terça-feira, 8 de setembro de 2009

Um novo começo!

Hoje percebi o quanto a Clara é importante na minha vida. Na verdade ela é o que há de mais especial. Tão pequena e frágil, ao mesmo tempo que tem um choro forte. Ela me encanta.

Sinto uma enorme responsabilidade mas não uma responsabilidade imposta pois não há nesta vida nada melhor que cuidar da Clarinha. Velar seu sono, dar banho. Nunca imaginei na minha vida que ter esta pessoinha tão pequena pudesse tão imensamente ser tudo de melhor e mais bonito na minha vida.

Acho que agora diante da descoberta deste amor, esta nova fase que começa fica para para trás o caminho percorrido para o parto.

O que passei passou!

A procura por um GO que acompanhasse meu parto normal, o desejo e a conquista do Parto Normal, a dor do parto e as frustrações e alegrias que envolveram todo este processo.

Foi doloroso as vezes, alegres em outras.

Parto é realmente passagem. Para o bebê um novo mundo e para os pais uma nova vida, vida que não anula o que se viveu antes mas que torna o novo tão simples e belo como se sempre tivesse existido.

Engraçado! olho para Clarinha hoje, com apenas 40 dias e parece que sempre existiu, é engraçado pensar como vivi sem ela todos estes anos da minha vida. E como tudo me preparou para viver este momento, que embora confuso, certamente é o mais lindo da minha vida.

Hoje tudo tem um significado especial, uma razão de existir e de cuidar!

É por isso que me despeço deste blog que marcou a fase mais importante da minha vida e me ajudou a desabafar e superar as adverdidades da transição.

Um beijo a todas e todos que estiveram comigo neste caminho!

Até qualquer blog por ai!

Lista de Médicos que Acompanham Parto Normal

Obstetras para Parto Normal e PROFISSIONAIS DO PARTO NORMAL E HUMANIZADO


SÃO PAULO
 Dr. Alberto Jorge de Sousa Guimarães (Defensor do Parto Humanizado) Parto na água e de cócoras
Rua Voluntários da Pátria, 2820 - Cj.83 - Santana   -   (11) 29791151 / 29791352

Dra. Betina Bittar (Só Particular) (Médica super humanizada)
betinamac@uol.com.br
14 3882-8460 (consultório em Botucatu)

Dra. Andrea Silveira de Queiroz Campos (Só Particular, Consulta R$ 250,00)
Fone: (11) 5579-1051 (esta atendendo nesta clínica as 5ª feiras)
Rua Borges Lagoa, nº 564 Conj 12 1º an dar - Vila Clementino
Próx ao Metro Sta Cruz - Zona Sul
Tel.: (11) 3812-8681(esta de licença nesta clínica)

Dr. Cláudio Basbaum - Dra. Vanessa Sécula (Só Particular, Consulta R$ 380,00)(Parto totalmente humanizado e Laboyer)
Fones: (11) 6256-9521 / (11) 3848-9492
E-mail: atendimento@claudiobasbaum.med.br
Rua Alceu de Campos Rodrigues, nº 247 Conj. 11
Vila Nova Conceição - São Paulo/SP

Dra. Fernanda Cristina (Só Particular - Consulta R$250,00)
Fone:(11) 3168-5543
Rua Iguatemi, nº 192 Cj 12
Itaim Bibi - São Paulo/SP.

Dr. Jorge Kuhn (Consulta particular R$ 250 reais)
Fone: (11) 5579-1051 / 5579-3168 / Cel: 9930 1230
E-mail: jorge.toco@epm.br
Parto Humanizado e residêncial

Dra. Catia Cristine Chuba da Silva (Parto totalmente natural)
Fone: (11) 9668-3777 (Consulta custa por volta de 150 reais)
E-mail: catia.chuba@gmail.com

Dr. Marcos Tadeu Garcia (Atende Convênio Amil e LINCX valor da consulta particular é R$ 200,00)
R. Pedro de Toledo, 399
Vila Clementino
marcostgarcia@ig.com.br
Fone:11- 5579-0910 e 5572-1112
Faz parto verticalizado (cócoras), e também parto na água.

CASAS DE PARTO SP

Casa de Parto Sapopemba
End.: Rua São José das Espinharas, 400 - Sapopemba - São Paulo- SP
Tel.: (11) 2702-0435 ou 2103-3187

Casa de Maria - Sta. Marcelina
End.: Rua Salvador Balbino Matos, 400-A - Itaim Paulista - São Paulo- SP
Tel.: (11) 2572-2073 ou 2572-2074


ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS - SÃO PAULO
Enfermeira Obstétrica Márcia Koiffan
tel.: (11) 5543-1521
email: koiffman@ajato.com.br
Obs.: parto domiciliar

Enfermeira Obstétrica Vilma Nish
tel.: (11) 5579 5118 (res)
email: vilmanishi@ig.com.br
Obs.: atende parto domiciliar


DOULAS - SÃO PAULO
Pris Rezende
Doula
(11) 8887-1894
www.prisrezendedoula.blogspot.com


BAIXADA SANTISTA - SP
Dra Cláudia Ribas Starnini Araújo e ela tb trabalha com uma Doula (maravilhosa)
endereço: Av. Conselheiro Nébias, 726, cj. 91-92-Boqueirão-Santos ... tel:(13)3224-4127.

RIO DE JANEIRO:

Dra. Claúdia Orthof - Médica Parteira
Tel.: (21) 2552-3761 e 9248-7212
e-mail: claudia.orthof@rehuna.org.br ou claudiaopl@imagelink.com.b
Obs: exclusivamente partos domiciliares, pré-natal fisiológico e assistência pós-parto, especializada em amamentação

Dra. Stella Marina Ferreira
Obstetra
Rua Santo Afonso 44/606 Tijuca
Tels: (21) 2284.2208 e 2264.2714
Obs: Homeopata, atende partos domiciliares, trabalha com equipe que inclui
doula e pediatra.

Dra. Lílian May
Obstetra
Rua Santa Clara 70 / 705 - Copacabana
Tel: (21) 2549.8986
E-mail: lmsd@domain.com.br

Dra. Francisco Vilella
Obstetra
Barra da Tijuca: (Cittá América)
Tels: (21) 3803.7843 e 3803.8140
Humaitá:
Tels: (21) 2539.1266 e 2286.0380
E-mail: villela@alternex.com.br
Obs.: Homepatia. Atende parto domiciliar e na água.

Dra. Roberto Galluzzo
Obstetra
Leblon
Tels: (21) 2239.7431 e 9985.1895
E-mail: galluzzo@netgate.com.br
Obs.: Atende parto hospitalar em cadeira de cócoras.

Dra. Marlene Alves Teixeira
Obstetra
Rua Gildásio Amado 55 sl 408 edificio Centro da Barra
Tel: (21) 2491.2742

Dra. Marilia Calil Salim
Obstetra
Tel.: (21) 9367.3066
Obs. Foi assistente do Dr. Fernando Estellita Lins

Dra. Maria Helena Bastos
Obstetra
Tel: (21) 9963.1610
E-mail: melbee@uol.com.br

Dr. Mário Guilherme Fonseca
Obstetra
Av. Pasteur, 377 - Urca
Tels.: (21) 2541.2301 e 2295.3735 (cons.); (21) 2541.0935 (res.);
Urgências - Mobi (21) 2508-1001 código 76760
Obs. Atende vários convênios.

Dr. Antonio Carlos de Oliveira
Av. Princesa Isabel 150/ 403 Leme - Rio de Janeiro - RJ Tel: 3820 9991 /
2541 0890 obs: partos naturais e domiciliares
Dr. Rodrigo Viana - Obstetra
End.: Rua da Conceição 188/ sala 804 Niterói Shopping - Centro - Niterói
Tel.: (21) 2717-6582
Cel.: (21) 8112-6799
Obs: Calmo, flexível, paciente, e pode atender partos domiciliares. Também atende em hospital público e tem um grupo de gestantes em Benfica-RJ

Dr. Marcos Dias
End: Rua Farme de Amoedo, 75/cob 01 - Ipanema
Tel.: (21) 2522-0396 / 2522-0384 / 2287-5666
Obs.: É médico particular mas atende pelo plano Bradesco Rede Globo.

ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS - Rio de Janeiro

Enfª. Obstétrica Priscila
Telefones: (21) 24812436 ou 98179728
email: enf_prismac@yahoo.com.br

Enfª. Obstétrica Raquel Iozzi
email: raquelli.iozzi@yahoo.com.br
telefones: (21) 2451-1655 ou (21) 9745-4345

Enfª. Obstétrica Marillanda Lima
Tel: (21)8161-4125
email: marilandalima@oi.com.br

Enfª. Obstétrica Heloisa Lessa
Tel.: (21) 2232-2445 e (21)8863-2815
email: heloisa.lessa@terra.com.br
Obs.: Pré-natal e parto domiciliar

DOULAS - Rio de Janeiro

Ingrid Lotfi, doula e educadora perinatal
Ingrid Lotf, doula e educadora perinatal
tel.: (21) 2453-4368
cel.: (21) 9321-2989
email: ingrid.lotfi@rehuna.org.br
PS: Serviço inclui atendimento durante a gravidez, parto e pós-parto.
Auxília também com amamentação e cuidados com o bebê.

Fadynha
tel.: (21) 2205-1570
site: www.institutoaurora.com.br

Ana Lúcia Baptista
email: anadoula@gmail.com
Telefones: 3852-6753 ou 8859-1432


CASA DE PARTO - Rio de Janeiro

Casa de Parto David Capistrano
End.: Rua Pontalina s/n - Realengo
Tel.:(21) 3335-2535


[b]VITÓRIA[/b]

Dr. Paulo Batistuta Novaes
End.: CECON: Rua Eugênio Neto, nº 180 - Praia do Canto
Tel.: (27) 3325 2755

Enfermeiras obstétricas que atuam como  'parteiras' no Rio de Janeiro:

Heloisa Lessa e Marilanda Lima
Rua Pereira da Silva, 555 - Laranjeiras
Tels.: (21) 2245.9573 e (21) 2245.9574
E-mail: helolessa@openlink.com.br
Obs.: Acompanham o pré-natal, o parto e o pós-parto; atendem parto
domiciliar.


FORTALEZA

Dr: Silvio Carlos Rocha de Freitas
Consultório: LAPEL - Liga de Apoio ao Parto Estilo Livre
R Prof. Anacleto, 33
Tel 214 0156 / Cel:99918781

Dr: Luiz Carlos Weyne
Rua Dr. João Cordeiro, 1508 - Aldeota
Tel 253 30 32 e 221 3981


SALVADOR - BA

Dra. Marilena Pereira
R Senador Theotonio Villela, 110 - Ed Cidadela Center Ii S/201 ver mapa
40279-435 Salvador (Bahia)
Telefone : (71) 3358-2368



RECIFE

Dra. Melânia Amorim
End.: Rua Sport Club do Recife, 280/418 (Ed.Albert Einstein)
tel.: (81) 3221-5159/0681  /  Cel.: (83) 8815-5216
e-mail: melamorim@uol.com.br
Obs.: Não atende convênios, mas a maioria das clientes consegue o reembolso dos planos de saúde

Dra. Leila Katz
End.: Rua Sport Club do Recife, 280/418 (Ed.Albert Einstein)
tel.: (81) 3221-5159/0681  /  Cel.: (81) 9656-5977
email: leilakatzdm@yahoo.com.br
Obs.: Não atende convênios, mas a maioria das clientes consegue o reembolso dos planos de saúde

Dra. Isabele Coutinho
End.: Rua Sport Club do Recife, 280/418 (Ed.Albert Einstein)
tel.: (81) 3221-5159/0681  /  Cel.: (81) 9272-7051
email: isabela@elogica.com.br
Obs.: Não atende convênios, mas a maioria das clientes consegue o reembolso dos planos de saúde.


RIO GRANDE DO NORTE

Dra. Edilsa Araújo
Tel.: (84) 3222-8772
email: jedilsa.araujo@zipmail.com.br ou edilsa.pin@hotmail.com
Obs.: Ela assiste parto domiciliar, parto na água, desde há muitos anos garante a presença de acompanhantes de escolha da mulher, respeita os tempos do trabalho de parto.


RIO GRANDE DO SUL

Dr. Ricardo Herbert Jones
End.: Rua Annes Dias 154 sala 1504
Tel.: (51) 3228 3612 - 3226 6183
Email: rhjones@ig.com.br
Obs.: homeopata, faz partos domiciliares, trabalha com equipe que inclui doula e obstetriz.

Dra. Ana Claúdia Codesso
Atende em consultório terças e quintas das 13:00 às 17:00.
End.: Protásio Alves, 3173/203 - Alto Petrópolis
Tel.: (51) 3334-2584


PORTO ALEGRE

Ricardo Herbert Jones
Rua Annes Dias 154 sala 1504
CEP: 90020-090 - Porto Alegre, RS
Fones: (51) 3228 3612 - 3226 6183
email: rhjones@ieg.com.br
Obs: homeopata, faz partos domiciliares, trabalha com equipe que inclui
doula e obstetriz.


BRASÍLIA / GOIANIA

Frederico Luis Felipe Coelho
SHLS 716 conj.A, Sala 303
Ed Unimed - Brasília - DF
Tel: 245 2003
cel. 9982 2155
frederico.coelho@terra.com.br

Dra. Rachel Costa dos Reis e Dr. Fábio
fone consultorio 2451322
SHLS 716, Hospital Santa Lúcia, sala 12
cel Dra. Rachel 99828600
cel Dr. Fabio 99861346

Dr. Helio Bergo, obstetra
SEPS 714/914  Ed. Santa Maria - Sala 232
Cep: 70390-145  Brasilia, DF
Tels: (61) 346-3185 / 346-3185
obs. Faz partos domiciliares, na água

Dra. Vera Lúcia Coimbra, obstetra
Tel: (61) 248 1497 / 226 7963
obs. Faz partos domiciliares

Dra. Geovana Mendonça de Melo, obstetra
SEP/Sul 715/915 Centro Clínico Pacini
Bloco "D" - Sala 224 Brasilia - DF
Tel: (61) 245 6337

Dra. Lívia Martins Carneiro, médica obstetra
Clínica Médica Moderna - Praça Nova Suíça - Goiânia
Telefone: 253-1069 / Res.: (62) 261-3407 / Cons.: (62) 253.1069
liviamartinscarneiro@bol.com.br
Atnedimento: Seg. feira e Terça feira das 08:00 às 12:00-14:00 às 18:00

Dra. Esther Vilella
Hospital Pio X -Ceres - GO
Praça Pio X Nº 76 Bairro Central
Telefone: (62) 323-1831



BELO HORIZONTE

João Batista Marinho de Castro Lima
Central de Consultas - Hospital Vera Cruz Life Center
Av. do Contorno, 4747/3o andar - Serra
Fone: (31) 3289-1800

Hospital Sofia Feldman
Rua Antonio Bandeira, 1060 - Bairro Tupi
Fone: (31) 3433-1589

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Médicos

Estou aqui hoje para, meter o pau (desculpe o stress) num médico infeliz que atende meu sogro no Incor. Nada contra o médico, até porque ele sempre atendeu minha cunhada (é ela quem acompanha meu sogro ao médico) super bem. Nossa já hávia ouvido mil elogios com relação ao cidadão dito doutor. A questão é que o doutor sempre atendeu super bem minha cunhada pois ela desembolsava R$ 400,00 a consulta. Só que agora ela descobriu que o doutor atende bradesco, então ela passa o cartão do convênio médico do meu sogro, que com mais de 70 anos paga quase 1.000,00 de convênio por mês. Como quem esta pagando a consulta é o convênio e muito provávelmente o convênio deve pagar a ele muito menos que R$400,00 o médico a atendeu com muita má vontade e com uma pressa que jamais hávia sido sentida quando o valor da consulta era pago em $$$$.

Como já postei aqui em outras circunstâncias sei que os médicos estudam blá!blá!blá! tem muitos custos blá!blá!blá! Os convênios são uma bosta e não os pagam como merecem e blá!blá!blá!blá! Só que eu encontrei a solução por que este cidadão que pelo jeito fez medicina só visando seu bolso não se especializou em cirurgia plástica ao invéz de cardiologia? Assim ele ganha mais por tudo???? Outra auternativa é se não gosta do quanto o convênio paga, por que aceita convênio????
Ou porque ele aceita ser um bosta de profissional para quem o paga com convênio saúde????
Bem são muitas interrogações!!!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Médico defende o fim da dor na hora do parto

Sábado, Setembro 20, 2008
Médico defende o fim da dor na hora do parto

A pior dor do mundo? Esqueça

Médico americano preconiza que a mulher
pode e deve tomar anestesia desde o começo
do trabalho de parto e ter seu bebê sem sofrimento
Christina Simons/Corbis/Latin Stock


Depois de horas e horas de dor indescritível, o bebê nasce, perfeito, e a mãe esquece tudo o que passou. Comovente, mas não obrigatório: segundo o anestesista americano Gilbert Grant, autor do livro Enjoy Your labor – A new approach to pain relief for childbirth(Aproveite o parto – uma nova abordagem do alívio da dor no nascimento), o uso de anestesia peridural durante todo o trabalho de parto, em doses que aumentam junto com a dor, é perfeitamente viável – ele aplica o método há quinze anos – e permite dar à luz com sofrimento zero. No Brasil, apesar do número recorde de cesáreas, a prática do parto normal realmente sem dor, com anestesia do princípio ao fim, é pouco aplicada. O temor à dor do parto é um dos motivos que incentivam a prática das cesarianas – no sistema privado de saúde, elas chegam a 80% dos nascimentos. No outro extremo, persiste a idéia de que tudo o que é natural é obrigatoriamente desejável, o que leva à busca de métodos exóticos como o parto na água, à luz de velas ou, como num caso recente no Rio de Janeiro, ao som dos trinados de um cantor lírico – em geral sem uma gota de anestesia. "Ainda existe muito preconceito em relação a fazer a analgesia da paciente assim que ela começa a sentir dor", diz Marcelo Torres, diretor médico da Pro Matre e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sobre o método preconizado por Gilbert Grant. Baseado no Langone Medical Center da Universidade Nova York, o anestesista falou à repórter Bel Moherdaui sobre o peso dos fatores culturais que associam o parto à dor e defendeu vigorosamente a sua especialidade.

Como funciona – Logo que a mulher chega ao hospital, aplicamos uma dose bem leve da anestesia; conforme a dor aumenta, damos doses extras. Mesmo que o parto demore várias horas, não há problema algum. A anestesia peridural pode ser aplicada até ao longo de vários dias, tanto quanto for preciso. Acreditava-se que se a mulher fosse anestesiada antes de alcançar 4 centímetros de dilatação a progressão do parto cairia. Mas há pelo menos três anos sabemos que, pelo contrário, a dilatação pode até aumentar com a anestesia. Acredito que no futuro todas as parturientes vão receber anestesia antes de sentir dor. Mas é difícil mudar algo tão arraigado culturalmente.

Floris Leeuwenberg/Corbis/Latin Stock

"O parto na água não é uma boa idéia para humanos"

Herança atávica – Ao longo de 25 anos de prática da medicina, pude observar que o desejo de enfrentar o parto sem anestesia decorre, principalmente, da cobrança cultural. Na origem disso, muitas vezes de forma inconsciente, está a referência religiosa, com a menção bíblica ao sofrimento no parto como castigo coletivo às mulheres porque Eva pecou no Jardim do Éden. Existe muita pressão da sociedade, dos amigos, dos parentes. Espera-se que elas agüentem a dor do parto, porque isso é natural. Tenho certeza de que, se os homens dessem à luz, essa discussão nem existiria. No meu livro falo que, evidentemente, ninguém pensaria em fazer uma cirurgia de remoção do apêndice sem anestesia. Se todas as mulheres soubessem quanto podem se beneficiar da anestesia peridural no parto normal, um número muito maior optaria por ela. O maior problema é a falta de informação, a ignorância. Já perdi a conta de quantas vezes ouvi, depois do parto, a paciente dizer: "Se eu soubesse, não teria esperado tanto". Sabemos que a dor do parto é a pior que a mulher vai sentir em toda a sua vida e que a peridural é capaz de eliminar essa dor. Mas parece que há mulheres que não querem acreditar nisso.

O tamanho da dor – A comparação mais comum é com a dor da pedra nos rins. Para um homem, é muito difícil imaginar. Aliás, para a mulher também. O mais próximo nelas é a cólica menstrual, mas a dor do parto é 100 vezes mais forte, então não é uma comparação muito justa. Ressalve-se que a dor é um fenômeno totalmente subjetivo. Depende da pessoa que está sentindo. Na Índia, há quem ande sobre brasa e não sinta nada. Temos de deixar cada indivíduo decidir quando a dor se torna desconfortável. Eu, pessoalmente, prefiro não sentir. Se entrasse em trabalho de parto, não ia querer dor alguma. Mas muitas mulheres querem a experiência completa, como era no começo dos tempos.
Divulgação
AMPLA E IRRESTRITA
Grant: "Sentir dor não tem vantagem nenhuma"


Benefício zero – Sentir dor não tem vantagem nenhuma e ainda pode ser perigoso. Além do sofrimento em si, há efeitos fisiológicos e psicológicos. Quando se sente muita dor, as veias se estreitam, o que diminui o fluxo de sangue para a placenta; conseqüentemente, o bebê recebe menos sangue. Algumas pesquisas mostram que as mulheres sob dor intensa acabam desenvolvendo mais problemas psicológicos depois do parto, como depressão e stress pós-traumático, a doença dos veteranos de guerra. A experiência pode deixar marcas profundas.

Segurança – A anestesia peridural é muito segura. É claro que podem acontecer problemas, como em tudo na medicina. Mas existe maior probabilidade de alguma coisa dar errado quando a paciente está a caminho do hospital do que de haver algum problema com a peridural. Cerca de 1% das pacientes tem dor de cabeça muito forte, mas isso é tratável. Também é possível ocorrer queda da pressão arterial da mãe, o que afeta o bebê, mas as providências são rápidas e eficientes. No hospital em que trabalho, jamais aconteceu de mãe ou bebê morrerem por causa da anestesia.

Experiência pessoal – Tenho três filhas lindas. As três nasceram de cesariana. Se tivesse sido parto normal, minha mulher teria recebido anestesia da mesma maneira. Não deixo nenhuma mulher que eu conheça e ame ter filho sem peridural. Já vi milhares de mulheres dar à luz e conheço bem a diferença.

Relaxamento perfeito – Não existe melhor técnica de relaxamento do que eliminar a dor no processo. Sem dor, a parturiente consegue respirar, ler uma revista, sorrir. As celebradas técnicas de respiração até ajudam a relaxar um pouco, mas não se comparam ao alívio dado pela medicação. Sem falar que a mulher que não consegue respirar como aprendeu no curso pré-natal por causa da dor muitas vezes se sente frustrada consigo mesma. Recentemente, uma paciente minha tentou o parto normal durante horas, inclusive com peridural a partir de certo ponto, mas não conseguiu e foi preparada para a cesariana. Quando perguntei como se sentia, respondeu: "Eu sou um fracasso". Ela estava a minutos de ter um bebê lindo e não conseguia viver a beleza do momento pelo excesso de rigor consigo mesma.

Dose certa – O grande passo aconteceu com o aperfeiçoamento da anestesia peridural. Isso foi possível com o uso de diferentes drogas combinadas para tirar a dor e manter a consciência. Pudemos dosar melhor a quantidade de cada medicamento, aliviando a dor e reduzindo muito os efeitos colaterais. E a grande vantagem da peridural é que ela tira a dor, mas não a capacidade de fazer força para ajudar o bebê a sair, até porque a mulher não está totalmente exausta por ter passado horas e horas sofrendo.

Na hora H – Geralmente, a presença do pai ajuda a dar apoio emocional à mãe. Mas eles sofrem muito com a dor delas. Se a mulher opta pela anestesia desde o começo, o marido também se sente muito aliviado.

Parto na água – É fantástico para peixes. Para os humanos, não acho uma idéia tão boa.

PM Images/Getty Images

"Quando se sente muita
dor, as veias se estreitam,
o que diminui o fluxo
de sangue para a placenta.
O bebê recebe menos sangue.
Além disso, há o risco
de mais problemas psicológicos
no pós-parto"