone: (11) 9668-3777 (Consulta custa por volta de 150 reais)
E-mail: catia.chuba@gmail.com
Dr. Marcos Tadeu Garcia (Atende Convênio Amil e LINCX valor da consulta particular é R$ 200,00)
R. Pedro de Toledo, 399
Vila Clementino
marcostgarcia@ig.com.br
Fone:11- 5579-0910 e 5572-1112
Faz parto verticalizado (cócoras), e também parto na água.
CASAS DE PARTO SP
Casa de Parto Sapopemba
End.: Rua São José das Espinharas, 400 - Sapopemba - São Paulo- SP
Tel.: (11) 2702-0435 ou 2103-3187
Casa de Maria - Sta. Marcelina
End.: Rua Salvador Balbino Matos, 400-A - Itaim Paulista - São Paulo- SP
Tel.: (11) 2572-2073 ou 2572-2074
ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS - SÃO PAULO
Enfermeira Obstétrica Márcia Koiffan
tel.: (11) 5543-1521
email: koiffman@ajato.com.br
Obs.: parto domiciliar
Enfermeira Obstétrica Vilma Nish
tel.: (11) 5579 5118 (res)
email: vilmanishi@ig.com.br
Obs.: atende parto domiciliar
DOULAS - SÃO PAULO
Pris Rezende
Doula
(11) 8887-1894
www.prisrezendedoula.blogspot.com
BAIXADA SANTISTA - SP
Dra Cláudia Ribas Starnini Araújo e ela tb trabalha com uma Doula (maravilhosa)
endereço: Av. Conselheiro Nébias, 726, cj. 91-92-Boqueirão-Santos ... tel:(13)3224-4127.
RIO DE JANEIRO:
Dra. Claúdia Orthof - Médica Parteira
Tel.: (21) 2552-3761 e 9248-7212
e-mail: claudia.orthof@rehuna.org.br ou claudiaopl@imagelink.com.b
Obs: exclusivamente partos domiciliares, pré-natal fisiológico e assistência pós-parto, especializada em amamentação
Dra. Stella Marina Ferreira
Obstetra
Rua Santo Afonso 44/606 Tijuca
Tels: (21) 2284.2208 e 2264.2714
Obs: Homeopata, atende partos domiciliares, trabalha com equipe que inclui
doula e pediatra.
Dra. Lílian May
Obstetra
Rua Santa Clara 70 / 705 - Copacabana
Tel: (21) 2549.8986
E-mail: lmsd@domain.com.br
Dra. Francisco Vilella
Obstetra
Barra da Tijuca: (Cittá América)
Tels: (21) 3803.7843 e 3803.8140
Humaitá:
Tels: (21) 2539.1266 e 2286.0380
E-mail: villela@alternex.com.br
Obs.: Homepatia. Atende parto domiciliar e na água.
Dra. Roberto Galluzzo
Obstetra
Leblon
Tels: (21) 2239.7431 e 9985.1895
E-mail: galluzzo@netgate.com.br
Obs.: Atende parto hospitalar em cadeira de cócoras.
Dra. Marlene Alves Teixeira
Obstetra
Rua Gildásio Amado 55 sl 408 edificio Centro da Barra
Tel: (21) 2491.2742
Dra. Marilia Calil Salim
Obstetra
Tel.: (21) 9367.3066
Obs. Foi assistente do Dr. Fernando Estellita Lins
Dra. Maria Helena Bastos
Obstetra
Tel: (21) 9963.1610
E-mail: melbee@uol.com.br
Dr. Mário Guilherme Fonseca
Obstetra
Av. Pasteur, 377 - Urca
Tels.: (21) 2541.2301 e 2295.3735 (cons.); (21) 2541.0935 (res.);
Urgências - Mobi (21) 2508-1001 código 76760
Obs. Atende vários convênios.
Dr. Antonio Carlos de Oliveira
Av. Princesa Isabel 150/ 403 Leme - Rio de Janeiro - RJ Tel: 3820 9991 /
2541 0890 obs: partos naturais e domiciliares
Dr. Rodrigo Viana - Obstetra
End.: Rua da Conceição 188/ sala 804 Niterói Shopping - Centro - Niterói
Tel.: (21) 2717-6582
Cel.: (21) 8112-6799
Obs: Calmo, flexível, paciente, e pode atender partos domiciliares. Também atende em hospital público e tem um grupo de gestantes em Benfica-RJ
Dr. Marcos Dias
End: Rua Farme de Amoedo, 75/cob 01 - Ipanema
Tel.: (21) 2522-0396 / 2522-0384 / 2287-5666
Obs.: É médico particular mas atende pelo plano Bradesco Rede Globo.
ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS - Rio de Janeiro
Enfª. Obstétrica Priscila
Telefones: (21) 24812436 ou 98179728
email: enf_prismac@yahoo.com.br
Enfª. Obstétrica Raquel Iozzi
email: raquelli.iozzi@yahoo.com.br
telefones: (21) 2451-1655 ou (21) 9745-4345
Enfª. Obstétrica Marillanda Lima
Tel: (21)8161-4125
email: marilandalima@oi.com.br
Enfª. Obstétrica Heloisa Lessa
Tel.: (21) 2232-2445 e (21)8863-2815
email: heloisa.lessa@terra.com.br
Obs.: Pré-natal e parto domiciliar
DOULAS - Rio de Janeiro
Ingrid Lotfi, doula e educadora perinatal
Ingrid Lotf, doula e educadora perinatal
tel.: (21) 2453-4368
cel.: (21) 9321-2989
email: ingrid.lotfi@rehuna.org.br
PS: Serviço inclui atendimento durante a gravidez, parto e pós-parto.
Auxília também com amamentação e cuidados com o bebê.
Fadynha
tel.: (21) 2205-1570
site: www.institutoaurora.com.br
Ana Lúcia Baptista
email: anadoula@gmail.com
Telefones: 3852-6753 ou 8859-1432
CASA DE PARTO - Rio de Janeiro
Casa de Parto David Capistrano
End.: Rua Pontalina s/n - Realengo
Tel.:(21) 3335-2535
[b]VITÓRIA[/b]
Dr. Paulo Batistuta Novaes
End.: CECON: Rua Eugênio Neto, nº 180 - Praia do Canto
Tel.: (27) 3325 2755
Enfermeiras obstétricas que atuam como 'parteiras' no Rio de Janeiro:
Heloisa Lessa e Marilanda Lima
Rua Pereira da Silva, 555 - Laranjeiras
Tels.: (21) 2245.9573 e (21) 2245.9574
E-mail: helolessa@openlink.com.br
Obs.: Acompanham o pré-natal, o parto e o pós-parto; atendem parto
domiciliar.
FORTALEZA
Dr: Silvio Carlos Rocha de Freitas
Consultório: LAPEL - Liga de Apoio ao Parto Estilo Livre
R Prof. Anacleto, 33
Tel 214 0156 / Cel:99918781
Dr: Luiz Carlos Weyne
Rua Dr. João Cordeiro, 1508 - Aldeota
Tel 253 30 32 e 221 3981
SALVADOR - BA
Dra. Marilena Pereira
R Senador Theotonio Villela, 110 - Ed Cidadela Center Ii S/201 ver mapa
40279-435 Salvador (Bahia)
Telefone : (71) 3358-2368
RECIFE
Dra. Melânia Amorim
End.: Rua Sport Club do Recife, 280/418 (Ed.Albert Einstein)
tel.: (81) 3221-5159/0681 / Cel.: (83) 8815-5216
e-mail: melamorim@uol.com.br
Obs.: Não atende convênios, mas a maioria das clientes consegue o reembolso dos planos de saúde
Dra. Leila Katz
End.: Rua Sport Club do Recife, 280/418 (Ed.Albert Einstein)
tel.: (81) 3221-5159/0681 / Cel.: (81) 9656-5977
email: leilakatzdm@yahoo.com.br
Obs.: Não atende convênios, mas a maioria das clientes consegue o reembolso dos planos de saúde
Dra. Isabele Coutinho
End.: Rua Sport Club do Recife, 280/418 (Ed.Albert Einstein)
tel.: (81) 3221-5159/0681 / Cel.: (81) 9272-7051
email: isabela@elogica.com.br
Obs.: Não atende convênios, mas a maioria das clientes consegue o reembolso dos planos de saúde.
RIO GRANDE DO NORTE
Dra. Edilsa Araújo
Tel.: (84) 3222-8772
email: jedilsa.araujo@zipmail.com.br ou edilsa.pin@hotmail.com
Obs.: Ela assiste parto domiciliar, parto na água, desde há muitos anos garante a presença de acompanhantes de escolha da mulher, respeita os tempos do trabalho de parto.
RIO GRANDE DO SUL
Dr. Ricardo Herbert Jones
End.: Rua Annes Dias 154 sala 1504
Tel.: (51) 3228 3612 - 3226 6183
Email: rhjones@ig.com.br
Obs.: homeopata, faz partos domiciliares, trabalha com equipe que inclui doula e obstetriz.
Dra. Ana Claúdia Codesso
Atende em consultório terças e quintas das 13:00 às 17:00.
End.: Protásio Alves, 3173/203 - Alto Petrópolis
Tel.: (51) 3334-2584
PORTO ALEGRE
Ricardo Herbert Jones
Rua Annes Dias 154 sala 1504
CEP: 90020-090 - Porto Alegre, RS
Fones: (51) 3228 3612 - 3226 6183
email: rhjones@ieg.com.br
Obs: homeopata, faz partos domiciliares, trabalha com equipe que inclui
doula e obstetriz.
BRASÍLIA / GOIANIA
Frederico Luis Felipe Coelho
SHLS 716 conj.A, Sala 303
Ed Unimed - Brasília - DF
Tel: 245 2003
cel. 9982 2155
frederico.coelho@terra.com.br
Dra. Rachel Costa dos Reis e Dr. Fábio
fone consultorio 2451322
SHLS 716, Hospital Santa Lúcia, sala 12
cel Dra. Rachel 99828600
cel Dr. Fabio 99861346
Dr. Helio Bergo, obstetra
SEPS 714/914 Ed. Santa Maria - Sala 232
Cep: 70390-145 Brasilia, DF
Tels: (61) 346-3185 / 346-3185
obs. Faz partos domiciliares, na água
Dra. Vera Lúcia Coimbra, obstetra
Tel: (61) 248 1497 / 226 7963
obs. Faz partos domiciliares
Dra. Geovana Mendonça de Melo, obstetra
SEP/Sul 715/915 Centro Clínico Pacini
Bloco "D" - Sala 224 Brasilia - DF
Tel: (61) 245 6337
Dra. Lívia Martins Carneiro, médica obstetra
Clínica Médica Moderna - Praça Nova Suíça - Goiânia
Telefone: 253-1069 / Res.: (62) 261-3407 / Cons.: (62) 253.1069
liviamartinscarneiro@bol.com.br
Atnedimento: Seg. feira e Terça feira das 08:00 às 12:00-14:00 às 18:00
Dra. Esther Vilella
Hospital Pio X -Ceres - GO
Praça Pio X Nº 76 Bairro Central
Telefone: (62) 323-1831
BELO HORIZONTE
João Batista Marinho de Castro Lima
Central de Consultas - Hospital Vera Cruz Life Center
Av. do Contorno, 4747/3o andar - Serra
Fone: (31) 3289-1800
Hospital Sofia Feldman
Rua Antonio Bandeira, 1060 - Bairro Tupi
Fone: (31) 3433-1589
terça-feira, 8 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Médicos
Estou aqui hoje para, meter o pau (desculpe o stress) num médico infeliz que atende meu sogro no Incor. Nada contra o médico, até porque ele sempre atendeu minha cunhada (é ela quem acompanha meu sogro ao médico) super bem. Nossa já hávia ouvido mil elogios com relação ao cidadão dito doutor. A questão é que o doutor sempre atendeu super bem minha cunhada pois ela desembolsava R$ 400,00 a consulta. Só que agora ela descobriu que o doutor atende bradesco, então ela passa o cartão do convênio médico do meu sogro, que com mais de 70 anos paga quase 1.000,00 de convênio por mês. Como quem esta pagando a consulta é o convênio e muito provávelmente o convênio deve pagar a ele muito menos que R$400,00 o médico a atendeu com muita má vontade e com uma pressa que jamais hávia sido sentida quando o valor da consulta era pago em $$$$.
Como já postei aqui em outras circunstâncias sei que os médicos estudam blá!blá!blá! tem muitos custos blá!blá!blá! Os convênios são uma bosta e não os pagam como merecem e blá!blá!blá!blá! Só que eu encontrei a solução por que este cidadão que pelo jeito fez medicina só visando seu bolso não se especializou em cirurgia plástica ao invéz de cardiologia? Assim ele ganha mais por tudo???? Outra auternativa é se não gosta do quanto o convênio paga, por que aceita convênio????
Ou porque ele aceita ser um bosta de profissional para quem o paga com convênio saúde????
Bem são muitas interrogações!!!
Como já postei aqui em outras circunstâncias sei que os médicos estudam blá!blá!blá! tem muitos custos blá!blá!blá! Os convênios são uma bosta e não os pagam como merecem e blá!blá!blá!blá! Só que eu encontrei a solução por que este cidadão que pelo jeito fez medicina só visando seu bolso não se especializou em cirurgia plástica ao invéz de cardiologia? Assim ele ganha mais por tudo???? Outra auternativa é se não gosta do quanto o convênio paga, por que aceita convênio????
Ou porque ele aceita ser um bosta de profissional para quem o paga com convênio saúde????
Bem são muitas interrogações!!!
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Médico defende o fim da dor na hora do parto
Sábado, Setembro 20, 2008
Médico defende o fim da dor na hora do parto
A pior dor do mundo? Esqueça
Médico americano preconiza que a mulher
pode e deve tomar anestesia desde o começo
do trabalho de parto e ter seu bebê sem sofrimento
Christina Simons/Corbis/Latin Stock
Depois de horas e horas de dor indescritível, o bebê nasce, perfeito, e a mãe esquece tudo o que passou. Comovente, mas não obrigatório: segundo o anestesista americano Gilbert Grant, autor do livro Enjoy Your labor – A new approach to pain relief for childbirth(Aproveite o parto – uma nova abordagem do alívio da dor no nascimento), o uso de anestesia peridural durante todo o trabalho de parto, em doses que aumentam junto com a dor, é perfeitamente viável – ele aplica o método há quinze anos – e permite dar à luz com sofrimento zero. No Brasil, apesar do número recorde de cesáreas, a prática do parto normal realmente sem dor, com anestesia do princípio ao fim, é pouco aplicada. O temor à dor do parto é um dos motivos que incentivam a prática das cesarianas – no sistema privado de saúde, elas chegam a 80% dos nascimentos. No outro extremo, persiste a idéia de que tudo o que é natural é obrigatoriamente desejável, o que leva à busca de métodos exóticos como o parto na água, à luz de velas ou, como num caso recente no Rio de Janeiro, ao som dos trinados de um cantor lírico – em geral sem uma gota de anestesia. "Ainda existe muito preconceito em relação a fazer a analgesia da paciente assim que ela começa a sentir dor", diz Marcelo Torres, diretor médico da Pro Matre e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sobre o método preconizado por Gilbert Grant. Baseado no Langone Medical Center da Universidade Nova York, o anestesista falou à repórter Bel Moherdaui sobre o peso dos fatores culturais que associam o parto à dor e defendeu vigorosamente a sua especialidade.
Como funciona – Logo que a mulher chega ao hospital, aplicamos uma dose bem leve da anestesia; conforme a dor aumenta, damos doses extras. Mesmo que o parto demore várias horas, não há problema algum. A anestesia peridural pode ser aplicada até ao longo de vários dias, tanto quanto for preciso. Acreditava-se que se a mulher fosse anestesiada antes de alcançar 4 centímetros de dilatação a progressão do parto cairia. Mas há pelo menos três anos sabemos que, pelo contrário, a dilatação pode até aumentar com a anestesia. Acredito que no futuro todas as parturientes vão receber anestesia antes de sentir dor. Mas é difícil mudar algo tão arraigado culturalmente.
Floris Leeuwenberg/Corbis/Latin Stock
"O parto na água não é uma boa idéia para humanos"
Herança atávica – Ao longo de 25 anos de prática da medicina, pude observar que o desejo de enfrentar o parto sem anestesia decorre, principalmente, da cobrança cultural. Na origem disso, muitas vezes de forma inconsciente, está a referência religiosa, com a menção bíblica ao sofrimento no parto como castigo coletivo às mulheres porque Eva pecou no Jardim do Éden. Existe muita pressão da sociedade, dos amigos, dos parentes. Espera-se que elas agüentem a dor do parto, porque isso é natural. Tenho certeza de que, se os homens dessem à luz, essa discussão nem existiria. No meu livro falo que, evidentemente, ninguém pensaria em fazer uma cirurgia de remoção do apêndice sem anestesia. Se todas as mulheres soubessem quanto podem se beneficiar da anestesia peridural no parto normal, um número muito maior optaria por ela. O maior problema é a falta de informação, a ignorância. Já perdi a conta de quantas vezes ouvi, depois do parto, a paciente dizer: "Se eu soubesse, não teria esperado tanto". Sabemos que a dor do parto é a pior que a mulher vai sentir em toda a sua vida e que a peridural é capaz de eliminar essa dor. Mas parece que há mulheres que não querem acreditar nisso.
O tamanho da dor – A comparação mais comum é com a dor da pedra nos rins. Para um homem, é muito difícil imaginar. Aliás, para a mulher também. O mais próximo nelas é a cólica menstrual, mas a dor do parto é 100 vezes mais forte, então não é uma comparação muito justa. Ressalve-se que a dor é um fenômeno totalmente subjetivo. Depende da pessoa que está sentindo. Na Índia, há quem ande sobre brasa e não sinta nada. Temos de deixar cada indivíduo decidir quando a dor se torna desconfortável. Eu, pessoalmente, prefiro não sentir. Se entrasse em trabalho de parto, não ia querer dor alguma. Mas muitas mulheres querem a experiência completa, como era no começo dos tempos.
Divulgação
AMPLA E IRRESTRITA
Grant: "Sentir dor não tem vantagem nenhuma"
Benefício zero – Sentir dor não tem vantagem nenhuma e ainda pode ser perigoso. Além do sofrimento em si, há efeitos fisiológicos e psicológicos. Quando se sente muita dor, as veias se estreitam, o que diminui o fluxo de sangue para a placenta; conseqüentemente, o bebê recebe menos sangue. Algumas pesquisas mostram que as mulheres sob dor intensa acabam desenvolvendo mais problemas psicológicos depois do parto, como depressão e stress pós-traumático, a doença dos veteranos de guerra. A experiência pode deixar marcas profundas.
Segurança – A anestesia peridural é muito segura. É claro que podem acontecer problemas, como em tudo na medicina. Mas existe maior probabilidade de alguma coisa dar errado quando a paciente está a caminho do hospital do que de haver algum problema com a peridural. Cerca de 1% das pacientes tem dor de cabeça muito forte, mas isso é tratável. Também é possível ocorrer queda da pressão arterial da mãe, o que afeta o bebê, mas as providências são rápidas e eficientes. No hospital em que trabalho, jamais aconteceu de mãe ou bebê morrerem por causa da anestesia.
Experiência pessoal – Tenho três filhas lindas. As três nasceram de cesariana. Se tivesse sido parto normal, minha mulher teria recebido anestesia da mesma maneira. Não deixo nenhuma mulher que eu conheça e ame ter filho sem peridural. Já vi milhares de mulheres dar à luz e conheço bem a diferença.
Relaxamento perfeito – Não existe melhor técnica de relaxamento do que eliminar a dor no processo. Sem dor, a parturiente consegue respirar, ler uma revista, sorrir. As celebradas técnicas de respiração até ajudam a relaxar um pouco, mas não se comparam ao alívio dado pela medicação. Sem falar que a mulher que não consegue respirar como aprendeu no curso pré-natal por causa da dor muitas vezes se sente frustrada consigo mesma. Recentemente, uma paciente minha tentou o parto normal durante horas, inclusive com peridural a partir de certo ponto, mas não conseguiu e foi preparada para a cesariana. Quando perguntei como se sentia, respondeu: "Eu sou um fracasso". Ela estava a minutos de ter um bebê lindo e não conseguia viver a beleza do momento pelo excesso de rigor consigo mesma.
Dose certa – O grande passo aconteceu com o aperfeiçoamento da anestesia peridural. Isso foi possível com o uso de diferentes drogas combinadas para tirar a dor e manter a consciência. Pudemos dosar melhor a quantidade de cada medicamento, aliviando a dor e reduzindo muito os efeitos colaterais. E a grande vantagem da peridural é que ela tira a dor, mas não a capacidade de fazer força para ajudar o bebê a sair, até porque a mulher não está totalmente exausta por ter passado horas e horas sofrendo.
Na hora H – Geralmente, a presença do pai ajuda a dar apoio emocional à mãe. Mas eles sofrem muito com a dor delas. Se a mulher opta pela anestesia desde o começo, o marido também se sente muito aliviado.
Parto na água – É fantástico para peixes. Para os humanos, não acho uma idéia tão boa.
PM Images/Getty Images
"Quando se sente muita
dor, as veias se estreitam,
o que diminui o fluxo
de sangue para a placenta.
O bebê recebe menos sangue.
Além disso, há o risco
de mais problemas psicológicos
no pós-parto"
Médico defende o fim da dor na hora do parto
A pior dor do mundo? Esqueça
Médico americano preconiza que a mulher
pode e deve tomar anestesia desde o começo
do trabalho de parto e ter seu bebê sem sofrimento
Christina Simons/Corbis/Latin Stock
Depois de horas e horas de dor indescritível, o bebê nasce, perfeito, e a mãe esquece tudo o que passou. Comovente, mas não obrigatório: segundo o anestesista americano Gilbert Grant, autor do livro Enjoy Your labor – A new approach to pain relief for childbirth(Aproveite o parto – uma nova abordagem do alívio da dor no nascimento), o uso de anestesia peridural durante todo o trabalho de parto, em doses que aumentam junto com a dor, é perfeitamente viável – ele aplica o método há quinze anos – e permite dar à luz com sofrimento zero. No Brasil, apesar do número recorde de cesáreas, a prática do parto normal realmente sem dor, com anestesia do princípio ao fim, é pouco aplicada. O temor à dor do parto é um dos motivos que incentivam a prática das cesarianas – no sistema privado de saúde, elas chegam a 80% dos nascimentos. No outro extremo, persiste a idéia de que tudo o que é natural é obrigatoriamente desejável, o que leva à busca de métodos exóticos como o parto na água, à luz de velas ou, como num caso recente no Rio de Janeiro, ao som dos trinados de um cantor lírico – em geral sem uma gota de anestesia. "Ainda existe muito preconceito em relação a fazer a analgesia da paciente assim que ela começa a sentir dor", diz Marcelo Torres, diretor médico da Pro Matre e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sobre o método preconizado por Gilbert Grant. Baseado no Langone Medical Center da Universidade Nova York, o anestesista falou à repórter Bel Moherdaui sobre o peso dos fatores culturais que associam o parto à dor e defendeu vigorosamente a sua especialidade.
Como funciona – Logo que a mulher chega ao hospital, aplicamos uma dose bem leve da anestesia; conforme a dor aumenta, damos doses extras. Mesmo que o parto demore várias horas, não há problema algum. A anestesia peridural pode ser aplicada até ao longo de vários dias, tanto quanto for preciso. Acreditava-se que se a mulher fosse anestesiada antes de alcançar 4 centímetros de dilatação a progressão do parto cairia. Mas há pelo menos três anos sabemos que, pelo contrário, a dilatação pode até aumentar com a anestesia. Acredito que no futuro todas as parturientes vão receber anestesia antes de sentir dor. Mas é difícil mudar algo tão arraigado culturalmente.
Floris Leeuwenberg/Corbis/Latin Stock
"O parto na água não é uma boa idéia para humanos"
Herança atávica – Ao longo de 25 anos de prática da medicina, pude observar que o desejo de enfrentar o parto sem anestesia decorre, principalmente, da cobrança cultural. Na origem disso, muitas vezes de forma inconsciente, está a referência religiosa, com a menção bíblica ao sofrimento no parto como castigo coletivo às mulheres porque Eva pecou no Jardim do Éden. Existe muita pressão da sociedade, dos amigos, dos parentes. Espera-se que elas agüentem a dor do parto, porque isso é natural. Tenho certeza de que, se os homens dessem à luz, essa discussão nem existiria. No meu livro falo que, evidentemente, ninguém pensaria em fazer uma cirurgia de remoção do apêndice sem anestesia. Se todas as mulheres soubessem quanto podem se beneficiar da anestesia peridural no parto normal, um número muito maior optaria por ela. O maior problema é a falta de informação, a ignorância. Já perdi a conta de quantas vezes ouvi, depois do parto, a paciente dizer: "Se eu soubesse, não teria esperado tanto". Sabemos que a dor do parto é a pior que a mulher vai sentir em toda a sua vida e que a peridural é capaz de eliminar essa dor. Mas parece que há mulheres que não querem acreditar nisso.
O tamanho da dor – A comparação mais comum é com a dor da pedra nos rins. Para um homem, é muito difícil imaginar. Aliás, para a mulher também. O mais próximo nelas é a cólica menstrual, mas a dor do parto é 100 vezes mais forte, então não é uma comparação muito justa. Ressalve-se que a dor é um fenômeno totalmente subjetivo. Depende da pessoa que está sentindo. Na Índia, há quem ande sobre brasa e não sinta nada. Temos de deixar cada indivíduo decidir quando a dor se torna desconfortável. Eu, pessoalmente, prefiro não sentir. Se entrasse em trabalho de parto, não ia querer dor alguma. Mas muitas mulheres querem a experiência completa, como era no começo dos tempos.
Divulgação
AMPLA E IRRESTRITA
Grant: "Sentir dor não tem vantagem nenhuma"
Benefício zero – Sentir dor não tem vantagem nenhuma e ainda pode ser perigoso. Além do sofrimento em si, há efeitos fisiológicos e psicológicos. Quando se sente muita dor, as veias se estreitam, o que diminui o fluxo de sangue para a placenta; conseqüentemente, o bebê recebe menos sangue. Algumas pesquisas mostram que as mulheres sob dor intensa acabam desenvolvendo mais problemas psicológicos depois do parto, como depressão e stress pós-traumático, a doença dos veteranos de guerra. A experiência pode deixar marcas profundas.
Segurança – A anestesia peridural é muito segura. É claro que podem acontecer problemas, como em tudo na medicina. Mas existe maior probabilidade de alguma coisa dar errado quando a paciente está a caminho do hospital do que de haver algum problema com a peridural. Cerca de 1% das pacientes tem dor de cabeça muito forte, mas isso é tratável. Também é possível ocorrer queda da pressão arterial da mãe, o que afeta o bebê, mas as providências são rápidas e eficientes. No hospital em que trabalho, jamais aconteceu de mãe ou bebê morrerem por causa da anestesia.
Experiência pessoal – Tenho três filhas lindas. As três nasceram de cesariana. Se tivesse sido parto normal, minha mulher teria recebido anestesia da mesma maneira. Não deixo nenhuma mulher que eu conheça e ame ter filho sem peridural. Já vi milhares de mulheres dar à luz e conheço bem a diferença.
Relaxamento perfeito – Não existe melhor técnica de relaxamento do que eliminar a dor no processo. Sem dor, a parturiente consegue respirar, ler uma revista, sorrir. As celebradas técnicas de respiração até ajudam a relaxar um pouco, mas não se comparam ao alívio dado pela medicação. Sem falar que a mulher que não consegue respirar como aprendeu no curso pré-natal por causa da dor muitas vezes se sente frustrada consigo mesma. Recentemente, uma paciente minha tentou o parto normal durante horas, inclusive com peridural a partir de certo ponto, mas não conseguiu e foi preparada para a cesariana. Quando perguntei como se sentia, respondeu: "Eu sou um fracasso". Ela estava a minutos de ter um bebê lindo e não conseguia viver a beleza do momento pelo excesso de rigor consigo mesma.
Dose certa – O grande passo aconteceu com o aperfeiçoamento da anestesia peridural. Isso foi possível com o uso de diferentes drogas combinadas para tirar a dor e manter a consciência. Pudemos dosar melhor a quantidade de cada medicamento, aliviando a dor e reduzindo muito os efeitos colaterais. E a grande vantagem da peridural é que ela tira a dor, mas não a capacidade de fazer força para ajudar o bebê a sair, até porque a mulher não está totalmente exausta por ter passado horas e horas sofrendo.
Na hora H – Geralmente, a presença do pai ajuda a dar apoio emocional à mãe. Mas eles sofrem muito com a dor delas. Se a mulher opta pela anestesia desde o começo, o marido também se sente muito aliviado.
Parto na água – É fantástico para peixes. Para os humanos, não acho uma idéia tão boa.
PM Images/Getty Images
"Quando se sente muita
dor, as veias se estreitam,
o que diminui o fluxo
de sangue para a placenta.
O bebê recebe menos sangue.
Além disso, há o risco
de mais problemas psicológicos
no pós-parto"
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
PARTO NORMAL VERSUS CESÁREA
PARTO NORMAL VERSUS CESÁREA
Motivada por um artigo do Prof. Antonio Carlos Lopes(Professor de Clínica Médica) publicado na FOLHA DE SÃO PAULO intilulado Parto Normal x Cesárea, seguido de várias cartas de leitores contrárias às suas colocações, digamos bastante machistas, e depois de outro artigo em Tendências e Debates assinado pelo Dr. Jorge Kuhn dos Santos temos de considerar: é muito ponderada a posição do Prof. José Aristodemo Pinotti, que clama bom senso, em carta no Painel do Leitor da FOLHA de 20/09/08.
Nossa postura é muito clara: no SUS é fundamental estimular o Parto Normal em função de diminuir custos e morbidade materna e neonatal.
Na rede privada as mulheres, no Brasil e nos países desenvolvidos, passaram a opinar na via de parto que desejam e é saudável que possam faze-lo. Lamentavelmente o estímulo ao meritório trabalho de parteiras e enfermeiras obstétricas deixou de existir nas últimas décadas no Brasil o que é ruim. Estas poderiam ajudar em longos períodos de trabalho de parto e assim estimulá-lo!Mas vamos deixar de ser hipócritas: muitos professores de obstetrícia falam, em teoria no estímulo ao Parto Normal, mas só fazem Cesáreas na Clínica Privada. Fazem-nas inclusive em datas definidas por mapa astral ( informação veiculada por VEJA).A questão é multifacetada e depende da região do Brasil analisada e da faixa de renda da população atendida. Além do mais é sempre bom assinalar que pacientes submetidas a Parto Normal têm de 7 a 11 vezes mais riscos de virem a ter PROLAPSOS GENITAIS (queda de útero, bexiga, reto ou ainda incontinência urinária).Finalmente mas não em último lugar é interessante observar que os obstetras(que cuidam da MULHER GRÁVIDA) podem por vezes estimular o PARTO NORMAL mas os ginecologistas(que cuidam da mulher fora da gestação)toda vez que atendem uma mulher com prolapso genital fazem de saída a pergunta:-Quantos PARTOS NORMAIS a senhora teve? Relacionam a queixa aos partos normais! ALGO AÍ ESTÁ INCOERENTE! PENSEM NISTO!!
Dr. Thomaz Gollop
Motivada por um artigo do Prof. Antonio Carlos Lopes(Professor de Clínica Médica) publicado na FOLHA DE SÃO PAULO intilulado Parto Normal x Cesárea, seguido de várias cartas de leitores contrárias às suas colocações, digamos bastante machistas, e depois de outro artigo em Tendências e Debates assinado pelo Dr. Jorge Kuhn dos Santos temos de considerar: é muito ponderada a posição do Prof. José Aristodemo Pinotti, que clama bom senso, em carta no Painel do Leitor da FOLHA de 20/09/08.
Nossa postura é muito clara: no SUS é fundamental estimular o Parto Normal em função de diminuir custos e morbidade materna e neonatal.
Na rede privada as mulheres, no Brasil e nos países desenvolvidos, passaram a opinar na via de parto que desejam e é saudável que possam faze-lo. Lamentavelmente o estímulo ao meritório trabalho de parteiras e enfermeiras obstétricas deixou de existir nas últimas décadas no Brasil o que é ruim. Estas poderiam ajudar em longos períodos de trabalho de parto e assim estimulá-lo!Mas vamos deixar de ser hipócritas: muitos professores de obstetrícia falam, em teoria no estímulo ao Parto Normal, mas só fazem Cesáreas na Clínica Privada. Fazem-nas inclusive em datas definidas por mapa astral ( informação veiculada por VEJA).A questão é multifacetada e depende da região do Brasil analisada e da faixa de renda da população atendida. Além do mais é sempre bom assinalar que pacientes submetidas a Parto Normal têm de 7 a 11 vezes mais riscos de virem a ter PROLAPSOS GENITAIS (queda de útero, bexiga, reto ou ainda incontinência urinária).Finalmente mas não em último lugar é interessante observar que os obstetras(que cuidam da MULHER GRÁVIDA) podem por vezes estimular o PARTO NORMAL mas os ginecologistas(que cuidam da mulher fora da gestação)toda vez que atendem uma mulher com prolapso genital fazem de saída a pergunta:-Quantos PARTOS NORMAIS a senhora teve? Relacionam a queixa aos partos normais! ALGO AÍ ESTÁ INCOERENTE! PENSEM NISTO!!
Dr. Thomaz Gollop
Passeios com a Clarinha
Ontem aconteceu nosso segundo passeio com a bebê fofa Clarinha. Fomos a casa nova da titia babona Sônia. Ela dormiu o passeio inteiro, uma fofura, a família inteira babando em cima da menina rsrsrs tentando acorda-la e nada.
Estou amamentando a Clarinha no peito, mas não me sinto a vontade para fazê-lo na frente de outras pessoas, por isso dei mamadeira para ela, já venho fazendo isso, dou peito e mamadeira, ela não confunde o seio depois, por isso não vejo problema. Mas não é o que pensa minha sogra e o resto da humanidade com seus mil e um palpites.
Minha sugestão: "Cada palpite R$ 10,00". Desta forma a bebê começaria sua vida já milionária. Pois é impressionante a quantidade de palpites que você recebe, e olha que eu achava que na gravidez era muito...RARARA! Eu não sabia o que me esperava. Engraçado é até homem dando palpite. Como ando meio “onça” quando é homem dou uma “patadinha”, tipo: Ah como você já pariu vários, sabe o que esta falando! Rsrsr!
Mas quando é mulher deixo “entrar por um ouvido e sair por outro”. Pois se fosse armazenar tudo que ouço ultimamente já estaria louca... Dando banho de leite de peito na minha filha rsrsr passando colorau nela... Dando chá pra matar a sede e por ai vai! Nossa! O povo deveria ter noção! Pelo Amor de Deus...ninguém merece rsrsr!
Mas até que estou levando na esportiva isso! O que não estou mais levando na esportiva é ficar em casa, todos estes dias cuidando da bebê. É ótimo estar com ela, mas a vida doméstica definitivamente não é pra mim. Sinto falta do trabalho... Dos estudos e já estou agilizando um curso para fazer ainda este ano, pois não quero passar estes seis meses só em casa. Vai sobrar pro maridão! rsrsr! Pelo menos isso né! Já que marido não pari, não amamenta, não engravida e não menstrua, ou seja Deus é Homem para quem tinha dúvida!
bjokas
Até!
Dri
Estou amamentando a Clarinha no peito, mas não me sinto a vontade para fazê-lo na frente de outras pessoas, por isso dei mamadeira para ela, já venho fazendo isso, dou peito e mamadeira, ela não confunde o seio depois, por isso não vejo problema. Mas não é o que pensa minha sogra e o resto da humanidade com seus mil e um palpites.
Minha sugestão: "Cada palpite R$ 10,00". Desta forma a bebê começaria sua vida já milionária. Pois é impressionante a quantidade de palpites que você recebe, e olha que eu achava que na gravidez era muito...RARARA! Eu não sabia o que me esperava. Engraçado é até homem dando palpite. Como ando meio “onça” quando é homem dou uma “patadinha”, tipo: Ah como você já pariu vários, sabe o que esta falando! Rsrsr!
Mas quando é mulher deixo “entrar por um ouvido e sair por outro”. Pois se fosse armazenar tudo que ouço ultimamente já estaria louca... Dando banho de leite de peito na minha filha rsrsr passando colorau nela... Dando chá pra matar a sede e por ai vai! Nossa! O povo deveria ter noção! Pelo Amor de Deus...ninguém merece rsrsr!
Mas até que estou levando na esportiva isso! O que não estou mais levando na esportiva é ficar em casa, todos estes dias cuidando da bebê. É ótimo estar com ela, mas a vida doméstica definitivamente não é pra mim. Sinto falta do trabalho... Dos estudos e já estou agilizando um curso para fazer ainda este ano, pois não quero passar estes seis meses só em casa. Vai sobrar pro maridão! rsrsr! Pelo menos isso né! Já que marido não pari, não amamenta, não engravida e não menstrua, ou seja Deus é Homem para quem tinha dúvida!
bjokas
Até!
Dri
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Sobre o Post Anterior
É lamentável o que os convenios médicos fazem. Cobram um absurdo de nós consumidores e pagam uma miséria para os médicos.
Acho super justo o médico que cobra a parte dos convênios valores de consulta e de parto, só que tem que ser bem acertado entre médico e paciente, já na primeira consulta.
Sobre a história do pediatra, se eu soubesse tinha visto um pediatra por fora do convênio e hospital para minha filhinha. Pois hoje quase um mês após o parto o olhinho dela ainda esta lacrimejando por conta do nitrato de prata que pingaram no olhinho dela logo após o nascimento. Embora devesse ser aplicado só em bebês de mães com gonorréria para se previnir a conjutivite. Mas eu uma mulher linda e sadia submeti minha bebê a este "trauma" desnecessáriamente.
Triste né!
Acho super justo o médico que cobra a parte dos convênios valores de consulta e de parto, só que tem que ser bem acertado entre médico e paciente, já na primeira consulta.
Sobre a história do pediatra, se eu soubesse tinha visto um pediatra por fora do convênio e hospital para minha filhinha. Pois hoje quase um mês após o parto o olhinho dela ainda esta lacrimejando por conta do nitrato de prata que pingaram no olhinho dela logo após o nascimento. Embora devesse ser aplicado só em bebês de mães com gonorréria para se previnir a conjutivite. Mas eu uma mulher linda e sadia submeti minha bebê a este "trauma" desnecessáriamente.
Triste né!
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Quanto ganha um médico
Segunda-feira 02 de fevereiro de 2009 06:38
Parte dos obstetras cobra adiconal na hora do parto
Sandra Kiefer - Estado de Minas |
Marinella Castro - Estado de Minas |
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Você tem medo de quê?

Deborah Kanarek



A maioria das brasileiras quer um parto normal, mas não sustenta esse desejo por falta de esclarecimentos, que leva ao medo, e desestímulo do médico. Informar-se é a melhor saída
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O bolso do médico
Apenas 20% das mulheres conseguem realizar o desejo de ter um parto normal |
Se o médico ganha mais pela cesárea que ocupa uma hora de sua agenda, por que optaria pelo parto normal que pode demorar mais de dez? Falta dar solução ao bolso dos profissionais. Uma saída seria pagar melhor pelo parto normal e cercar a mulher da assistência de outros profissionais. 'Na Alemanha, o profissional que atende a gestante no pré-natal não é o mesmo que faz o parto. Ambos ganham bem e um não precisa fazer a atividade do outro para complementar a renda. Isso significa que o obstetra tem todo o tempo disponível para acompanhar o parto normal', explica Jorge Kuhn. Aqui, uma queixa freqüente dos médicos apontada pela pesquisa da Unicamp é a falta de apoio de uma enfermeira obstétrica para observar o trabalho de parto e acioná-los apenas pouco antes do nascimento. O despreparo dos profissionais e o medo de processos legais também têm levado muitos médicos a preferir a cesárea, na avaliação do secretário da comissão de assistência ao parto da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Eduardo de Souza. 'A cesárea raramente apresenta complicações quando realizada em bons hospitais e com uma boa equipe', afirma.
Incentivos
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Daniela faz curso de ioga para gestantes e espera que as técnicas de respiração e relaxamento ajudem no parto normal |
Perguntar a uma grávida se ela fará parto normal ou cesárea é descabido na Dinamarca. A cantora Maria Luiza Lins Brzezinski, que mora no país há dois anos, passou pela experiência. 'Vinha sempre aquele olhar de 'desculpa, não entendi', seguido da resposta parto normal com um ar de obviedade, como se eu tivesse perguntado se ela precisava fazer xixi todos os dias', conta. Essa comparação não é exagero. A dinamarquesa realmente aceita o parto normal com total naturalidade. Sabe que vai doer, vai passar e tudo ficará bem, porque suas mães e avós passaram pela mesma experiência. Também sabe que os obstetras são caros para o Estado e tudo será feito no parto para que eles não sejam necessários.
Sementes do medo
O médico aprende cada vez menos sobre o parto natural na universidade. A cesárea é mais segura para ele |
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Danielle carregava a mala da maternidade na ponte aérea Rio-São Paulo até entrar em trabalho de parto |
A gestante de melhor nível social opta pela cesárea e se torna exemplo para a de classe mais baixa |
Planos frustrados
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Melissa, com a filha Maria Clara. O desejo por um parto normal deu lugar a um parto cirúrgico na última hora |
Informação e apoio do médico ajudam a driblar os fantasmas que ameaçam o parto natural |
Com preparo
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O parto no mundo |
Os índices de cesárea crescem na Europa, onde tradicionalmente sempre foram baixos. Ainda assim, estão em 20%, bem abaixo dos brasileiros, de 35%. Veja como o parto é realizado em alguns países: Estados Unidos e Canadá Os índices: Em 2002, os EUA registraram uma taxa recorde de cesáreas: 26,1% - 7% mais que em 2001. No Canadá, o aumento foi semelhante. Na década de 70, a taxa de cesáreas era de 6%. Como é o parto: Nos EUA, 97% dos partos são realizados em hospitais. As parteiras assistem 7% dos nascimentos. Os partos domiciliares e em casas de parto são minoria, ou seja, representam 2% do total. Inglaterra Os índices: A taxa de partos cirúrgicos cresceu de 21,5% para 22% entre 2000 e 2002, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas. Em 1970 o número era 4% e, em 1999, ultrapassou o máximo recomendado pela OMS. Como é o parto: No sistema público inglês são as parteiras que assistem os partos normais, nos hospitais, sem a presença de obstetra e pediatra. Os obstetras só entram em cena nos partos que necessitam de fórceps e quando há indicação médica para cesárea. Em média, apenas um terço do total de mulheres recebe anestesia. Holanda Os índices: Cesáreas ocorrem em 8% a 10% dos nascimentos. Como é o parto: Parteiras e médicos assistem os nascimentos na mesma proporção. A taxa de partos feitos em casa é de 35%. A anestesia peridural só é aplicada em cesarianas. |
Fotos Fernando Martinho
Fonte: Royal College of Obstetricians and Gynaecologists e Ican (International Cesarean Awareness Network)
Campanha é lindo! Mas vai você tentar!!!
Mas vai você minha cara amiga, usuária do serviço de saúde particular (convênio médico) desejar Parto Normal, "deixar a vida acontecer naturalmente" como diz a campanha, além de ser tida como doida rsrsrs! Vai ralar muitttttttttooooooooooo atrás de um obstetra que acompanhe um parto normal. Quando busquei, ralei!!!! Muitooo mas encontrei, GO que fizesse PN pare agulha no palheiro. Mas eu consegui! Vitóriaaaaa!!!
O serviço de saúde suplementar no Brasil tem que ser revisto. As condições oferecidas aos obstetras não incentivam em nada a opção destes pelo Parto Normal, pois não compensa financeiramente, e
obstetra também tem conta para pagar, não é? Os obstetras são empresas para trabalhar e não filantropia! Mas o que os convênios oferecem para fazer um parto normal chega a parecer filantropia. RARARA! Convênios médicos tem a "cachorra" de pagar mais pelo perto cesária do que pelo Parto Normal, absurdamente e burramente, pois uma cesária e realizada em 40 minutos no máximo e a dedicação para um Parto Normal é de horas e as vezes dias.
obstetra também tem conta para pagar, não é? Os obstetras são empresas para trabalhar e não filantropia! Mas o que os convênios oferecem para fazer um parto normal chega a parecer filantropia. RARARA! Convênios médicos tem a "cachorra" de pagar mais pelo perto cesária do que pelo Parto Normal, absurdamente e burramente, pois uma cesária e realizada em 40 minutos no máximo e a dedicação para um Parto Normal é de horas e as vezes dias.
Mulheres! Vamos que fazer algo? Enviem cartas e e-mails para o Ministério da Saúde (Foi o que eu fiz) reclamem nas operadoras de saúde, seus convênios, Secretaria de Saude Suplementar. Vamos chamar a atenção do Senhor Ministro Temporão, pois não é só fazer campanha bonitinha na TV incentivando, é preciso criar leis, mecanismos sérios de incentivo aos médicos e ao sistema particular de saúde.
Temos que parar de pensar como país subdesenvolvido! Pô! minha gente somos emergentes já!!!!hehehe! Não parece mas já somos país emergente.
Temos que repensar o tipo de nascimento que estamos oferecendo aos nossos filhos, criando uma série de procedimentos e protocolos em partos hospitalares e deixando de valorizar a presença humana e profissional de quem os acompanha. Se bem que, boa e quase total culpa desta desvalorização é dos próprios médicos que preferem se vender a corrupção da invenção: Inventam cordão no pescoço, falta de dilatação...mil coisas...Nossa tenho até uma amiga que fez uma cesária por esta com dilatação, acredita? É, a desinformada foi para maternidade com contrações e ouvio do obstetra: "Temos que fazer a cesária pois vc já esta com dilatação!". É lamentável! Vivemos num país corrupto, mas esta corrupção não precisa estar também presente na medicina né, tenha dó! Voltando ao assunto, dos médicos que preferem inventar e sujeitar milhares de mulheres as cirurgias cesarianas eletivas do que atuar política e seriamente para mudar esta realidade.
Um grande abraço a todas e até a próxima! Espero que menos revoltada rsrs!
Beijos!
Dri
terça-feira, 25 de agosto de 2009
O Atual Parto
"O que se pode dizer atualmente é que dentro de um centro obstétrico bem equipado, a segurança da cesareana é equivalente à segurança de um parto pela via natural. Isso é uma coisa nova e temos que ter cuidado para não tirar conclusões apressadas demais. É certo que atualmente, se usarmos os critérios que vêm sido usados até hoje para avaliar como nascem os bebês, poder-se-ia talvez perguntar finalmente “por que não oferecer a cesárea para quase todas as mulheres grávidas? Por que não fazer a cesárea em todas?” Se considerarmos o número de bebês nascidos vivos, os problemas de saúde que a mulher pode ter depois de dar a luz, o custo, considerando os critérios usuais, hoje em dia se pode dizer que ambas as formas são comparáveis e que muitas mulheres de fato preferem uma cesárea eletiva, inclusive algumas que são médicas. Estudos com mulheres obstetras na Europa e nos Estados Unidos mostram que várias dizem que para o nascimento dos próprios filhos, elas preferem uma cesárea eletiva, sendo este o ponto de vista de muitos médicos e de pessoas leigas. Isso é uma questão importante, porque talvez seja preciso introduzir critérios novos. Se dissermos “por que não oferecer cesárea a todas as mulheres?”, as pessoas têm um tipo de conhecimento intuitivo que há algo de errado nesta conclusão, elas acreditam que a forma como nascemos tem conseqüências a longo prazo, que temos que pensar em termos de civilização... Finalmente, isso nos ajuda a acreditar que é preciso introduzir critérios novos para avaliar como nascemos."
"E há várias formas de compreender de que tipo de critérios precisamos hoje. Há pessoas que possuem um conhecimento intuitivo e que não precisam de informação científica para transmitir esse conhecimento. Elas pensam que podem falar a linguagem do coração. De fato, se elas usarem a linguagem do coração e da intuição, não serão ouvidas por ninguém. Tais pessoas precisam aprender a serem bilíngües. O que isso significa? Precisam aprender a combinar e transmitir o que sabem através da linguagem intuitiva e emotiva com o que sabemos hoje a partir de uma perspectiva científica, que está usualmente fora do campo da medicina. E esta perspectiva científica mostrará quais novos critérios precisam ser introduzidos para avaliar a forma como nascem os bebês, do ponto de vista obstétrico. Dentre as perspectivas científicas a que me refiro, pois há muitas delas, todas participam naquilo que chamo “cientificação do amor”. O que isso significa? Significa que até recentemente, amor era um assunto para poetas, filósofos, novelistas. Atualmente o amor é estudado de várias perspectivas científicas, que podemos mencionar brevemente. A primeira é a perspectiva dos estudiosos da ética, que são cientistas observadores dos comportamentos de animais e de seres humanos, comparando espécies diferentes. Eles foram particularmente os primeiros a nos dizer que os mamíferos, não se separam da cria imediatamente após o nascimento, naquele curto espaço de tempo, que é um período crítico, que jamais se repetirá e que é fundamental para o apego entre mãe e bebê. Isso foi a primeira perspectiva, mas há muitas outras. Uma das mais espetaculares do nosso tempo é uma fornecida por aqueles estudiosos dos hormônios envolvidos durante o parto."
"Sabemos que, para dar a luz, mamíferas em geral e humanas, em particular, precisam liberar um fluxo de hormônios. O componente principal dessa mistura de hormônios é a ocitocina. O que aprendemos atualmente é que a ocitocina não é necessária somente para contrair o útero para o parto e expulsão da placenta, mas talvez seja considerada o típico hormônio do amor. Muito poucas pessoas dão-se conta de que isso é um passo importantíssimo para a história da ciência: o hormônio necessário para o parto é o típico hormônio do amor, necessário para a expulsão do bebê do útero e depois da placenta, também está também envolvido num processo após o nascimento. Então, aprendemos também bastante sobre os outros componentes dessa complexa mistura hormonal. Isso para mostrar que hoje podemos ter uma visão diferente sobre o que acontece quando mamíferas dão a luz e, em particular, mulheres.
Podemos explicar hoje que, para parir é necessário liberar um complexo coquetel de hormônios do amor. Isso é algo novo, que não poderia ser afirmado 30 anos atrás. Isso mostra que tipo de critério deve ser adicionado atualmente aos critérios convencionais para avaliar como nascem os bebês. Significa que precisamos pensar a longo prazo. Até agora, o critério envolvia olhar somente para o período durante o parto, se o bebê nasce vivo e saudável, etc. Quando sabemos que a capacidade de amar está envolvida na forma como nascem os bebês, precisamos pensar em termos de civilização, o que é algo novo, um ponto de mudança na história do nascimento, quiçá também na história da humanidade."
"Podemos nos perguntar o porquê, na nossa sociedade e em quase todas no mundo, muitas mulheres não conseguem liberar o hormônio necessário na hora do parto. De fato, há uma razão para isso: têm sido completamente esquecidas as necessidades básicas de uma mulher durante o parto. Há uma razão para termos esquecido isso: o processo de parto vem sendo controlado pela cultura por milhares de anos. Todas as sociedades conhecidas perturbam dramaticamente o processo de parto, principalmente com rituais, crenças e etc. Temos muitos exemplos, o mais recente é a industrialização do processo de parto. Outra razão é que, durante as últimas décadas, surgiram muitas teorias dando suporte a escolas de parto natural e muitas delas são inaceitáveis no contexto científico atual, elas tornam as coisas muito mais complexas.
No inverno de 1953-54, como um estudante de medicina, eu passei 6 meses na maternidade ... em Paris. E o que eu lembro daquele tempo era a tradicional atitude da parteira quando uma mulher estava dando a luz. O que eu visualizo hoje, em retrospectiva, é uma mulher em trabalho de parto, numa casa pequena, sem ninguém à sua volta, além da parteira sentada num cantinho fazendo tricô. Recentemente percebi a importância de tal atitude, quando ouvi a respeito de um estudo na Universidade de Cambridge sobre a resposta fisiológica da chamada atividade repetitiva, como o tricô, cujo efeito é manter seu nível de adrenalina o mais baixo possível. E isso é importante porque a chave principal quando uma mulher está prestes a dar a luz é que ela precisa manter seu nível de adrenalina o mais baixo possível. Quando a mulher está liberando adrenalina, ela não consegue liberar ocitocina. A liberação de adrenalina é altamente contagiante e você consegue reduzir seu nível de adrenalina se não houver ninguém à sua volta liberando adrenalina. É uma vantagem a parteira poder manter o nível dela de adrenalina o mais baixo possível e este é o efeito do tricô."
"É algo muito simples, que retornou à minha mente há pouco tempo. Só para dizer que, naquele tempo não tínhamos as estatísticas que temos hoje, foi antes da era da cesárea segura, mas até mesmo para primíparas, os partos eram fáceis para muitas delas. Era simples, mas desde então temos tornado as coisas mais e mais complexas, então o que precisamos fazer hoje é redescobrir o que é simples. Quando eu penso numa visão nova do que aprendi nestes últimos 50 anos ou até mais, eu aprendi que o melhor ambiente possível para um parto fácil é quando não há ninguém por perto, exceto uma parteira experiente, maternal e calada. Claro que nem todas as parteiras precisam ser especialistas em tricô, mas isso serve para ilustrar qual deveria ser a preocupação principal da parteira: manter seu próprio nível de adrenalina o mais baixo possível. Temos que redescobrir quem era a parteira originalmente: uma figura substituta da mãe. Num mundo ideal, a mulher se sente segura no parto com a mãe (sentir-se segura é uma necessidade básica para o parto), sem sentir-se observada ou julgada, o que é outra necessidade básica durante o parto: a privacidade. São coisas que precisam ser redescobertas, inclusive a privacidade na hora de parir.
Podemos nos perguntar o porquê de todas as sociedades conhecidas e não somente as modernas, não somente a americana e os países europeus, mas todas elas dramaticamente atrapalharem o processo de parto, através de rituais e crenças. Um exemplo é a mutilação genital, largamente praticada em partes da África. O efeito é uma cicatriz que fará o parto mais difícil. A parteira originalmente era somente alguém como a mãe. Quando você sente que sua mãe não está longe, você se sente mais segura. Mas com freqüência ela se tornou uma guia autoritária, tornando o parto mais difícil."
"O ponto importante é perceber que as sociedades vêm interferindo no processo do parto por milhares de anos. Um exemplo: ao transmitir a crença de que o colostro é ruim (que é o que o bebê pode encontrar no peito logo após o nascimento e que para a ciência moderna é um líquido precioso mas que a maioria das sociedades clamou como perigoso) chegou-se ao hábito de que, após o parto o bebê não fica no peito e nos braços da mãe, mas nos braços de outra pessoa. E para isso é necessário um ritual para cortar o cordão. Tudo para perturbar o que hoje é chamado o terceiro estágio do parto. Posso dar muitos outros exemplos, mas há milhares deles, a conclusão é que se quisermos redescobrir o processo de nascimento, não podemos nos basear em nenhum modelo cultural. É por isso que precisamos da perspectiva de fisiologistas (cientistas que estudam as funções do corpo, estudando o que é universal, comum a todas as culturas).
Em termos de fisiologia, a pessoa é igual em Tóquio e em Londres. O que pode ser um ponto de referência em termos fisiológicos do qual tentamos não nos desviar demasiadamente? Não temos nenhum modelo cultural mas podemos inspirar algumas perguntas: como explicar que todas as sociedades dramaticamente perturbam o momento do nascimento, particularmente a fase do parto entre o nascimento do bebê e a expulsão da placenta? Uma fase importante, quando é esperado que a mãe libere um pico do hormônio do amor, um período de tempo crucial para a expulsão da placenta. E a expulsão da placenta é vital para a sobrevivência da mãe, que pode morrer de hemorragia. É uma fase do parto que é crítica para desenvolver a capacidade de amar."
"Como explicar que todas as sociedades arrumam truques para tornar esta fase mais difícil? Apesar do custo de todos esses rituais e crenças, os efeitos de perturbação do primeiro contato entre mãe e filho e da expulsão da placenta têm um custo enorme em termos de hemorragia e de morte materna. Ainda há muitas mortes maternas no mundo, a maioria relacionada ao sangramento pós-parto por interferência nesta fase. Para explicar esta tendência de perturbar o processo de parto, precisamos lembrar que todas estas culturas partilham basicamente as mesmas estratégias de sobrevivência, sempre de natureza dominante, de um grupo humano dominando outro, uma civilização sempre tentando dominar a outra. Isso tem sido uma vantagem, até agora, para desenvolver um potencial para a agressividade humana. Nestas sociedades, o efeito é de moderar a capacidade para amar, incluindo o amor à natureza e o desenvolvimento do potencial para agressividade como estratégia. Podemos assim explicar a vantagem da interferência no nascimento, mas atualmente há algo novo.
Estamos aprendendo que há limites para o domínio da natureza, percebemos que precisamos viver em unidade com o planeta. De repente, precisamos fazer novas perguntas, por exemplo “como desenvolver o respeito pela Terra, nossa mãe?" Isto é uma nova faceta do amor. Atualmente precisamos criar novas estratégias de sobrevivência e para isso, o que precisamos mais no futuro é provavelmente da energia do amor. Isso significa que todas estas crenças e rituais idealizados para atrapalhar o processo de parto estão perdendo sua vantagem evolutiva. É urgente, apesar da segurança da cirurgia cesariana, descobrir as necessidades básicas da parturiente e do bebê recém-nascido e, para isso, temos que confiar nas perspectivas dos fisiologistas, que estudam as funções do corpo."
“Atualmente, no contexto de grandes departamentos de obstetrícia, a maioria das cesarianas é de fato necessária. As mulheres precisam da cesárea por não estarem no ambiente certo e porque esquecemos as necessidades básicas de uma mulher em trabalho de parto, falta conhecimento sobre a fisiologia do parto. As parteiras atuais não fazem o papel da figura materna, sendo somente um membro da equipe médica. Mulheres não conseguem parir facilmente e precisam de intervenções, de drogas e de cesariana. Isso significa também que hoje as organizações de saúde pública olham para estatísticas e para as taxas de cesárea que são crescentes. O ponto não é dizer que temos que reduzir as taxas de cesárea porque isso pode ser perigoso, mas podemos observar que quando o objetivo primário é reduzir a taxa de cesárea, o primeiro efeito visível é que há mais e mais nascimentos difíceis pela via vaginal. Tenta-se tudo para evitar uma cesárea, então os bebês nascem após partos longos, com intervenções, ventosa, fórceps e é isso é que é perigoso e deveria ser evitado na era da cesárea segura: partos vaginais difíceis. O ponto não é pregar a redução da taxa de cesárea, mas redescobrir as necessidades básicas durante o parto e o resto virá como conseqüência.”
Bjos a todas!
"E há várias formas de compreender de que tipo de critérios precisamos hoje. Há pessoas que possuem um conhecimento intuitivo e que não precisam de informação científica para transmitir esse conhecimento. Elas pensam que podem falar a linguagem do coração. De fato, se elas usarem a linguagem do coração e da intuição, não serão ouvidas por ninguém. Tais pessoas precisam aprender a serem bilíngües. O que isso significa? Precisam aprender a combinar e transmitir o que sabem através da linguagem intuitiva e emotiva com o que sabemos hoje a partir de uma perspectiva científica, que está usualmente fora do campo da medicina. E esta perspectiva científica mostrará quais novos critérios precisam ser introduzidos para avaliar a forma como nascem os bebês, do ponto de vista obstétrico. Dentre as perspectivas científicas a que me refiro, pois há muitas delas, todas participam naquilo que chamo “cientificação do amor”. O que isso significa? Significa que até recentemente, amor era um assunto para poetas, filósofos, novelistas. Atualmente o amor é estudado de várias perspectivas científicas, que podemos mencionar brevemente. A primeira é a perspectiva dos estudiosos da ética, que são cientistas observadores dos comportamentos de animais e de seres humanos, comparando espécies diferentes. Eles foram particularmente os primeiros a nos dizer que os mamíferos, não se separam da cria imediatamente após o nascimento, naquele curto espaço de tempo, que é um período crítico, que jamais se repetirá e que é fundamental para o apego entre mãe e bebê. Isso foi a primeira perspectiva, mas há muitas outras. Uma das mais espetaculares do nosso tempo é uma fornecida por aqueles estudiosos dos hormônios envolvidos durante o parto."
"Sabemos que, para dar a luz, mamíferas em geral e humanas, em particular, precisam liberar um fluxo de hormônios. O componente principal dessa mistura de hormônios é a ocitocina. O que aprendemos atualmente é que a ocitocina não é necessária somente para contrair o útero para o parto e expulsão da placenta, mas talvez seja considerada o típico hormônio do amor. Muito poucas pessoas dão-se conta de que isso é um passo importantíssimo para a história da ciência: o hormônio necessário para o parto é o típico hormônio do amor, necessário para a expulsão do bebê do útero e depois da placenta, também está também envolvido num processo após o nascimento. Então, aprendemos também bastante sobre os outros componentes dessa complexa mistura hormonal. Isso para mostrar que hoje podemos ter uma visão diferente sobre o que acontece quando mamíferas dão a luz e, em particular, mulheres.
Podemos explicar hoje que, para parir é necessário liberar um complexo coquetel de hormônios do amor. Isso é algo novo, que não poderia ser afirmado 30 anos atrás. Isso mostra que tipo de critério deve ser adicionado atualmente aos critérios convencionais para avaliar como nascem os bebês. Significa que precisamos pensar a longo prazo. Até agora, o critério envolvia olhar somente para o período durante o parto, se o bebê nasce vivo e saudável, etc. Quando sabemos que a capacidade de amar está envolvida na forma como nascem os bebês, precisamos pensar em termos de civilização, o que é algo novo, um ponto de mudança na história do nascimento, quiçá também na história da humanidade."
"Podemos nos perguntar o porquê, na nossa sociedade e em quase todas no mundo, muitas mulheres não conseguem liberar o hormônio necessário na hora do parto. De fato, há uma razão para isso: têm sido completamente esquecidas as necessidades básicas de uma mulher durante o parto. Há uma razão para termos esquecido isso: o processo de parto vem sendo controlado pela cultura por milhares de anos. Todas as sociedades conhecidas perturbam dramaticamente o processo de parto, principalmente com rituais, crenças e etc. Temos muitos exemplos, o mais recente é a industrialização do processo de parto. Outra razão é que, durante as últimas décadas, surgiram muitas teorias dando suporte a escolas de parto natural e muitas delas são inaceitáveis no contexto científico atual, elas tornam as coisas muito mais complexas.
No inverno de 1953-54, como um estudante de medicina, eu passei 6 meses na maternidade ... em Paris. E o que eu lembro daquele tempo era a tradicional atitude da parteira quando uma mulher estava dando a luz. O que eu visualizo hoje, em retrospectiva, é uma mulher em trabalho de parto, numa casa pequena, sem ninguém à sua volta, além da parteira sentada num cantinho fazendo tricô. Recentemente percebi a importância de tal atitude, quando ouvi a respeito de um estudo na Universidade de Cambridge sobre a resposta fisiológica da chamada atividade repetitiva, como o tricô, cujo efeito é manter seu nível de adrenalina o mais baixo possível. E isso é importante porque a chave principal quando uma mulher está prestes a dar a luz é que ela precisa manter seu nível de adrenalina o mais baixo possível. Quando a mulher está liberando adrenalina, ela não consegue liberar ocitocina. A liberação de adrenalina é altamente contagiante e você consegue reduzir seu nível de adrenalina se não houver ninguém à sua volta liberando adrenalina. É uma vantagem a parteira poder manter o nível dela de adrenalina o mais baixo possível e este é o efeito do tricô."
"É algo muito simples, que retornou à minha mente há pouco tempo. Só para dizer que, naquele tempo não tínhamos as estatísticas que temos hoje, foi antes da era da cesárea segura, mas até mesmo para primíparas, os partos eram fáceis para muitas delas. Era simples, mas desde então temos tornado as coisas mais e mais complexas, então o que precisamos fazer hoje é redescobrir o que é simples. Quando eu penso numa visão nova do que aprendi nestes últimos 50 anos ou até mais, eu aprendi que o melhor ambiente possível para um parto fácil é quando não há ninguém por perto, exceto uma parteira experiente, maternal e calada. Claro que nem todas as parteiras precisam ser especialistas em tricô, mas isso serve para ilustrar qual deveria ser a preocupação principal da parteira: manter seu próprio nível de adrenalina o mais baixo possível. Temos que redescobrir quem era a parteira originalmente: uma figura substituta da mãe. Num mundo ideal, a mulher se sente segura no parto com a mãe (sentir-se segura é uma necessidade básica para o parto), sem sentir-se observada ou julgada, o que é outra necessidade básica durante o parto: a privacidade. São coisas que precisam ser redescobertas, inclusive a privacidade na hora de parir.
Podemos nos perguntar o porquê de todas as sociedades conhecidas e não somente as modernas, não somente a americana e os países europeus, mas todas elas dramaticamente atrapalharem o processo de parto, através de rituais e crenças. Um exemplo é a mutilação genital, largamente praticada em partes da África. O efeito é uma cicatriz que fará o parto mais difícil. A parteira originalmente era somente alguém como a mãe. Quando você sente que sua mãe não está longe, você se sente mais segura. Mas com freqüência ela se tornou uma guia autoritária, tornando o parto mais difícil."
"O ponto importante é perceber que as sociedades vêm interferindo no processo do parto por milhares de anos. Um exemplo: ao transmitir a crença de que o colostro é ruim (que é o que o bebê pode encontrar no peito logo após o nascimento e que para a ciência moderna é um líquido precioso mas que a maioria das sociedades clamou como perigoso) chegou-se ao hábito de que, após o parto o bebê não fica no peito e nos braços da mãe, mas nos braços de outra pessoa. E para isso é necessário um ritual para cortar o cordão. Tudo para perturbar o que hoje é chamado o terceiro estágio do parto. Posso dar muitos outros exemplos, mas há milhares deles, a conclusão é que se quisermos redescobrir o processo de nascimento, não podemos nos basear em nenhum modelo cultural. É por isso que precisamos da perspectiva de fisiologistas (cientistas que estudam as funções do corpo, estudando o que é universal, comum a todas as culturas).
Em termos de fisiologia, a pessoa é igual em Tóquio e em Londres. O que pode ser um ponto de referência em termos fisiológicos do qual tentamos não nos desviar demasiadamente? Não temos nenhum modelo cultural mas podemos inspirar algumas perguntas: como explicar que todas as sociedades dramaticamente perturbam o momento do nascimento, particularmente a fase do parto entre o nascimento do bebê e a expulsão da placenta? Uma fase importante, quando é esperado que a mãe libere um pico do hormônio do amor, um período de tempo crucial para a expulsão da placenta. E a expulsão da placenta é vital para a sobrevivência da mãe, que pode morrer de hemorragia. É uma fase do parto que é crítica para desenvolver a capacidade de amar."
"Como explicar que todas as sociedades arrumam truques para tornar esta fase mais difícil? Apesar do custo de todos esses rituais e crenças, os efeitos de perturbação do primeiro contato entre mãe e filho e da expulsão da placenta têm um custo enorme em termos de hemorragia e de morte materna. Ainda há muitas mortes maternas no mundo, a maioria relacionada ao sangramento pós-parto por interferência nesta fase. Para explicar esta tendência de perturbar o processo de parto, precisamos lembrar que todas estas culturas partilham basicamente as mesmas estratégias de sobrevivência, sempre de natureza dominante, de um grupo humano dominando outro, uma civilização sempre tentando dominar a outra. Isso tem sido uma vantagem, até agora, para desenvolver um potencial para a agressividade humana. Nestas sociedades, o efeito é de moderar a capacidade para amar, incluindo o amor à natureza e o desenvolvimento do potencial para agressividade como estratégia. Podemos assim explicar a vantagem da interferência no nascimento, mas atualmente há algo novo.
Estamos aprendendo que há limites para o domínio da natureza, percebemos que precisamos viver em unidade com o planeta. De repente, precisamos fazer novas perguntas, por exemplo “como desenvolver o respeito pela Terra, nossa mãe?" Isto é uma nova faceta do amor. Atualmente precisamos criar novas estratégias de sobrevivência e para isso, o que precisamos mais no futuro é provavelmente da energia do amor. Isso significa que todas estas crenças e rituais idealizados para atrapalhar o processo de parto estão perdendo sua vantagem evolutiva. É urgente, apesar da segurança da cirurgia cesariana, descobrir as necessidades básicas da parturiente e do bebê recém-nascido e, para isso, temos que confiar nas perspectivas dos fisiologistas, que estudam as funções do corpo."
“Atualmente, no contexto de grandes departamentos de obstetrícia, a maioria das cesarianas é de fato necessária. As mulheres precisam da cesárea por não estarem no ambiente certo e porque esquecemos as necessidades básicas de uma mulher em trabalho de parto, falta conhecimento sobre a fisiologia do parto. As parteiras atuais não fazem o papel da figura materna, sendo somente um membro da equipe médica. Mulheres não conseguem parir facilmente e precisam de intervenções, de drogas e de cesariana. Isso significa também que hoje as organizações de saúde pública olham para estatísticas e para as taxas de cesárea que são crescentes. O ponto não é dizer que temos que reduzir as taxas de cesárea porque isso pode ser perigoso, mas podemos observar que quando o objetivo primário é reduzir a taxa de cesárea, o primeiro efeito visível é que há mais e mais nascimentos difíceis pela via vaginal. Tenta-se tudo para evitar uma cesárea, então os bebês nascem após partos longos, com intervenções, ventosa, fórceps e é isso é que é perigoso e deveria ser evitado na era da cesárea segura: partos vaginais difíceis. O ponto não é pregar a redução da taxa de cesárea, mas redescobrir as necessidades básicas durante o parto e o resto virá como conseqüência.”
Bjos a todas!
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Seu médico faz mesmo parto normal?
Seu médico faz mesmo parto normal?
Muitos dizem que sim, mas, na hora H, acabam convencendo a paciente por uma cesárea. Outros realmente fazem parto normal, mas é de um jeito tão cheio de intervenções que o torna uma experiência dolorida demais: a paciente tem de ficar deitada de barriga para cima o tempo todo; aplicam uma substância que acelera as contrações mas as deixa mais doloridas, cortam o períneo sem necessidade, etc. Se você quer fugir disso, tente fazer algumas perguntas ao seu médico, para ter uma idéia da postura dele com relação ao parto normal. Acredite: nem todos estão dispostos a fazer um, mas poucos vão dizer isso claramente.
1. O que você acha melhor: parto normal ou cesárea? Por que você faria uma cesárea?
Deixe-o falar. Alguns revelam logo sua opção por cesárea. Ao menos é mais honesto do que dizer que vão fazer um parto normal e depois inventar uma desculpa. Então você pode decidir se isso serve ou não para você. Se não ficar satisfeita com a resposta, pergunte também para a secretária qual é a quantidade de partos normais e de cesáreas no consultório. Conversar com outras pacientes na sala de espera também ajuda.
2. Quantos partos normais você fez este ano? Quanto tempo duraram?
Se o médico souber dizer quantos e se, pelo menos em algum caso, ele esperou o parto acontecer, mesmo que demorado, é bom sinal. Outra forma de checar isso é ver se, ao longo dos vários meses do pre-natal, ele desmarca alguma consulta por estar acompanhando um parto. Tudo bem que pode ser incômodo, mas é uma garantia de que ele faz mesmo parto normal, algo que não acontece com hora marcada!
3. Quanto tempo você espera depois de completar 40 semanas?
Se não houver nenhuma tolerância, desconfie.
4. O que acontece na hora do parto, que procedimentos você usa?
Alguns médicos rompem a bolsa ou aplicam ocitocina para acelerar as contrações logo no início do trabalho. Muitos fazem, de rotina, um corte no períneo (episiotomia), sem avaliar se isso é realmente necessário. São indicações de que o profissional não tem paciência para esperar o parto desenvolver-se normalmente, o que pode demorar até 18 horas. Quanto menos intervenções desnecessárias, melhor.
5. Vou poder escolher a posição na qual me sentir mais confortável?
Ficar o tempo todo deitada, com as pernas para o alto, torna tudo mais dolorido. O peso do útero comprime a veia cava, localizada nas costas, o que pode provocar falta de ar para mãe e de oxigenação para o bebê. Cada mulher se sente melhor de um jeito: algumas andando, sentadas, de cócoras ou de quatro durante as contrações. A opção deve ser sua, não do médico.
6. Eu gostaria de saber mais, de ler e de fazer um plano de parto, dizendo como gostaria que tudo aconteça..
Se o médico for partidário dessa idéia, ótimo. Para alguém que incentiva o parto normal, quanto mais a mulher souber e estiver informada, melhor. Para ver modelos de planos de parto – um documento em que você indica suas opções – visite os sites indicados em um post anterior (Muita Calma nessa Hora).
7. Quanto tempo você espera depois que a bolsa se rompe?
Alguns médicos não gostam de aguardar nem um minuto e fazem cesáreas de emergência. Evidências científicas mostram que se pode esperar, desde que mãe e bebê passem bem. A maioria das gestantes entra em trabalho de parto em até 24 horas depois de romper a bolsa.
(Cópiado do Blog da Carol do bebe.com.br)
Bjokas
Dri
Muitos dizem que sim, mas, na hora H, acabam convencendo a paciente por uma cesárea. Outros realmente fazem parto normal, mas é de um jeito tão cheio de intervenções que o torna uma experiência dolorida demais: a paciente tem de ficar deitada de barriga para cima o tempo todo; aplicam uma substância que acelera as contrações mas as deixa mais doloridas, cortam o períneo sem necessidade, etc. Se você quer fugir disso, tente fazer algumas perguntas ao seu médico, para ter uma idéia da postura dele com relação ao parto normal. Acredite: nem todos estão dispostos a fazer um, mas poucos vão dizer isso claramente.
1. O que você acha melhor: parto normal ou cesárea? Por que você faria uma cesárea?
Deixe-o falar. Alguns revelam logo sua opção por cesárea. Ao menos é mais honesto do que dizer que vão fazer um parto normal e depois inventar uma desculpa. Então você pode decidir se isso serve ou não para você. Se não ficar satisfeita com a resposta, pergunte também para a secretária qual é a quantidade de partos normais e de cesáreas no consultório. Conversar com outras pacientes na sala de espera também ajuda.
2. Quantos partos normais você fez este ano? Quanto tempo duraram?
Se o médico souber dizer quantos e se, pelo menos em algum caso, ele esperou o parto acontecer, mesmo que demorado, é bom sinal. Outra forma de checar isso é ver se, ao longo dos vários meses do pre-natal, ele desmarca alguma consulta por estar acompanhando um parto. Tudo bem que pode ser incômodo, mas é uma garantia de que ele faz mesmo parto normal, algo que não acontece com hora marcada!
3. Quanto tempo você espera depois de completar 40 semanas?
Se não houver nenhuma tolerância, desconfie.
4. O que acontece na hora do parto, que procedimentos você usa?
Alguns médicos rompem a bolsa ou aplicam ocitocina para acelerar as contrações logo no início do trabalho. Muitos fazem, de rotina, um corte no períneo (episiotomia), sem avaliar se isso é realmente necessário. São indicações de que o profissional não tem paciência para esperar o parto desenvolver-se normalmente, o que pode demorar até 18 horas. Quanto menos intervenções desnecessárias, melhor.
5. Vou poder escolher a posição na qual me sentir mais confortável?
Ficar o tempo todo deitada, com as pernas para o alto, torna tudo mais dolorido. O peso do útero comprime a veia cava, localizada nas costas, o que pode provocar falta de ar para mãe e de oxigenação para o bebê. Cada mulher se sente melhor de um jeito: algumas andando, sentadas, de cócoras ou de quatro durante as contrações. A opção deve ser sua, não do médico.
6. Eu gostaria de saber mais, de ler e de fazer um plano de parto, dizendo como gostaria que tudo aconteça..
Se o médico for partidário dessa idéia, ótimo. Para alguém que incentiva o parto normal, quanto mais a mulher souber e estiver informada, melhor. Para ver modelos de planos de parto – um documento em que você indica suas opções – visite os sites indicados em um post anterior (Muita Calma nessa Hora).
7. Quanto tempo você espera depois que a bolsa se rompe?
Alguns médicos não gostam de aguardar nem um minuto e fazem cesáreas de emergência. Evidências científicas mostram que se pode esperar, desde que mãe e bebê passem bem. A maioria das gestantes entra em trabalho de parto em até 24 horas depois de romper a bolsa.
(Cópiado do Blog da Carol do bebe.com.br)
Bjokas
Dri
Razões
Gente,
Fiquei vários dias sem postas nada no blog e agora venho com turbilhão de informações. Depois do meu parto passei por uns dias tristes. É o chamado Baby Blue, que nada mais é que uma descompensação hormonal que agride a mulher que acabou de parir. Acredito que para suportar a loucura do parto a hípofese trabalha que nem louca produzindo vários hormônios para ajudar a mulher a sobreviver aquela dor, a produzir leite e tb mais hormônio para as contrações uterinas. Desta forma nada mais justo que a dona hípofese tirar umas férias por uns dias para repor as energias né! Só que é nessa que nós mulheres que acabamos de parir temos que encarar as mudanças da vida com um novo membro da família e ainda com os níveis hormônais desajustados é uma montanha de emoções. Eu não queria nem sair da cama só chorava, nossa até eu fiquei com pena de mim rsrsr! Hoje dou até risada mais é triste de mais, parece uma tristeza que não tem fim. Nossa! Mas graças ao bom Deus passou e como não pretendo ter mais filhos acho que passou de vez mesmo! rsrsr!
Bem é isso só pra justificar porque andei tão distante da vida de blogueira.
Bjokas
Carinho
Dri
DEPOIMENTO DO PARTO ESCRITO DIA 08/08/2009
No inicio da minha gravidez um dos temas que mais me aterrorizavam era o parto. Morria de medo do Parto Normal e cheguei a pensar em fazer uma cesária. Mas depois de muito pesquisar sobre o tema decidi que queria um parto normal com anestesia. O médico que me acompanhava no pré-natal desconversava quando tentávamos (eu e meu esposo) tocar no assunto parto. Um dia, no oitavo mês, fui direta e perguntei se ele acompanhava Parto NormaL, ele então disse que PN não tinha como fazer, pois não dava para se programar e blá!blá!blá! Começou ai minha busca por um médico que fizesse PN, não foi nada fácil, mas em um curso de gestante na Unimed conheci meu médico Dr. Alberto Guimarães, ele acompanhou o fim da minha gestação com muita atenção e dedicação e esta dedicação se mostraram ainda mais no dia do meu parto. Na maternidade pedi anestesia ainda com três cm de dilatação, pois a dor foi muito intensa pra mim, mesmo na água, de cócoras, nenhuma das posições e exercícios nada amenizava a dor das contrações que eram muito freqüentes (de 1 em 1 minuto) com duração de 40 segundos. Logo após a anestesia o médico chegou ficou um tempão conversando conosco, nos acalmando. Passaram-se 10 horas de contrações e dores (só que com a anestesia elas se tornam suportáveis) até que minha bebê nasceu. Linda... Fofa as 41 semanas de gestação. Agradeço de mais a Deus, pois foi o momento mais lindo... Mais perfeito da minha vida... A plenitude existe e existiu na minha vida naquele momento. 40 minutos após o parto constatou se que tive retenção placentária (a placenta estava literalmente "colada" e não saia, passei por uma intervenção de curetagem de mais de 3 horas para removê-la. Mas estava totalmente feliz e satisfeita. Não cansava de agradecer ao médico que dedicou mais de 12 horas de seu dia para ajudar minha bebê a nascer.
O mais incrível é que depois do parto parecia que nada tinha acontecido, não sentia nenhuma dor... Nenhum tipo de desconforto. No dia seguinte já consegui colocar a cinta e vestir minha calça jeans e nem parecia que tinha ganhado bebê.
Hoje 9 dias depois do parto, meu corpo já voltou quase que totalmente ao que era antes de engravidar e estou ótima, e muito feliz de ter tido minha bebê de parto normal.
Mas ficou uma lição pra mim nisso tudo:
Esta experiência me ensinou muito... Muito mesmo! Não é o tipo de parto que torna a coisa mágica é o bebê que nasce que ilumina tudo, o tipo de parto é apenas um detalhe no meio deste processo e terceiro e que você não é menos nem mais mãe porque teve um Parto Normal ou Cesária, você será simplesmente mãe.
Bjokas a todas!
Adri
http://diariodeumanovamae.blogspot.com/

Quem tem medo de parto normal?
Sex, 21/08/09
por Isabel Clemente
A julgar pelas estatísticas, “muita gente” é a resposta correta ao título deste post. O número de cesáreas realizadas no país continua subindo ano após ano. Se, na rede privada, passa dos 80% dos partos realizados, na rede pública, onde o índice costuma ser bem mais baixo – mas ainda assim acima do razoável -, os partos cirúrgicos continuam a subir. Em 1998, 28% dos partos realizados em hospitais públicos foram cesáreas. No ano passado, o percentual estava em 33,25%, segundo o Ministério da Saúde.
Por que isso está acontecendo? A primeira consideração - que nos serve apenas de contextualização - é que se trata de uma tendência nos países industrializados, o que, no Brasil, fica mais patente nas grandes cidades.
Questionada, a coordenadora da área de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Lena Peres, aponta várias questões relacionadas à baixa popularidade do parto normal. Listo abaixo as principais explicações dadas por ela:
- A cesárea é vista como um bem de consumo, tanto que ela acontece mais onde a coisa é paga (rede privada). Nem médicos nem hospitais querem perder tempo com o parto normal, que tem o seu próprio ritmo, nada industrial;
- A formação médica hoje no Brasil está muito voltada para os partos cesáreos porque é a realidade dos hospitais-escola. Quase todos são centros de referência para gestações de risco, o que, traduzindo em bom português, significa partos cirúrgicos, com dia e hora marcados:
- Muitos planos de saúde também costumam pagar mais aos obstetras pela cesárea – o que é um contra-senso, porque o profissional tem que se dedicar muito mais ao parto normal, em termos de disponibilidade;
- A desinformação da parturiente. Duas pesquisas – uma realizada em parceria pela Fiocruz com a Agência Nacional de Saúde, órgão responsável pela fiscalização e regulação dos planos de saúde no país, e outra pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, ambas do ano passado – revelam, num universo de gestantes, que 70% delas gostariam de ter um parto normal, quando sondadas no início do pré-natal. Às vésperas de dar a luz, apenas 30% mantêm a preferência. Para Lena Peres, “ou é desinformação ou um processo de convencimento do profissional de saúde que as atenderam”.
11 de agosto, 19h - Estou com 41 semanas de gestação e me perguntam diariamente quando essa criança vai nascer. Parece que logo. Acabo de deixar o consultório da médica. Estou com 3 cm de dilatação sem ter sentido nenhuma dor. “Só faltam 7”, comemora o marido, exultante. Otimista, completa: “Quem sabe você chega a 8 sem sentir nada?”. Quem sabe, quem sabe. A médica pergunta se eu quero acelerar o processo com um “toque”. Eu, ela e meu marido nos entreolhamos. “Precisa?”, perguntamos. “Não tem nenhuma necessidade. Podemos esperar porque está tudo bem com vocês duas”, me responde ela. “Então deixa essa neném chegar na hora dela”. Fomos embora.
As cesáreas são um avanço da medicina moderna. Salvam vidas porque, em alguns casos, são a única opção. Mesmo quando não são a única opção, acabam sendo a escolha de muitas mulheres por motivos variados e, como toda escolha, implica trocas. Tem gente que prefere enfrentar uma hora na cadeira do dentista sem anestesia para não passar horas depois com a bochecha dormente. Conversei em certa ocasião com uma moça com síndrome do pânico. Naquela situação, ela achou mais prudente marcar a cesárea, temerosa de um ataque durante o trabalho de parto. As prioridades pessoais são inquestionáveis. É preciso dizer também que dor não é algo fácil de encarar, porque é intraduzível, incomparável e o limiar de cada um, um universo insondável. Somos treinados para buscar o prazer, o tempo todo. O que dizer da dor? Esse incômodo que parece nos tirar do eixo, de si, do confortável? Só não faz sentido acreditar na máxima de que “a dor do parto é a pior que existe”. Me pergunto se o autor de suposto conhecimento sentiu no próprio corpo todas as dores possíveis a ponto de compará-las. Não que seja uma delícia, mas não tem gestação sem sacrifícios. A mulher se transforma do início ao fim, ou melhor, ao pós-parto.
Médicos adeptos de práticas humanizadas no atendimento obstétrico defendem o parto normal, porque cirurgia sempre envolve certa dose de risco. Fora a questão da recuperação da mãe, mais fácil depois de um parto normal. Uma semana depois do parto, meu útero – que se distendeu por nove meses - não é sequer palpável.
12 de agosto, 3h – Na mesma noite, não consigo dormir. Eu e minha bebê estamos agitadas. Durmo às 4h para acordar quatro horas depois. Às 9h, percebo contrações ritmadas e aviso meu marido, por telefone, no trabalho. Ele volta e vamos para o consultório de novo. Às 11h30, a médica constata que já estou com 5 cm de dilatação. “Metade do caminho!”, comemoramos. Como diante da obstetra as contrações cessam, recusamos a proposta de fazer logo a internação. Eu queria tomar banho, almoçar… Vamos em casa e nos encontramos às 14h, pode ser?Combinado.
O excesso de cesáreas é preocupante do ponto de vista de saúde publica pelos gastos e riscos desnecessários. Custam mais aos hospitais públicos e respondem por índices lamentáveis, como o de morte materna a elas associadas e a prematuridade. Bebês tirados antes do tempo estão mais sujeitos a doenças respiratórias. “Dos cinco casos de morte materna registrados este ano na Paraíba, até maio, quatro estão relacionados à cesárea”, diz Lena, do Ministério da Saúde. “O Brasil é um dos campeões em morte materna, é um absurdo”, diz.
A França, por exemplo, onde o índice de cesáreas (18% dos partos) está bem abaixo do brasileiro, voltou a incentivar o parto domiciliar, numa tentativa radical de tirar dos hospitais os nascimentos de gestações sem risco. A hospitalização dos partos é um processo recente na história da humanidade e, na opinião de estudiosos, tem a ver também com o movimento feminista que bateu de frente com preceitos perpetuados pela religião, como o de que as descendentes de Eva estavam condenadas a sofrer para colocar seus filhos no mundo. Quando surgiram drogas capazes de jogar por terra o tal do sofrimento, a solução já estava dada. Vamos parir, sem dor! Foi o pontapé inicial para um processo de hospitalização do parto e de afastamento das parteiras, rotuladas a partir de então como pessoas inabilitadas. O documentário The Business of Being Born aborda essa questão. O filme alterna depoimentos de médicos, parteiras e, entre uma informação séria e outra, mostra a encenação cômica de um parto em que os médicos, sempre muito durões, gaiatos e decididos, dizem para a parturiente: “você não está qualificada para fazer isso. Deixe com a gente!”
12 de agosto, 13h. Com muita pena, desisto de comer o estrogonofe. Os intervalos das contrações não são suficientes para eu mastigar e engolir. Sempre fui lenta para comer. Enquanto minha filha mais velha se arruma para ir à escola, corremos com bolsas e documentos para a porta. Aviso o que está prestes a acontecer. “Que beleza, mamãe! Ela vai chegar hoje!”, reage minha primogênita à notícia de que a irmã está para nascer. “Mal posso esperar para ver a carinha dela…”, diz a pequena. Saio de casa com aquele sorriso na memória, enquanto a minha memória também se encarrega de me lembrar como isso dói. No caminho, também abolimos a ideia (de jerico) de passar no caixa eletrônico. Na porta do hospital, esbarramos na burocracia. Não me deixam ir para a maternidade enquanto não preencher as guias de internação. Falta carimbar, registrar, selar, telefonar, rotular. A mulher da recepção me diz que “está tentando ajudar”. Lembro do carimbador maluco do Plunct Plact Zum, que não queria me deixar ir a lugar nenhum. “Escuta, estou em trabalho de parto, avançado, preciso subir!”. Como resposta, me perguntam o CEP, depois de fazer a mesma pergunta pro meu marido ao meu lado. “Você tá falando sério? O CEP!!??? Você não pode copiar a ficha dele na minha? Ela perguntou o meu CEP???”, reajo, perdendo a paciência. Ando de um lado para o outro como uma onça enjaulada.
Alguns mitos acabam estimulando e sustentando a necessidade de cesárea, mesmo quando ela é perfeitamente dispensável, na opinião do obstetra Frederico Coelho, de Brasília. O mais comum é que “uma vez cesárea, sempre cesárea”. “Não é verdade. O cuidado que se tem é não usar hormônios artificiais para estimular as contrações porque, com o estímulo, as contrações vêm mais fortes do que o normal, o que pode representar uma ameaça para um útero que já foi suturado”, explica. Outro mito é o da lesão vaginal. “O músculo dessa região é próprio para fazer esse esforço”, diz Lena, do Ministério da Saúde. Eu acrescento mais um dado que ajuda a construir no imaginário de várias gerações de mulheres o pavor do desconhecido porque eu tinha esse medo: as novelas adoram cenas de mulheres em trabalho de parto sofridíssimos, sendo empurradas numa maca como se estivessem a caminho da morte. Eu tinha esse medo e descobri que a informação é o melhor antídoto contra uma imaginação destrutiva. “Se a paciente não quer o parto normal de jeito nenhum, não fico dando murro em ponta de faca. A gente tenta trabalhar o medo, mas nem sempre funciona”, diz a obstetra Rachel Reis.
12 de agosto, passam das 13h30. Já sem condições de andar, sento um tanto contrariada numa cadeira de rodas. Se não tivessem me retido por tanto tempo na entrada, eu tinha ido a pé. Estou num elevador, cercada por pessoas estranhas, sendo empurrada por um dos seguranças igualmente estranho porque meu marido ficou lá embaixo respondendo às perguntas da carimbadora maluca. Quando a contração chega, seguro a vontade de pegar na mão de alguém e me lembro que não estou num avião caindo, mas indo dar a luz. Ponho uma cara de paisagem e fecho os olhos. Quando encontro minha médica, as dores já estão fortes à beça (aqui, o leitor pode substituir o “à beça” por uma “locução adverbial de palavrão” para ser mais fidedigno ao que eu quero realmente dizer). Passo para uma maca e sou empurrada por um corredor sem fim. Não acredito que estou numa maca.
Passo por um senhor deitado em outra maca e constato que ainda devo estar longe do meu destino. Definitivamente, ele não tinha um bebê na barriga. Dou um sorrisinho e aceno para ele antes de ser atacada por uma nova contração. Ouço as enfermeiras conversando atrás de mim com voz engraçada de criança. “Ô meu Deus, o que houve?”, diz uma. “É neném…neném querendo nascer!!”.
- É seu primeiro?, uma pergunta.
- Não, a segunda.
- O primeiro também foi normal?
- Sim – digo, com um sorriso no rosto.
- Eu também tive dois de parto normal. É a melhor coisa, me diz ela.
- Melhor coisa, melhor coisa…
No centro obstétrico aparece finalmente meu marido. Como é bom tê-lo ao meu lado. A doula – uma fisioterapeuta treinada em saúde da mulher que me deu assistência também antes e durante o parto (saiba mais sobre doulas). Sento numa bola de pilates e tento relaxar. Deu certo. A médica e a doula me lembram que a contração é uma onda, já está indo embora… A doula começa uma sessão de acupuntura e me surpreendo com uma contração suportável. Vai funcionar, comemoro em pensamento, mas quase arranco o antebraço do meu marido na contração seguinte. “Cadê o anestesista?”, apelo. Minha médica – uma mulher experiente e doce que ainda por cima passou por três partos normais, sendo um sem anestesia – me lembra que falta muito pouco. “Tem certeza? Eu acho que você aguenta, Bebel”. Eu aguento? Talvez, talvez, mas não vou ter tempo de mudar de ideia daqui a pouco… O homem aparece. Quando ele me avisa que, mesmo depois de me anestesiar, ainda sentirei duas contrações fortes e que ainda por cima não posso me mexer durante o procedimento (cujos detalhes tento não imaginar para não impedi-lo de fazer), titubeio. Valerá a pena? Faço uma confissão final tentando transferir para a comida a decisão que eu temia tomar: comi um pouco de estrogonofe. “Não tem problema”. Então vamos nessa.
Meu primeiro parto normal não foi nada fácil. Da primeira contração ao nascimento, levei mais de 24 horas acordada. O cansaço me marcou mais do que as dores em si. Saí da experiência, no entanto, convicta de que faria tudo de novo e certa também de que, a partir daquele momento, eu seria capaz de tudo na vida. Teria sido acometida da tal amnésia pós-parto? Dizem também que é uma dor que a gente esquece. Bem, eu lembrei delas rapidamente já no elevador.
A poucos minutos da chegada da minha segunda filha, a analgesia fez efeito, sem que eu perdesse o controle da situação. Continuei dona da história, protagonista daquele momento. Sorri. Vi meu marido do meu lado e nosso amor em forma de gente sair de dentro de mim.
O Ministério da Saúde deu início a um programa de reciclagem médica para treinar os profissionais do Sistema Único de Saúde em parto normal. São 24 horas intensivas de curso, já ministradas no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. A partir de 2010, as universidades também serão obrigadas a garantir um mínimo de treinamento em parto normal dos médicos em formação. Independentemente do tipo de parto, o que me incomoda são histórias de mulheres que nunca terão a certeza sobre a necessidade da cesárea por que passaram quando estavam dispostas a enfrentar o parto normal. Conheci uma moça que estava sendo acompanhada por cinco obstetras porque nenhum deles lhe garantiu que desmarcaria as pacientes dos consultórios para acompanhar um parto sem data marcada. As estatísticas mostram que a maior parte dos bebês nascidos em hospitais privados chega de segunda a sexta, no horário comercial. No dia 12 de agosto, até as 14h30, cinco bebês tinham nascido no hospital onde estávamos. Só o meu parto tinha sido normal.
13 de agosto, 18h – À tarde, deixamos o hospital. Ao pisar do lado de fora do prédio, protegi minha filha do vento seco e quente daquela tarde no Planalto Central. O céu estava azul claro e eu continuava com a sensação de entupimento nos ouvidos, como se estivesse congestionada por um resfriado. Talvez pela força que fiz no parto. Enquanto esperava nosso carro, vi uma moça carregando o seu “pacotinho”. Sorrimos uma para a outra em cumplicidade. Independentemente do parto que tivemos, vivíamos certamente um mesmo sentimento: nossa aventura com aquele filho estava apenas começando.
domingo, 23 de agosto de 2009
Dr. Claudio Basbaum
Claudio Basbaum e a luta por uma medicina mais humanizada
Como precursor e introdutor no Brasil, nos anos 1970, do chamado Parto Leboyer e da técnica de massagem para bebês (Shantala), o ginecologista e obstetra Claudio Basbaum iniciou sua trajetória na medicina rompendo os paradigmas vigentes. Buscava persistentemente devolver a naturalidade ao ato de nascer.
Inovou ao ser um dos primeiros a pôr em prática e a divulgar no país o parto de cócoras, a ioga na gestação, a presença do pai na sala de parto, o alojamento conjunto com o bebê e os conceitos de psiquismo fetal. Chegou a ser taxado de “rebelde” por tais idéias – hoje consideradas naturais –, o que culminou com a sua proibição de atuar em um dos mais importantes hospitais do país.
Mas as novidades que trouxe ao Brasil não pararam por aí. Antes mesmo de conhecer o parto sem violência do francês Frederick Leboyer e desenvolver suas próprias experiências com base nessas idéias, o dr. Basbaum foi um dos introdutores da técnica de laparoscopia. E, mais tarde, das evoluções desta, a videolaparoscopia e a videohisteroscopia. Foi quem introduziu no país o primeiro equipamento de laparoscopia com fibra óptica.
São métodos que revolucionaram a medicina nas últimas décadas, ao aumentarem a precisão dos diagnósticos e inaugurarem as cirurgias pouco invasivas – feitas de alta tecnologia e de cortes milimétricos, que minimizam os riscos de infecção, respeitam os órgãos genitais femininos, mantêm a fertilidade, além de promoverem resultados estéticos incomparáveis.
Dr. Basbaum foi buscar conhecimentos sobre a laparoscopia na França, nos anos 1960, com o “papa” da técnica na época, professor Raoul Palmer. Pôs em prática o que aprendeu no Brasil, dividido entre o Serviço de Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP e o da Faculdade de Medicina da Unicamp. Buscou se aprofundar no assunto com profissionais de outros países, como Buenos Aires, Itália, Bélgica, Estados Unidos.
O resultado desse investimento veio em 1989, quando executou, no Hospital São Luiz, de cujo corpo médico faz parte há 30 anos, as primeiras videolaparoscopias e videhisteroscopias do país. Ao seu lado estava um grupo pequeno de médicos entusiastas desses métodos. Daí para frente essas cirurgias mini-invasivas passaram a ser feitas em larga escala. Dr. Basbaum ministra cursos de aperfeiçoamento, orienta estágios, é um grande incentivador da técnica.
Pelas suas mãos, um número cada vez maior de patologias ginecológicas pôde ser tratado com a videolaparoscopia, como a retirada de miomas, histerectomia total e sub total, gravidez tubária, inclusive sem danos aos órgãos da mulher – na chamada ação “conservadora” – e a endometriose. No caso desta última, os conhecimentos atuais, explica ele, permitem o tratamento de endometriose severa profunda, que causa muitas dores e infertilidade, de forma bastante eficaz.
A preocupação com tratamentos que levam em conta os aspectos subjetivos das doenças ginecológicas e a preservação dos órgãos das mulheres levou-o a fundar a Pró-Matrix e a lançar campanha para que as pacientes “salvem” seus úteros, informando-as sobre as novidades tecnológicas que podem impedir tal “mutilação”. Na mesma linha associou-se a outros especialistas para criar a unidade Utherus, parte integrante de uma equipe internacional multidisciplinar de pesquisa e tratamento por embolização dos miomas uterinos sintomáticos.
Como fio condutor que liga todas essas empreitadas do dr. Basbaum no campo da ginecologia-obstetrícia está a preocupação com o lado humanístico da medicina. “A tecnologia teve grandes avanços, mas o ser humano não pode ser esquecido”, costuma dizer, e com a autoridade de quem se dedicou a entender e a utilizar a mais avançada tecnologia na arte de curar.
Para o dr. Basbaum, praticar medicina é usar sensibilidade para acolher e entender suas pacientes e ajudá-las a ter mais qualidade de vida. É agir de forma conservadora em relação à retirada de órgãos e a incisões cirúrgicas. É recusar o “modelo biomédico de assistência”, centrado na doença e não na pessoa. Para ele, enfim, é necessário abandonar a medicina tecnicista, aquela em que o exame clínico é totalmente substituído por exames de laboratórios, e adotar uma medicina mais humanizada, que devolva qualidade e confiança à relação médico-paciente.
Como precursor e introdutor no Brasil, nos anos 1970, do chamado Parto Leboyer e da técnica de massagem para bebês (Shantala), o ginecologista e obstetra Claudio Basbaum iniciou sua trajetória na medicina rompendo os paradigmas vigentes. Buscava persistentemente devolver a naturalidade ao ato de nascer.
Inovou ao ser um dos primeiros a pôr em prática e a divulgar no país o parto de cócoras, a ioga na gestação, a presença do pai na sala de parto, o alojamento conjunto com o bebê e os conceitos de psiquismo fetal. Chegou a ser taxado de “rebelde” por tais idéias – hoje consideradas naturais –, o que culminou com a sua proibição de atuar em um dos mais importantes hospitais do país.
Mas as novidades que trouxe ao Brasil não pararam por aí. Antes mesmo de conhecer o parto sem violência do francês Frederick Leboyer e desenvolver suas próprias experiências com base nessas idéias, o dr. Basbaum foi um dos introdutores da técnica de laparoscopia. E, mais tarde, das evoluções desta, a videolaparoscopia e a videohisteroscopia. Foi quem introduziu no país o primeiro equipamento de laparoscopia com fibra óptica.
São métodos que revolucionaram a medicina nas últimas décadas, ao aumentarem a precisão dos diagnósticos e inaugurarem as cirurgias pouco invasivas – feitas de alta tecnologia e de cortes milimétricos, que minimizam os riscos de infecção, respeitam os órgãos genitais femininos, mantêm a fertilidade, além de promoverem resultados estéticos incomparáveis.
Dr. Basbaum foi buscar conhecimentos sobre a laparoscopia na França, nos anos 1960, com o “papa” da técnica na época, professor Raoul Palmer. Pôs em prática o que aprendeu no Brasil, dividido entre o Serviço de Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP e o da Faculdade de Medicina da Unicamp. Buscou se aprofundar no assunto com profissionais de outros países, como Buenos Aires, Itália, Bélgica, Estados Unidos.
O resultado desse investimento veio em 1989, quando executou, no Hospital São Luiz, de cujo corpo médico faz parte há 30 anos, as primeiras videolaparoscopias e videhisteroscopias do país. Ao seu lado estava um grupo pequeno de médicos entusiastas desses métodos. Daí para frente essas cirurgias mini-invasivas passaram a ser feitas em larga escala. Dr. Basbaum ministra cursos de aperfeiçoamento, orienta estágios, é um grande incentivador da técnica.
Pelas suas mãos, um número cada vez maior de patologias ginecológicas pôde ser tratado com a videolaparoscopia, como a retirada de miomas, histerectomia total e sub total, gravidez tubária, inclusive sem danos aos órgãos da mulher – na chamada ação “conservadora” – e a endometriose. No caso desta última, os conhecimentos atuais, explica ele, permitem o tratamento de endometriose severa profunda, que causa muitas dores e infertilidade, de forma bastante eficaz.
A preocupação com tratamentos que levam em conta os aspectos subjetivos das doenças ginecológicas e a preservação dos órgãos das mulheres levou-o a fundar a Pró-Matrix e a lançar campanha para que as pacientes “salvem” seus úteros, informando-as sobre as novidades tecnológicas que podem impedir tal “mutilação”. Na mesma linha associou-se a outros especialistas para criar a unidade Utherus, parte integrante de uma equipe internacional multidisciplinar de pesquisa e tratamento por embolização dos miomas uterinos sintomáticos.
Como fio condutor que liga todas essas empreitadas do dr. Basbaum no campo da ginecologia-obstetrícia está a preocupação com o lado humanístico da medicina. “A tecnologia teve grandes avanços, mas o ser humano não pode ser esquecido”, costuma dizer, e com a autoridade de quem se dedicou a entender e a utilizar a mais avançada tecnologia na arte de curar.
Para o dr. Basbaum, praticar medicina é usar sensibilidade para acolher e entender suas pacientes e ajudá-las a ter mais qualidade de vida. É agir de forma conservadora em relação à retirada de órgãos e a incisões cirúrgicas. É recusar o “modelo biomédico de assistência”, centrado na doença e não na pessoa. Para ele, enfim, é necessário abandonar a medicina tecnicista, aquela em que o exame clínico é totalmente substituído por exames de laboratórios, e adotar uma medicina mais humanizada, que devolva qualidade e confiança à relação médico-paciente.
Método Leboyer propõe o nascimento de bebês sem violência
É Lindo+++
Gente assistam é maravilhoso!
Domingo, 04/02/1979
O bebê sente o carinho da mãe e o calor das mãos do médico logo que nasce. O Dr. Leboyer que criou o método, afirmava que o parto pelos métodos tradicionais é uma violência.
Gente assistam é maravilhoso!
Domingo, 04/02/1979
O bebê sente o carinho da mãe e o calor das mãos do médico logo que nasce. O Dr. Leboyer que criou o método, afirmava que o parto pelos métodos tradicionais é uma violência.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Alegria do bebê
Nada se iguala no mundo! Ser mãe é incrível. Ontem postei sobre o parto e falei sobre as dores, tudo muito grande grande mas é nada perto de se ganhar um bebê, de ser mãe e ter esta nova vida em casa.
A Clarinha é um docinho! Não dá trabalho nenhum, exeto quando acabamos de trocar sua frauda e antes mesmo de sair do trocador já constatamos que a frauda tem que ser trocada novamente rsrsr!!! O mais engraçado é que ficamos felizes. Babando...ela é linda e nada como o cheiro da cria...
Bjokas e até o próximo post!
A Clarinha é um docinho! Não dá trabalho nenhum, exeto quando acabamos de trocar sua frauda e antes mesmo de sair do trocador já constatamos que a frauda tem que ser trocada novamente rsrsr!!! O mais engraçado é que ficamos felizes. Babando...ela é linda e nada como o cheiro da cria...
Bjokas e até o próximo post!
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Nascimento da Clarinha

Olá Meninas!!!
Hoje quem escreve neste blog é a Adriana, mas não a Adriana da ultima postagem. Como assim? É que depois dos últimos acontecimentos posso me considerar uma mulher totalmente nova, praticamente uma outra pessoa.
Dia 28 ultimo, após postar aqui fui pra maternidade com meu esposo. Havíamos ligado para o médico Dr. Alberto Guimarães e ele nos orientou a ir para a ProMatre, tomei banho, arrumei o cabelo me maquiei e fui. Consegui fazer tantas coisas assim, pois as contrações embora freqüentes de 5 em 5 minutos, eram suportáveis. Antes fiz vários exercícios para Parto Normal, dancei... Rebolei bastante... Tudo conforme manda o manual da gravidez normal. Cheguei na maternidade super bem, mas as contrações foram aumentando...ficando mais doloridas e com intervalos menores. Fui internada as 23:45 e as 2 da manhã mais ou menos eu já havia pedido a anestesia. Meu médico chegou as +ou- as 3:00 da madruga e as 7:45 minha bebê nasceu. Um processo extremamente doloroso mais que depois de ver a Clara valeu. Pude amamentá-la, se bem que acho que não saiu nada... Mas ela mamou e foi lindo! Depois de tudo eu estava ótima. Parecia que nada havia acontecido e tudo foi perfeito. Um êxtase completo! Sem nenhuma palavra de nenhum vocabulário que possa descrever a experiência vivida.
Diante disso tudo aprendi muitas coisas entre elas que nem toda mulher merece passar por isso, pois o negócio e Pank d+++ e que não há coisa mais linda na vida que ser mãe.
O lado maravilhoso do Parto normal é que logo depois do parto parece que nada aconteceu...minha barriga murchou na hora, depois no dia seguinte deu uma leve inchadinha, mas sai da maternidade quase sem barriga, andando...super bem e feliz, nem parecia que tinha ganhado bebê.
Bjokas a todas as mamães blogueiras e até o próximo post.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Indo para maternidade
Olá meninas!!!
Nunca pensei que iria sentir dor e ter felicidade e alegria ao mesmo tempo!!!! Mas estas coisas existem mesmo!!!
Hoje tive contrações durante todo o dia e no decorrer do dia elas ficaram mais doloridas e agora neste exato momento 20:50 "O BICHO TA PEGANDO". Mas é suportável e passa, mas volta depois de 5 minutos. O R... esta tomando banho para irmos para maternidade, super ancioso, mas estamos tranquilos pois nos informamos e conhecemos os processos o que torna tudo mais seguro, confiante e calmo...Tão Calmo que cá estou eu aqui a postar para este blog neste momento (rsrsr).
Sabe! Esperei por este momento durante 41 semanas redondinho..inho agora que chegou sinto um misto de tantos sentimentos...e fome (rsrs) comi uma saladona agora pouco, tomei um sucão, é importante ir bem alimentada para maternidade pois lá pode ser que restrinjam a dieta até a bebê nascer e eu precisarei de energia extra para hora do parto.
Só queria partilhar este momento e escrever o que sinto...mesmo que não consiga expressar pois é muito lindo mesmo!!!
Nunca pensei que iria sentir dor e ter felicidade e alegria ao mesmo tempo!!!! Mas estas coisas existem mesmo!!!
Hoje tive contrações durante todo o dia e no decorrer do dia elas ficaram mais doloridas e agora neste exato momento 20:50 "O BICHO TA PEGANDO". Mas é suportável e passa, mas volta depois de 5 minutos. O R... esta tomando banho para irmos para maternidade, super ancioso, mas estamos tranquilos pois nos informamos e conhecemos os processos o que torna tudo mais seguro, confiante e calmo...Tão Calmo que cá estou eu aqui a postar para este blog neste momento (rsrsr).
Sabe! Esperei por este momento durante 41 semanas redondinho..inho agora que chegou sinto um misto de tantos sentimentos...e fome (rsrs) comi uma saladona agora pouco, tomei um sucão, é importante ir bem alimentada para maternidade pois lá pode ser que restrinjam a dieta até a bebê nascer e eu precisarei de energia extra para hora do parto.
Só queria partilhar este momento e escrever o que sinto...mesmo que não consiga expressar pois é muito lindo mesmo!!!
Ainda Grávida
Ontem fui a consulta do obstetra para fazer o acompanhamento da gestação, que hoje completa 41 semanas. Ele depois de me avaliar e fazer um Ultra Som disse que a bebê estava ótima, que tenho bastante líquido aminiótico, que tudo estava perfeitamente bem, etc. (Detalhe: eu não tinha dilataçã nenhuma). O médico então sugeriu que fossemos para maternidade fazer a indução do parto. Na hora eu topei, não questionei, só aceitei pois já estavamos na semana 41, indo para semana 42 e a bebê nada de nascer. Fomos então para casa, meu esposo e eu meio apreensivos pegamos nossas malas, colocamos água e comida para a Dina (nossa cachorrinha)e saímos apressados. Meu marido chamou seu irmão para nos acompanhar e trazer o carro de volta, assim que eu me internasse. No entanto, antes de sair de casa separei vários artigos cientificos, estudos e pesquisas sobre indução de partos e fui lendo este conteúdo durante o caminho. Resumindo: "Apenas 30% das induções de parto resultam em parto normal" (ou seja 70% das tentativas de indução viram cesárias. "A indução aumenta e muito a chance da mulher ter que se submeter a uma cesária". "Tem um índice alto de crianças que morrem no primeiro ano de vida, em caso de partos induzidos". Diante de todas estas questões só vale apenas correr estes riscos caso esteja diante de algum problema com a mãe ou com o bebê, e como no meu caso tudo estava perfeitamente bem, não entendi a vantagem de fazer uma indução e correr o risco de depois de algumas horas ouvi:
-Olha nós tentamos tudo, mas terá que ser uma cesária mesmo, pois vc não tem dilatação e como já estouramos sua bolsa vc corre risco de infecção, etc.
Parece brincadeira, mas é a pura verdade! Há médicos(não é o caso de meu GO) que tentam fazer a indução durante algumas horas, antes mesmo da mulher entrar naturalmente em trabalho de parto, como o processo pode demorar muito optam pela cesária, tipo só para a mulher ter a sensação que "tentou mesmo" o parto normal mas que não foi possível.
Tentei falar com meu esposo, mas parece que ele ficou meio alienado com as orientações médicas e não compreendeu minha insegurança e angustia. Quando estávamos quase chegando a maternidade surtei, falei que não ia fazer uma indução nem a pau e que se não desse certo seria a minha barriga que iriam cortar e não a dele, chorei muito...nossa me senti totalmente sozinha sabe! É triste o que temos que passar aqui para ter um parto normal, me arrependi de não ter ido fazer acompanhamento na Casa de Parto, pois lá teria certeza de meu parto normal e humanizado. Pois bem, entramos na maternidade fizemos a ficha e fomos encaminhados para uma avaliação e um exame de Cardiotografia da bebê, enquanto eu estava na sala o R...(marido) ligou para o médico e disse que eu não iria induzir pelos riscos de não dar certo e virar cesária. Dr. Alberto muito atencioso e compreensivo pedio que não tinha problema que poderíamos esperar até a completar 42ª semanas, mas que eu fizessemos os exames para saber como estava a bebê, e que se estivesse tudo bem poderiamos esperar até 42 semanas. Fiz os exames e a nota da minha bebê de 0 a 10 foi 10 tanto no cardiotoc quanto no ultrason, meu marido então falou: "Vc estava realmente certa". Só que até ai, até descobrirem que eu estava realmente certa, eu fiquei super nervosa. Se eu tivesse dado uma de boazinha...que aceita tudo...que tudo esta bom...provavelmente estas horas tivesse sido submetida a uma cesária sem a mínima necessidade.
É lamentável sabe, confio no meu médico, mas em parte pois este fato me fez repensar sobre o meu parto e o que realmente o médico tentou propor. Quando estávamos na consulta e ele propôs a indução comentou com o meu marido que se fossemos para a maternidade naquele momento ele teria a noite inteira para tentar o meu parto normal, o que poderia não ocorrer se fossemos no dia seguinte pois ele teria que desmarcar muitos pacientes e alguém teria que pagar aquela conta. Ou seja eu correria riscos para que o médico fizesse o que é mais conveniente para ele. Lamentável! Isso porque este médico é ainda um dos poucos raros que fazem parto normal.
Nunca me senti tão sozinha e vulnerável como agora. Parece que sua vida fica nas mãos de outros e você tem que estar o tempo todo alerta, caso contrário se ferra. É lindo ver na tv e jornal matérias incentivando o parto normal, mas é triste ver a luta que uma mulher tem que travar para ter um parto normal. Não é fácil!
Um grande abraço a quem teve coragem de ler todo este relato!
-Olha nós tentamos tudo, mas terá que ser uma cesária mesmo, pois vc não tem dilatação e como já estouramos sua bolsa vc corre risco de infecção, etc.
Parece brincadeira, mas é a pura verdade! Há médicos(não é o caso de meu GO) que tentam fazer a indução durante algumas horas, antes mesmo da mulher entrar naturalmente em trabalho de parto, como o processo pode demorar muito optam pela cesária, tipo só para a mulher ter a sensação que "tentou mesmo" o parto normal mas que não foi possível.
Tentei falar com meu esposo, mas parece que ele ficou meio alienado com as orientações médicas e não compreendeu minha insegurança e angustia. Quando estávamos quase chegando a maternidade surtei, falei que não ia fazer uma indução nem a pau e que se não desse certo seria a minha barriga que iriam cortar e não a dele, chorei muito...nossa me senti totalmente sozinha sabe! É triste o que temos que passar aqui para ter um parto normal, me arrependi de não ter ido fazer acompanhamento na Casa de Parto, pois lá teria certeza de meu parto normal e humanizado. Pois bem, entramos na maternidade fizemos a ficha e fomos encaminhados para uma avaliação e um exame de Cardiotografia da bebê, enquanto eu estava na sala o R...(marido) ligou para o médico e disse que eu não iria induzir pelos riscos de não dar certo e virar cesária. Dr. Alberto muito atencioso e compreensivo pedio que não tinha problema que poderíamos esperar até a completar 42ª semanas, mas que eu fizessemos os exames para saber como estava a bebê, e que se estivesse tudo bem poderiamos esperar até 42 semanas. Fiz os exames e a nota da minha bebê de 0 a 10 foi 10 tanto no cardiotoc quanto no ultrason, meu marido então falou: "Vc estava realmente certa". Só que até ai, até descobrirem que eu estava realmente certa, eu fiquei super nervosa. Se eu tivesse dado uma de boazinha...que aceita tudo...que tudo esta bom...provavelmente estas horas tivesse sido submetida a uma cesária sem a mínima necessidade.
É lamentável sabe, confio no meu médico, mas em parte pois este fato me fez repensar sobre o meu parto e o que realmente o médico tentou propor. Quando estávamos na consulta e ele propôs a indução comentou com o meu marido que se fossemos para a maternidade naquele momento ele teria a noite inteira para tentar o meu parto normal, o que poderia não ocorrer se fossemos no dia seguinte pois ele teria que desmarcar muitos pacientes e alguém teria que pagar aquela conta. Ou seja eu correria riscos para que o médico fizesse o que é mais conveniente para ele. Lamentável! Isso porque este médico é ainda um dos poucos raros que fazem parto normal.
Nunca me senti tão sozinha e vulnerável como agora. Parece que sua vida fica nas mãos de outros e você tem que estar o tempo todo alerta, caso contrário se ferra. É lindo ver na tv e jornal matérias incentivando o parto normal, mas é triste ver a luta que uma mulher tem que travar para ter um parto normal. Não é fácil!
Um grande abraço a quem teve coragem de ler todo este relato!
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