segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Nascimento dos Mamíferos Humanos



Michel Odent

Obstetra
Todos os mamíferos dão à luz graças à súbita libertação de um fluxo de hormonas. Uma destas hormonas, a oxitocina, desempenha um papel importantíssimo. Ela é necessária para a contracção do útero, para os bebés nascerem e as placentas saírem. Está implicada na indução do amor maternal: é o componente principal de um verdadeiro ‘cocktail de hormonas do amor’.

Todos os mamíferos podem também libertar uma hormona de emergência denominada adrenalina, cujo efeito é interromper a libertação de oxitocina. A hormona de emergência adrenalina é libertada em particular quando existe uma possibilidade de perigo.

O facto de a adrenalina e a oxitocina serem antagonistas explica que a necessidade básica de todos os mamíferos ao dar à luz é sentirem-se seguros. Num ambiente selvagem, uma fêmea não consegue dar à luz quando houver uma possibilidade de perigo, por exemplo na presença de um predador. Nesse caso é vantajoso libertar adrenalina, que leva mais sangue aos músculos junto ao esqueleto e dá mais energia para lutar ou fugir; é também vantajoso parar de libertar oxitocina, para atrasar o processo do nascimento. Na verdade há uma grande diversidade de situações associadas à libertação de adrenalina.

Os mamíferos libertam adrenalina quando se sentem observados. É evidente que todos confiam numa estratégia especial para não se sentirem observados ao dar à luz: a privacidade é obviamente outra necessidade básica. A hormona de emergência também está implicada na regulação térmica. Num ambiente frio, um dos papéis bem conhecidos da adrenalina é induzir o processo de vasoconstrição. Este facto explica que, para dar à luz, os mamíferos necessitam de estar num local suficientemente quente, segundo a adaptabilidade da espécie.
Uma vez que os humanos são mamíferos, estas considerações fisiológicas sugerem que, para dar à luz, as mulheres devem sentir-se seguras sem se sentir observadas, num local suficientemente quente.
 

As desvantagens humanas

Embora a perspectiva fisiológica possa identificar facilmente as necessidades básicas das parturientes, pode também facilitar a compreensão das desvantagens específicas dos seres humanos no período do nascimento. As desvantagens humanas estão relacionadas com o enorme desenvolvimento daquela parte do cérebro denominada neocórtex. É graças ao nosso enormemente desenvolvido neocórtex que conseguimos falar, contar e ser lógicos e racionais. O nosso neocórtex é originalmente uma ferramenta que serve a velha estrutura cerebral como forma de suportar o nosso instinto de sobrevivência. O que interessa é que a sua actividade tem tendência a controlar estruturas cerebrais mais primitivas e a inibir o processo do nascimento (e também qualquer tipo de experiência sexual).

A natureza encontrou uma solução para ultrapassar a desvantagem humana no período do nascimento. O neocórtex deve estar em descanso, para que as estruturas cerebrais primitivas possam mais facilmente libertar as hormonas necessárias. É por isto que as mulheres que dão à luz tem tendência a isolar-se do mundo, a esquecer o que leram ou aquilo que lhes ensinaram; atrevem-se a fazer o que nunca se atreveriam a fazer no dia a dia social (gritar, praguejar, etc.); podem encontrar-se nas posturas mais inesperadas; já ouvi mulheres dizerem posteriormente: ‘Estava noutro planeta’. Quando uma mulher em trabalho de parto se encontra ‘noutro planeta’, isto significa que a actividade do neocórtex foi reduzida. Esta redução da actividade do neocórtex é um aspecto essencial da fisiologia do parto entre os seres humanos.
 

Este aspecto da fisiologia do parto implica que uma das necessidades básicas das parturientes é serem protegidas contra qualquer tipo de estimulação do neocórtex. De um ponto de vista prático, é útil explicar o que isto significa e analisar os factores conhecidos que podem estimular o neocórtex humano.

A linguagem, particularmente a linguagem racional, é um desses factores. Quando comunicamos com a linguagem, processamos aquilo que captamos com o neocórtex. Isto implica, por exemplo, que se houver alguém a assistir ao parto, uma das principais qualidades deve ser a capacidade de manter um perfil baixo e permanecer silencioso, e em particular evitar fazer perguntas directas. Imagine uma mulher em trabalho de parto e já "noutro planeta". Atreve-se a gritar; atreve-se a fazer coisas que de outra forma nunca faria; esqueceu-se do que lhe ensinaram e dos livros que leu; perdeu o sentido do tempo e depois encontra-se na posição inesperada de ter de responder a alguém que pretende saber quando urinou pela última vez! Embora seja aparentemente simples, vai provavelmente demorar muito tempo a redescobrir que um assistente de nascimento deve manter-se o mais silencioso possível.

Luzes fortes
são outro factor que estimula o neocórtex humano. Os electroencefalógrafos sabem que a actividade cerebral que explora traços pode ser influenciada pelos estímulos visuais. Normalmente fechamos as cortinas e desligamos a luz quando pretendemos reduzir a actividade do nosso intelecto para dormirmos. Isso implica que, de uma perspectiva fisiológica, uma luz fraca deve em geral facilitar o processo do nascimento. Vai também levar algum tempo a convencer muitos profissionais da saúde de que se trata de um problema sério. É notável que logo que a parturiente se encontra ‘noutro planeta’ é espontaneamente levada a posturas que tendem a protegê-la de todos os tipos de estímulos visuais. Por exemplo, pode ficar de gatas, como se rezasse. Para além de reduzir as dores nas costas, esta postura comum tem muitos efeitos positivos, tais como eliminar a principal razão da angústia fetal (compressão dos grandes vasos ao longo da coluna) e facilitar a rotação do corpo do bebé.

A sensação de ser observada pode também ser apresentada como outro tipo de estímulo do neocórtex. A resposta fisiológica à presença de um observador já foi objecto de estudos científicos. Na verdade, é do conhecimento comum que todos nos sentimos diferentes quando sabemos que estamos a ser observados. Por outras palavras, a privacidade é um factor que facilita a redução do controlo do neocórtex. É irónico que todos os mamíferos não humanos, cujo neocórtex não está tão desenvolvido como o nosso, tenham uma estratégia para dar à luz em privacidade; os que estão normalmente activos à noite, como os ratos, têm tendência a dar à luz durante o dia, e pelo contrário outros, como os cavalos, que estão activos durante o dia, têm tendência para dar à luz durante a noite. As cabras selvagens dão à luz nas áreas mais inacessíveis das montanhas. Os chimpanzés, nossos parentes próximos, também se afastam do grupo. A importância da privacidade implica, por exemplo, que existe uma diferença entre a atitude de uma parteira que se coloca em frente a uma parturiente e a observa, e outra que se limita a sentar-se perto dela. Também implica que deveríamos ser relutantes ao introduzir qualquer dispositivo que possa ser considerado uma forma de observar, seja uma câmara de vídeo ou um monitor fetal electrónico.

Na verdade, qualquer situação com probabilidades de disparar uma libertação de adrenalina pode também ser considerada um factor com tendência a estimular o neocórtex.

As dificuldades mecânicas do nascimento do Homo Sapiens
também se relacionam com o desenvolvimento do cérebro. No final da gravidez, o diâmetro mais pequeno da cabeça do bebé (que não é exactamente uma esfera) é mais ou menos o mesmo que o diâmetro maior da pélvis da mãe (que não é exactamente um cone). O processo evolucionário adoptou uma combinação de soluções para atingir os limites do que é possível.

A primeira solução foi tornar a gravidez o mais curta possível, para que, de certa forma, o bebé humano nasça prematuramente. Além disso descobrimos recentemente que a mãe grávida pode, até certo ponto, adaptar o tamanho do feto ao seu próprio tamanho, modulando o fluxo sanguíneo e a disponibilidade de nutrientes ao feto. Por isso é que as mães de aluguer mais pequenas com embriões de pais genéticos muito maiores dão à luz bebés mais pequenos do que se espera.    

De um ponto de vista mecânico, a cabeça do bebé deve estar o mais flexibilizada possível, para que o diâmetro mais pequeno se apresente antes da espiral descendente para sair da pélvis materna. O nascimento dos seres humanos é um fenómeno complexo e assimétrico, sendo a pélvis materna mais larga transversalmente à entrada e mais larga longitudinalmente à saída. Um processo de ‘modulação’ pode mudar ligeiramente a forma do crânio do bebé, se necessário.

Ao mencionar as particularidades mecânicas do nascimento humano, não podemos evitar referências e comparações com os chimpanzés, nossos parentes próximos. A cabeça de um chimpanzé bebé no fim da gravidez ocupa um espaço significativamente mais pequeno na pélvis materna, e a vulva da mãe está perfeitamente centrada, para que a descida da cabeça do bebé seja o mais simétrica e directa possível. Parece que desde que nos separámos dos outros chimpanzés e ao longo da evolução da espécie hominídea tem havido um conflito entre o caminhar erecto sobre dois pés e, ao mesmo tempo, uma tendência para um cérebro cada vez maior. O cérebro do Homo moderno é quatro vezes maior que o cérebro da nossa famosa antepassada Lucy. Existe um conflito na nossa espécie porque a pélvis adaptada à postura erecta deve ser estreita para permitir que as pernas se aproximem sob a coluna vertebral, o que facilita a transferência de forças das pernas para a coluna vertebral durante a corrida. Uma postura erecta é o pré-requisito para o desenvolvimento do cérebro. Conseguimos transportar pesos pesados na cabeça quando estamos levantados. Os mamíferos que andam sobre quatro patas não conseguem fazê-lo. Aparentemente, é por isso que o processo de evolução encontrou outras soluções que não uma pélvis feminina alargada para tornar possível o nascimento do ‘primata com o cérebro grande’: quanto mais rapidamente corriam os nossos antepassados, mais probabilidades tinham de sobreviver.

Ambientes culturais

Outra diferença entre os humanos e os outros mamíferos é que os efeitos de um processo de nascimento perturbado no comportamento materno são muito mais evidentes a um nível individual em mamíferos não humanos.

Inúmeras experiências confirmaram que o comportamento maternal de mamíferos não humanos pode ser dramaticamente perturbado pela anestesia geral. Há quase um século, na África do Sul, Eugene Marais fazia experiências para confirmar a sua intuição de poeta segundo a qual existe uma ligação entre a dor do nascimento e o amor materno.(1) Estudou um grupo de sessenta gamos Kaffir, sabendo que não havia registo de sequer uma mãe que rejeitasse uma cria desde há quinze anos. Administrou às fêmeas em trabalho de parto um pouco de clorofórmio e éter, reparando que as mães posteriormente se recusavam a aceitar os recém-nascidos. O comportamento maternal foi também muito perturbado pela anestesia local. Na década de 1980, Krehbiel e Poindron estudaram os efeitos da anestesia epidural entre as ovelhas em trabalho de parto.(2) Os resultados deste estudo resumem-se facilmente: quando as ovelhas dão à luz com anestesia epidural, não tratam dos cordeiros.

Hoje em dia, são comuns as cesarianas na medicina veterinária, particularmente entre os cães. Isto é possível desde que os seres humanos compensem um comportamento maternal frequentemente inadequado, prestem assistência ao processo da amamentação e forneçam, se necessário, substitutos comerciais do leite canino. Os efeitos de uma cesariana no comportamento maternal dos primatas estão bem documentados, porque diversas espécies de macacos são utilizados como animais de laboratório. É este o caso dos ‘macacos-caranguejeiros’ e dos macacos Rhesus.(3) Nestas espécies, as mães não tomam conta dos bebés após uma cesariana; o pessoal do laboratório tem de espalhar as secreções vaginais no corpo do bebé para induzir o interesse da mãe pelo recém-nascido.

Não é necessário multiplicar os exemplos de experiências com animais e observações por veterinários e cientistas que lidam com primatas para convencer ninguém de que uma cesariana, ou simplesmente a anestesia necessária para a operação, pode alterar dramaticamente o comportamento materno dos mamíferos em geral.

Neste aspecto os seres humanos são especiais. Milhões de mulheres em todo o mundo tomam conta dos bebés após uma cesariana, um parto com epidural ou um ‘parto com sedação total’.

Sabemos por que razão o comportamento dos seres humanos é mais complexo e mais difícil de interpretar que o comportamento dos outros mamíferos, incluindo primatas.(4) Os seres humanos desenvolveram formas sofisticadas de comunicar. Falam. Criam culturas. O seu comportamento é influenciado menos directamente pelo equilíbrio hormonal e mais directamente pelo ambiente cultural. Quando uma mulher descobre que está à espera de bebé, pode antecipar a demonstração de alguns comportamentos maternais. Mas isto não significa que não possamos aprender com os mamíferos não humanos. As respostas comportamentais espectaculares e imediatas indicam as questões que deveríamos levantar sobre nós mesmos.

No que toca aos seres humanos, as perguntas devem incluir termos como “civilização” ou “cultura”. Por exemplo, se os outros mamíferos não cuidam dos bebés após uma cesariana, devemos em primeiro lugar perguntar-nos: ‘Qual o futuro de uma civilização nascida de cesariana?’

Os ambientes culturais não só atenuam os efeitos de uma alteração no equilíbrio hormonal durante o processo de nascimento como podem também interferir com o processo do nascimento. Por outras palavras, todas as sociedades que conhecemos perturbam os processos fisiológicos que rodeiam o nascimento.

Interferem através dos assistentes de nascimento que frequentemente estão activos e até invasivos. Originalmente, as mulheres tinham provavelmente uma tendência para dar à luz junto à mãe ou a outra mulher experiente da família ou da comunidade. São estas as raízes das parteiras. Uma parteira é originalmente uma figura maternal. Num mundo ideal, a nossa mãe é o protótipo da pessoa com quem nos sentimos seguros sem nos sentirmos observados nem julgados. Em muitas sociedades, o assistente do nascimento tornou-se um guia e ajudante.

A transmissão de crenças e rituais é a forma mais poderosa de controlar o processo do nascimento e particularmente a fase do trabalho de parto entre o nascimento do bebé e a saída da placenta. Mencionemos apenas, como exemplo, a crença de várias culturas segundo a qual o colostro é impuro ou prejudicial, até mesmo uma substância a extrair e eliminar. Esta atitude negativa relativamente ao colostro implica que, imediatamente após o nascimento, o bebé deva estar nos braços de outrem que não a mãe. É esta a origem de um ritual generalizado e enraizado, que é o de nos despacharmos para cortar o cordão.

Não conseguimos elaborar uma lista exaustiva de todas as crenças e rituais conhecidos que perturbam os processos fisiológicos. Também não conseguimos mencionar todas as crenças que reforçam a atitude comum relativamente ao colostro. É este o caso, por exemplo, das crenças partilhadas por diversos grupos étnicos da África Ocidental segundo as quais a mãe não deve olhar para os olhos do recém-nascido, para que ‘os maus espíritos não entrem no corpo do bebé’.

Devemos tomar consciência de que o ambiente cultural do séc. XXI está a transmitir as suas próprias crenças, particularmente no que diz respeito ao estabelecimento do parto natural. Estas crenças também contrariam aquilo que podemos aprender a partir das perspectivas fisiológicas e do comportamento dos outros mamíferos.

Por exemplo, é comum comparar as parturientes com atletas como corredores de maratonas, a quem se aconselha que consumam grandes quantidades de hidratos de carbono, proteína e fluidos antes de iniciar um grande esforço físico.(5) Muitos assistentes de nascimento são influenciados por estas comparações e incentivam as mulheres a comer coisas como massa no início do trabalho de parto, e a beber qualquer coisa doce quando o trabalho de parto está estabelecido. Na verdade, quando a primeira fase está a avançar, é sinal de que os níveis de adrenalina estão baixos. Depois a parturiente tem tendência a ficar imóvel. Quando todos os músculos junto ao esqueleto estão em descanso, como quando a mãe está deitada sobre um lado ou de gatas, gasta-se muito pouca energia. Além disso, quando o trabalho de parto evolui facilmente, é sinal de que o neocórtex está em descanso. O neocórtex é o outro órgão do corpo humano cujo principal combustível é a glucose. Comparar uma parturiente com uma atleta da maratona pode levar a outros erros, tal como sobrestimar a necessidade de água. Na verdade, as parturientes não perdem muita água, uma vez que os níveis da hormona pituitária de retenção de água (vasopressina) são altos e os músculos junto ao esqueleto não estão activos. Uma bexiga cheia é outro preço a pagar pela analogia com a maratona. Da mesma forma, as mulheres em trabalho de parto são frequentemente aconselhadas a andar. No entanto, o facto de uma mulher em trabalho de parto não sentir necessidade de se levantar e andar é bom sinal. Significa que o nível de adrenalina está provavelmente baixo.(6) Durante a primeira fase de um parto fácil e rápido, as mulheres estão muitas vezes passivas, por exemplo de gatas ou deitadas. Sugerir qualquer tipo de actividade muscular pode ser contraproducente, até cruel.

Pontos de viragem

Quais as vantagens evolucionárias deste leque de crenças e rituais que tendem a desafiar o instinto protector maternal durante um curto período de tempo considerado crítico no desenvolvimento da capacidade de amar?

No contexto científico actual, pensamos em fazer as perguntas desta forma, porque as respostas podem ser sugeridas. Desde a altura em que a estratégia básica da sobrevivência da maior parte dos grupos humanos era dominar a Natureza e dominar outros grupos humanos, foi uma vantagem tornar os seres humanos mais agressivos e capazes de destruir a vida. Por outras palavras, foi uma vantagem moderar a capacidade de amar, incluindo o amor à Natureza, ou seja, o respeito pela Mãe Terra. Foi uma vantagem perturbar os processos fisiológicos no período do nascimento, particularmente na terceira fase do trabalho de parto, que é hoje em dia considerada crítica no desenvolvimento da capacidade de amar. Ao longo dos milénios tem havido uma selecção de grupos humanos segundo o potencial de agressão que apresentam. Todos somos frutos dessa selecção.

Estas considerações devem ser tidas em conta no contexto do séc. XXI.(7) Estamos numa altura em que a Humanidade tem de inventar estratégias de sobrevivência radicalmente novas. Hoje em dia estamos a chegar a uma percepção dos limites das estratégias tradicionais. Temos de levantar novas questões, tais como: “como desenvolver esta forma de amor que é o respeito pela Mãe-Natureza?” Para parar de destruir o planeta necessitamos de uma espécie de unificação da aldeia planetária.

Precisamos mais do que nunca das energias do Amor. Todas as crenças e rituais que desafiem o instinto maternal protector e agressivo estão a perder as vantagens evolucionárias. Temos novos motivos para perturbar os processos fisiológicos o menos possível. Temos novos motivos para redescobrir as necessidades básicas das mulheres em trabalho de parto e dos bebés recém-nascidos.

Este ponto de viragem na história da humanidade ocorre numa altura em que a história do nascimento também se encontra num ponto de viragem. Embora todas as sociedades tenham tido no passado uma tendência para controlar este evento, a situação é radicalmente nova no início do séc. XXI.(8) Até há pouco tempo, uma mulher não podia ser mãe sem libertar um fluxo de hormonas, que constitui na verdade um complexo cocktail de hormonas do amor. Hoje em dia, na fase actual do parto industrializado, a maior parte das mulheres tem bebés sem confiar neste cocktail de hormonas. Muitas têm uma cesariana que pode ser decidida e executada antes de ter início o trabalho de parto. Outras bloqueiam a libertação das hormonas naturais fiando-se em substitutos (normalmente oxitocina sintética no soro, mais uma anestesia epidural). Até as que acabam por dar à luz sem medicação recebem muitas vezes um agente farmacológico para fazer sair a placenta numa altura crítica da relação entre a mãe e o bebé.

Sublinhemos que uma injecção de oxitocina sintética não tem efeitos a nível comportamental, porque não atravessa a barreira entre o sangue e o cérebro. A questão inspirada por estas práticas tão disseminadas tem de ser colocada em termos de civilização.

Um método prático

Uma vez que é urgente melhorar a nossa compreensão dos processos fisiológicos, aparece um método prático como ajuda adequada para redescobrir as necessidades básicas das parturientes. Pode ser resumido numa frase: no que toca ao trabalho de parto, parto e nascimento, há que eliminar o que é especificamente humano e atender às necessidades do mamífero. Eliminar o que é especificamente humano implica que o primeiro passo deve ser livrarmo-nos do resultado de todas as crenças e rituais que, durante milénios, perturbaram os processos fisiológicos em todos os ambientes culturais conhecidos. Implica ainda que a actividade do neocórtex, a parte do cérebro cujo enorme desenvolvimento é um traço exclusivamente humano, tem de ser reduzida. Implica ainda que a linguagem, que é especificamente humana, deve ser utilizada com muita precaução.

Atender as necessidades do mamífero significa em primeiro lugar satisfazer a necessidade de privacidade, uma vez que todos os mamíferos têm uma estratégia para não se sentirem observados quando dão à luz. Também significa satisfazer a necessidade de segurança. É significativo que, quando uma mulher em trabalho de parto tem total privacidade e se sente segura, acaba por se colocar em posturas caracteristicamente mamíferas, por exemplo de gatas.  

É comum alegar que o nascimento tem de ser ‘humanizado’. Na verdade, a prioridade deveria ser ‘mamiferizar’ o nascimento. De certa forma, há que desumanizar o nascimento.

Referências:

1 - Marais EN. The soul of the white ant. Methuen. London 1937.
2 - Krehbiel D, Poindron P. Peridural anaesthesia disturbs maternal behaviour in primiparous and multiparous parturient ewes. Physiology and behavior 1987; 40: 463-72.
3 - Lundbland E.G., Hodgen G.D. Induction of maternal-infant bonding in rhesus and cynomolgus monkeys after caesarian delivery. Lab. Anim. Sci 1980; 30: 913.
4 - Odent M. A Cientificacao do amor. Edicao Brasileira Saint Germain 2002.
5 - Odent M. Laboring women are not marathon runners. Midwiferytoday 1994; 31: 23-26.
6 - Bloom SL, McIntire DD, et al. Lack of effect of walking on labor and delivery.
N Engl J Med 1998; 339: 76-9.
7 - Odent M. O camponês e a parteira.
Editora Ground. Sao Paulo 2003.
8 - Odent M. The Caesarean.
Free Association Books. London 2004.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

sábado, 24 de outubro de 2009

Um Parto Humanizado de Verdade

Fico eu a pensar cá com meus botões, que tipo de pessoas estamos violentando com nossos nascimentos hospitalares???? Bebês tirados de suas mães e todo tipo de crueldade cometido contra mulheres indefesas que estão ali apenas para deixar nascer seus bebês.

Em fim um modelo de parto humano, tal qual todos deveriam ser!

O PARTO DENTRO D’ÁGUA DE MICHEL ODENT

O PARTO DENTRO D’ÁGUA DE MICHEL ODENT

Em Pithiviers, não muito longe de Paris, um médico chamou a atenção do mundo dirigindo uma maternidade. Desta vez não foi a descoberta de uma sofisticada tecnologia, que freqüentemente vira notícia na área da saúde, mas pelo contrário, foi alertando a sociedade dos prejuízos que o irracionalismo científico e o
modo de vida das sociedades modernas podem nos causar. Pregando a tomada de
consciência para as nossas raízes, nosso instinto e capacidade de sentir e trocar afeto apresenta os pontos essenciais que o homem deve considerar para reencontrar o seu equilíbrio. Esse equilíbrio só seria possível se, primeiramente, lutássemos por um nascimento consciente que preconize a total integração entre mãe, pai e filho,
à partir da gestação e nascimento, como ainda conservam sociedades
tradicionais.
Eu visitei a maternidade de Odent em Pithiviers em 1984 e na ocasião ele detinha a maior estatística mundial de partos dentro d’água feitos em um hospital. Antes disso, durante meu curso de medicina, pude observar a forma de nascer dos índios Kaingangues no interior do Paraná e conhecer a maternidade de Moisés Paciornik em Curitiba. Desde então
passei a relacionar, às condições de gestação e
parto à saúde mental de cada um de nós.

ACREDITANDO NA NATUREZA

Na sua visão de mundo, Michel Odent procura compreender e acreditar na natureza ao invés de modificá-la. Foi observando a vida humana desde sua semente e desde o nascimento e ampliando seus estudos em psicologia e antropologia que ele deixa sua carreira de cirurgião para se dedicar a obstetrícia.
Após a obra de Otto Rank (1924) sobre o traumatismo do nascimento, muitos autores ficaram atentos a este tema, dentre eles, mais recentemente, Frédérick Leboyer (1974). Havia no bebê, alem de sua estrutura biológica, todo um dinamismo psicológico que deveria merecer cuidados e atenção já à partir da gestação.
Desconsiderar esse aspecto seria um ato de violência contra a vida, podendo trazer
traumas, muitas vezes irreversíveis. Interessante é que algumas sociedades tradicionais conservam esses conhecimentos, revelados em seu comportamento diante da gestação e parto. Estudos mais avançados tentam registrar as evidências de que , já na vida intra uterina o ser humano é susceptível ao som, luzes e sentimentos.
Em 1984 em Nova York, Odent lançou o livro “Birth Reborn” , quando resolveu deixar o hospital de Pithiviers e partir para o mundo, com objetivo de produzir outras obras, proferir palestras e difundir suas idéias. No Brasil, apenas 17 anos depois este livro foi editado, mas o curioso é que o autor manteve o mesmo prefácio alegando que no lançamento em Nova York
a obra estava a frente de seu
tempo. Eu já havia me encantado com seu livro “Gênese do Homem Ecológico”, numa edição em português, que esta esgotado no Brasil. Sua obra prima, de maior facilidade para leitura popular, porém com citações para quem quer se aprofundar é A Cientificação do Amor (2002), onde aborda assuntos polêmicos
relacionados a forma de vida das sociedades modernas, mostra o que aconteceria com um mamífero se
fizéssemos com ele o que fazemos nas nossas mulheres. Outro livro lançado é A Cesariana (2004) que aprofunda a questão de uma cirurgia, inicialmente criada para salvar as pessoas e que em muitos lugares virou rotina, e o pior, a preferência popular. Recentemente Odent lançou em inglês As Funções dos Orgasmos, ainda sem
tradução para o português. Neste novo investimento ele que hoje vive parte de
seu tempo no Brasil, brinca com a obra prima de Wilhelm Reich, A Função do Orgasmo. No lançamento de Água e Sexualidade (1990), Odent cita Eva Reich, a filha deste ícone da psiquiatria, que investiu no estudo amplo da natureza humana e a orgonomia (estudo das energias).

PARTOS DENTRO D’ÁGUA NUM HOSPITAL CONVENCIONAL

A maternidade de Pithiviers é um hospital público e se tornou conhecida no mundo inteiro graças as idéias de seu diretor, o Dr. Odent, que dava uma atenção peculiar as parturientes. Ele procurava atender a uma reivindicação da mulher moderna: a de ser respeitada como mulher, principalmente num momento tão particular de sua vida, como
o momento do nascimento. Nesta hora, o que ela mais
necessita, é de um local confortável, familiar, onde ela possa dividir sua intimidade.
Foi a necessidade de segurança que levou o parto ao hospital, um ambiente médico e aparelhado com instrumentos para o pronto socorro. Porém, neste local, as necessidades básicas da mulher foram sendo desprezadas e a responsabilidade sobre este ato, que outrora era quase totalmente de sua exclusividade, foi cada vez mais sendo entregue à
instituição e ao médico. Assim acontece com o distúrbio
mental, cuja sociedade também mostra uma tendência em se isentar de sua responsabilidade e intenções de entregar o problema ao médico e às instituições.
Em Pithiviers acreditava-se que o parto não fosse uma doença, mas um ato natural e delicado e que a mulher tem condições de parir na maneira e na posição que ela própria desejasse. À medicina, a partir de então, só deveria providenciar a segurança necessária, sem desprezar as manifestações
instintivas ligadas ao ato.
Não somente a mulher era foco de atenção e respeito na maternidade de Pithiviers, mas também o bebê. Seguindo a linha de Leboyer e respeitando os primeiros momentos do bebê, proporcionando-lhe um lugar acolhedor a maternidade procurava mantê-lo sempre junto à mãe. Neste momento, não se enfoca apenas a segurança
clínica para o recém nascido, mas também a sua segurança emocional. A presença da mãe
e também do pai, com o som de suas vozes, familiarizada pelo bebê desde a gestação, tranqüiliza-o naquele novo ambiente. Já na obra de Konrad Lorenz (1979), este fenômeno era descrito no comportamento animal, onde os filhotes recém nascidos mostravam familiaridade ao som de sua mãe. Este autor fez nesse trabalho algumas reflexões
humanísticas do comportamento animal.
No dia de minha visita à Odent no hospital de Pithiviers, havia um inverno rigoroso em toda a Europa. Estávamos em Janeiro de 1985 e a neve cobria aquela cidade francesa deixando a temperatura abaixo de 20 ° C. Era preciso usar botas especiais para andar pelas ruas, além de muito agasalho para suportar o frio. Dentro do hospital, graças ao aquecimento central, a
temperatura era agradável.
Enquanto o Dr Odent fazia o acompanhamento de seus clientes, fiquei na sala de espera conversando com casais sobre suas experiências no parto. Todos contaram suas experiências com entusiasmo e até mesmo um pai com o filho no colo se orgulhava em descrever sua participação no parto.
O anfitrião me recebeu bem e com simplicidade me pediu que o aguardasse em sua sala, enquanto ele finaliza os atendimentos. A sala parecia desorganizada com os preparativos para a partida de Odent, que em breve deixaria Pithiviers para gozar de sua aposentadoria. Sobre a mesa havia alguns livros e revistas e dentre elas havia a renomada revista científica “The Lancet” com seu
artigo “Birth Under
Water” (Nascimento n’Água). A noticia, em relação a parto dentro d’água, era que aquele serviço possuía uma experiência de 121 casos, um dado mais significativo do que os dados apresentados por outro serviço na Rússia, importante na época.

NÃO PODEMOS FAZER DA GRAVIDEZ UMA DOENÇA

Quando questionei o médico francês sobre como era seu trabalho de preparação para o parto ele me disse que era realizado na própria maternidade, procurando tornar o local mais familiar para as gestantes: “É importante que a maternidade não seja um local onde as mulheres venham apenas para se informar e serem examinadas. Seria contribuir para fazer
da gravidez uma doença. Ontem, por exemplo,
como freqüentemente fazemos, nós nos reunimos em volta do piano, onde cantamos e criamos um clima de união e segurança” – explicava Odent.
Subimos um andar onde ele me levou para conhecer a sala que tinha no centro um piano. Nas paredes fotos de partos realizados; de mães amamentando e outras com as mais variadas expressões dos seus bebês. As reuniões que acontece naquela sala são geralmente animadas pelas parteiras, com a presença das gestantes e algumas vezes de seus maridos. A
participação não é obrigatória, ficando esse
critério a cargo do casal. Esporadicamente o grupo recebe a visita de um médico, psicólogo ou a de outro casal que já vivenciou a experiência do parto naquele hospital. Odent e sua equipe pensam que se deveria substituir a frieza de um ambiente hospitalar por uma decoração mais familiar e aconchegante.
Se um hospital é destinado a doentes e a gestação é um processo natural onde fica o bom senso? Se um hospital, por abrigar doentes, oferece risco de contaminação das parturientes o que era uma medida de segurança perde seu sentido. A estrutura hospitalar esta longe de atender as necessidades de conforto e intimidade necessárias a mulher no
momento do parto. Talvez o ideal seria uma “Casa de
Parto”, atendendo as necessidades de conforto da mulher e da família, ao mesmo tempo que oferece a segurança encontrada num hospital. Já em alguns lugares na Europa a opção encontrada foi o parto domiciliar. A equipe se desloca até a casa da parturiente durante o trabalho de parto, levando consigo todo o arsenal necessário caso haja alguma
eventualidade. Na Holanda, por exemplo, somente a gestação
complicada é deslocada para o hospital, onde o pré natal já havia constatado probabilidade de riscos para o parto. Em alguns locais, a própria população demonstra preferência pelo parto domiciliar, mas no Brasil ele representa somente 1 % dos partos em geral. Particularmente em Florianópolis Dr. Pedro Schimidt, médico da Lagoa da
Conceição, lugar típico de hábitos ecológicos mantinha, há anos,
essa prática dos partos em casa. Hoje o Hospital Universitário, através da contribuição do médico e professor Marcos Leite, membro da REHUNA (Rede de Humanização do Nascimento) faz partos em posição vertical (usando cadeiras ao invés de mesa) e permite que a parturiente escolha um acompanhante para estar presente no
momento.

SE UM PARTO NÃO PODE SER REALIZADO NA POSIÇÃO VERTICAL, TAMBÉM NÃO PODERÁ SER REALIZADO NA MESA DE PARTO.

Ao lado da sala de reuniões, naquele hospital francês, havia uma outra sala onde são realizados os partos e que tinha três divisões. Na primeira parte havia uma cama baixa e larga e no outro canto uma cadeira para partos, tiradas de um modelo antigo do médico brasileiro Moisés Paciornik. Em comunicação com esta sala havia uma outra com
paredes azuladas e decoração bem agradável. Nela uma piscina
de 2 metros de diâmetro aproximadamente, para 70 centímetros de profundidade, onde até aquele momento 121 mães haviam optados por fazer seus partos. A água, colocada na piscina no momento do parto era apenas filtrada e a temperatura em torno de 37°C. Ela não era esterilizada e nem continha aditivos químicos de nenhuma espécie. Na
última sala interligada havia uma cama de parto, das
tradicionalmente encontradas em maternidades. Odent comentou: “Esta sala esta praticamente abandonada. Se eventualmente um parto não pode ser realizado na posição natural nas duas salas anteriores (no caso em posição vertical), ele também não poderá ser realizado na mesa de parto. Neste caso nós encaminhamos para uma
operação cesariana”.
O Brasil tem um numero abusivo de partos cirúrgicos por Cesariana. Enquanto que na França, cujo número de Cesarianas, considerado baixo, era de 10,9% dos partos em 1981, em Pithiviers, num hospital público, esse número caia para 7 %. Além disso a taxa de mortalidade perinatal nesse hospital era menor ainda que a média francesa. A OMS preconiza uma
taxa de Cesariana inferior à 20 %, o que segue
os EUA no limite mais alto. No nosso país a incidência é criminosa até hoje. Não bastou o INAMPS no passado igualar tanto o pagamento do parto normal e a Cesariana. As taxas variam conforme o status sócio-econômico: de 24 % quando é baixo e 60 % quando alto, ou seja, os ricos preferem partos por cirurgia. Em Santa Catarina maternidades em
Joinvile e no Hospital Universitário uma nova mentalidade
se desenvolve tentando humanizar os partos, porém em clínicas particulares a média chega ao exagero de 80% de Cesarianas.

A IMERSÃO DA MÃE EM ÁGUA MORNA É UM CAMINHO EFICIENTE, SIMPLES E ECONÔMICO. QUE REDUZ A UTILIZAÇÃO DE DROGAS E INTERVENÇÕES DURANTE O PARTO

Quando a mãe entra em trabalho de parto (contrações freqüentes do útero e dilatação do colo uterino precedendo o nascimento) ela é encaminhada às salas onde realizam os partos. Porém, devido aos trabalhos de preparação no pré parto, ela já estava familiarizada com aquele ambiente. É no momento
do parto e com a ajuda das parteiras que ela escolhe o local, ou seja, na cama baixa, na cadeira ou na
piscina. A experiência daquele serviço coincidem com os dados etnológicos: as mães possuem nesse momento uma atração pela água. Ao entrar em contato com a água quente da piscina e nela tendo uma possibilidade de movimentação mais livre da bacia, os efeitos desagradáveis das contrações diminuem. Há uma
melhora da dilatação do colo uterino e aceleração do trabalho de parto. Para o recém nascido
minimiza as diferenças na troca de um meio aquoso, a do líquido amniótico, onde ele se desenvolveu no útero da mãe, e o contato com o ar. O bebê passa da água para a água - é tocado, acariciado e docemente trazido para o outro meio. Assim que ocorre a expulsão ele é tomado pelos braços da mãe e não
há nenhum risco de inalação de água, como a princípio podemos supor. Abraçado pela mãe, pele com
pele, trocando olhares e uma conversa muito íntima inicia-se uma nova etapa do relacionamento entre pais e filho, sugerindo harmonia tão importante para a saúde da criança.
Nesta maternidade todos os partos eram realizados na posição natural, ou seja, aquela escolhida pela mãe, a vertical. Como bem já havia relatado Odent (1979), são inúmeras as vantagens nesse tipo de parto em comparação com o parto na posição horizontal preconizada nos hospitais das cidades modernas. A posição
horizontal na mesa de parto foi imposta irracionalmente pela civilização ocidental, sem
nenhuma consideração para a parturiente ou para a criança. Na época dos reinados na Europa, um médico também francês, Dr. Mauriceau recomendava a abolição das cadeiras obstétricas em favor do leito, onde a mulher cansada após o parto, já poderia permanecer em repouso. São os estudos antropológicos que
confirmam em diversas civilizações tradicionais a prevalência dos partos na posição vertical,
como a posição encontrada espontaneamente pela gestante. A história conta que essa brusca mudança na posição se deu por volta do século XVII por sugestão de Mauriceau e o modismo dentre a nobreza da época. Paciornick se ateve ao fato quando assistia os índios Kaingangs no interior do Paraná, mas a posição
de cócoras é a que prevalece nas sociedades tradicionais, em diversas partes do mundo, mesmo
nos dias atuais.

NÃO PODEMOS DESPRESAR AS NECESSIDADES DE CONTATOS CUTÁNEOS AFETUOSOS QUE POSSUI O RECÉM NASCIDO

Mas a visita ao hospital de Pithiviers não havia terminado. Antes de partirmos Odent decidiu me mostrar uma nova forma de atenção que o seu serviço dava aos bebês prematuros. Ao invés de colocá-los numa incubadora (berço especial com aquecimento) o prematuro ficava em contato pele à pele com a mãe e com o pai numa sala
aclimatizada. Neste dia a neve podia ser vista lá fora, pela janela. Os
cuidados tomados eram de aquecimento adequado do ambiente e limitação para visita naquela área, tentando proteger o recém nascido de transtornos que pudessem perturbá-lo.
A forma convencional e sistematizada de tratar o bebê em nossas maternidades e berçários não levam em conta de algumas necessidades sutis, embora importantes, daqueles pequeninos seres. Nestes locais, as atividades visando a cuidar da segurança dos bebês acabam afastando-os das mães, e fazem com que sejam manipulados sem se dar conta do que pode
representar para eles esse distanciamento. Hoje
não podemos desconsiderar as atitudes traumáticas para o recém nascidos, decorrentes da introdução de sondas, ou pelo uso de produtos químicos para prevenir infecções. Apesar de tantas publicações sobre as necessidades e sensibilidade do recém nascido é lamentável constatar a desatenção de
muitas maternidades, até mesmo com os ruídos sonoros e estímulos luminosos nocivos a criança que acaba de vir
ao mundo. Wilhelm Reich já acusava em sua época de negligência aos profissionais e a sociedade em geral para este momento tão delicado da vida humana, arriscando em dizer que como conseqüência nós estaríamos vivenciando um verdadeiro “massacre dos recém nascidos”.
Cenas num hospital convencional, de mães desesperadas, não vendo a hora de se livrarem da dor durante o trabalho de parto, não tem necessidade de se repetir com tanta freqüência nos nossos dias. Devemos nos perguntar porque o nascimento parece acontecer de uma forma mais tranqüila em algumas sociedades tradicionais, ou em maternidades publicas, como no
exemplo de Odent e Paciornick, dão atenção
especial ao nascimento.
No Ocidente, dentre as classes diferenciadas dos países em desenvolvimento, ocorre uma preferência para o parto cesariano ou para o parto sob efeitos de anestesia. Em ambos a mãe se encontra imóvel, contrariando o que previa a natureza. Minha intenção, ao relatar essas experiências, é levar a sociedade em geral a uma tomada de
consciência para o momento do nascimento. O objetivo é prevenir
algumas conseqüências tão conhecidas pelos psiquiatras, que podem estar ligadas as condições de gestação e parto. No livro A Cientificação do Amor, Odent (2002) descreve o que aconteceria com uma ovelha se fizéssemos uma anestesia peridural durante o parto dela. Como ela reagiria com seu bebê. As observações do
autor nos deixam a todos intrigados, embora mamíferos, somos diferenciados das ovelhas.
O parto deve ser algo vivo e de profunda intimidade entre a mãe e o bebê que a anestesia e a imobilidade da mãe certamente interfeririam. A separação brusca da mãe e o filho e as intervenções devem ser repensadas. Os atos justificados como medidas preventivas, aqui enfocados são os seguintes:
• Aspiração do trato respiratório do neonato através de sonda;
• Exploração do trato digestivo com a introdução de uma sonda pelo esôfago até o estômago para aspiração de seu conteúdo;
• Aplicação de nitrato de prata nos olhos do bebê no pós- parto para prevenir de infecções;
• Encaminhamento do bebê ao berçário onde ele lá permanece distante de seus genitores.
Esses mesmos atos poderiam ser, respectivamente, serem evitados por:
• Aperfeiçoamento das técnicas usadas no parto, ou seja, realização do parto na posição vertical permitiria menor acúmulo de líquido amniótico no trato respiratório do bebê;
• Simples acompanhamento clínico do bebê no pós-parto, com atenção especial ao funcionamento gastro-intestinal;
• Melhor avaliação clínica e laboratorial da mãe em casos suspeitos, durante o pré-parto;
• Instalação de alojamento conjunto nas maternidades, onde a mãe possa ficar maior tempo possível com o seu bebê.
Estas são apenas algumas propostas, mas outras devem vir espontaneamente com a tomada de consciência de cada um de nós. Haverá um dia em que, tanto a medicina, como a sociedade, reconciliarão o avanço tecnológico e a manutenção da vida nos seus aspectos humanitários.

Bibliografia Recomendada:

1. LEBOYER, F., Nascer Sorrindo, São Paulo, brasiliense, 1974.
2. LEBOYER, F., Cette Lumière d’Ou Vient l’ Enfant, Paris, Seuil, 1978.
3. LORENZ, K., A agressão, uma história natural do mal. Lisboa, Moraes, 1979.
4. ODENT, M., O Renascimento do Parto, 2ª Edição, Florianópolis, Editora Saint Germain, 2002.
5. ODENT, M., Agua e Sexualidade. A importância do Parto Ecológico, Florianópolis, Ciências Contemporâneas, 1990.
6. ODENT, M., Genèse de l’Homme Écologique, Paris, Epi, 1979.
7. ODENT, M., A Cientificação do Amor, 2ª Edição, Florianópolis, Editora Saint Germain, 2002.
8. ODENT, M., A Cesariana, Florianópolis, Editora Saint Germain, 2004.
9. PACIORNICK, M., O Parto de Cócoras, São Paulo, brasiliense, 1979.
10. RANK, O., Lê Traumatisme de la Naissance, Paris, Payot, 1971.
11. VERNY, Thomas e WENTRAUB, Pámela. Bebês do Amanhã - arte e ciência de ser pais. ed. Millenium, 2004.

O que tô fazendo aqui????

Eita vida de blogueira! Vicia rsrsr!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Um novo começo!

Hoje percebi o quanto a Clara é importante na minha vida. Na verdade ela é o que há de mais especial. Tão pequena e frágil, ao mesmo tempo que tem um choro forte. Ela me encanta.

Sinto uma enorme responsabilidade mas não uma responsabilidade imposta pois não há nesta vida nada melhor que cuidar da Clarinha. Velar seu sono, dar banho. Nunca imaginei na minha vida que ter esta pessoinha tão pequena pudesse tão imensamente ser tudo de melhor e mais bonito na minha vida.

Acho que agora diante da descoberta deste amor, esta nova fase que começa fica para para trás o caminho percorrido para o parto.

O que passei passou!

A procura por um GO que acompanhasse meu parto normal, o desejo e a conquista do Parto Normal, a dor do parto e as frustrações e alegrias que envolveram todo este processo.

Foi doloroso as vezes, alegres em outras.

Parto é realmente passagem. Para o bebê um novo mundo e para os pais uma nova vida, vida que não anula o que se viveu antes mas que torna o novo tão simples e belo como se sempre tivesse existido.

Engraçado! olho para Clarinha hoje, com apenas 40 dias e parece que sempre existiu, é engraçado pensar como vivi sem ela todos estes anos da minha vida. E como tudo me preparou para viver este momento, que embora confuso, certamente é o mais lindo da minha vida.

Hoje tudo tem um significado especial, uma razão de existir e de cuidar!

É por isso que me despeço deste blog que marcou a fase mais importante da minha vida e me ajudou a desabafar e superar as adverdidades da transição.

Um beijo a todas e todos que estiveram comigo neste caminho!

Até qualquer blog por ai!

Lista de Médicos que Acompanham Parto Normal

Obstetras para Parto Normal e PROFISSIONAIS DO PARTO NORMAL E HUMANIZADO


SÃO PAULO
 Dr. Alberto Jorge de Sousa Guimarães (Defensor do Parto Humanizado) Parto na água e de cócoras
Rua Voluntários da Pátria, 2820 - Cj.83 - Santana   -   (11) 29791151 / 29791352

Dra. Betina Bittar (Só Particular) (Médica super humanizada)
betinamac@uol.com.br
14 3882-8460 (consultório em Botucatu)

Dra. Andrea Silveira de Queiroz Campos (Só Particular, Consulta R$ 250,00)
Fone: (11) 5579-1051 (esta atendendo nesta clínica as 5ª feiras)
Rua Borges Lagoa, nº 564 Conj 12 1º an dar - Vila Clementino
Próx ao Metro Sta Cruz - Zona Sul
Tel.: (11) 3812-8681(esta de licença nesta clínica)

Dr. Cláudio Basbaum - Dra. Vanessa Sécula (Só Particular, Consulta R$ 380,00)(Parto totalmente humanizado e Laboyer)
Fones: (11) 6256-9521 / (11) 3848-9492
E-mail: atendimento@claudiobasbaum.med.br
Rua Alceu de Campos Rodrigues, nº 247 Conj. 11
Vila Nova Conceição - São Paulo/SP

Dra. Fernanda Cristina (Só Particular - Consulta R$250,00)
Fone:(11) 3168-5543
Rua Iguatemi, nº 192 Cj 12
Itaim Bibi - São Paulo/SP.

Dr. Jorge Kuhn (Consulta particular R$ 250 reais)
Fone: (11) 5579-1051 / 5579-3168 / Cel: 9930 1230
E-mail: jorge.toco@epm.br
Parto Humanizado e residêncial

Dra. Catia Cristine Chuba da Silva (Parto totalmente natural)
Fone: (11) 9668-3777 (Consulta custa por volta de 150 reais)
E-mail: catia.chuba@gmail.com

Dr. Marcos Tadeu Garcia (Atende Convênio Amil e LINCX valor da consulta particular é R$ 200,00)
R. Pedro de Toledo, 399
Vila Clementino
marcostgarcia@ig.com.br
Fone:11- 5579-0910 e 5572-1112
Faz parto verticalizado (cócoras), e também parto na água.

CASAS DE PARTO SP

Casa de Parto Sapopemba
End.: Rua São José das Espinharas, 400 - Sapopemba - São Paulo- SP
Tel.: (11) 2702-0435 ou 2103-3187

Casa de Maria - Sta. Marcelina
End.: Rua Salvador Balbino Matos, 400-A - Itaim Paulista - São Paulo- SP
Tel.: (11) 2572-2073 ou 2572-2074


ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS - SÃO PAULO
Enfermeira Obstétrica Márcia Koiffan
tel.: (11) 5543-1521
email: koiffman@ajato.com.br
Obs.: parto domiciliar

Enfermeira Obstétrica Vilma Nish
tel.: (11) 5579 5118 (res)
email: vilmanishi@ig.com.br
Obs.: atende parto domiciliar


DOULAS - SÃO PAULO
Pris Rezende
Doula
(11) 8887-1894
www.prisrezendedoula.blogspot.com


BAIXADA SANTISTA - SP
Dra Cláudia Ribas Starnini Araújo e ela tb trabalha com uma Doula (maravilhosa)
endereço: Av. Conselheiro Nébias, 726, cj. 91-92-Boqueirão-Santos ... tel:(13)3224-4127.

RIO DE JANEIRO:

Dra. Claúdia Orthof - Médica Parteira
Tel.: (21) 2552-3761 e 9248-7212
e-mail: claudia.orthof@rehuna.org.br ou claudiaopl@imagelink.com.b
Obs: exclusivamente partos domiciliares, pré-natal fisiológico e assistência pós-parto, especializada em amamentação

Dra. Stella Marina Ferreira
Obstetra
Rua Santo Afonso 44/606 Tijuca
Tels: (21) 2284.2208 e 2264.2714
Obs: Homeopata, atende partos domiciliares, trabalha com equipe que inclui
doula e pediatra.

Dra. Lílian May
Obstetra
Rua Santa Clara 70 / 705 - Copacabana
Tel: (21) 2549.8986
E-mail: lmsd@domain.com.br

Dra. Francisco Vilella
Obstetra
Barra da Tijuca: (Cittá América)
Tels: (21) 3803.7843 e 3803.8140
Humaitá:
Tels: (21) 2539.1266 e 2286.0380
E-mail: villela@alternex.com.br
Obs.: Homepatia. Atende parto domiciliar e na água.

Dra. Roberto Galluzzo
Obstetra
Leblon
Tels: (21) 2239.7431 e 9985.1895
E-mail: galluzzo@netgate.com.br
Obs.: Atende parto hospitalar em cadeira de cócoras.

Dra. Marlene Alves Teixeira
Obstetra
Rua Gildásio Amado 55 sl 408 edificio Centro da Barra
Tel: (21) 2491.2742

Dra. Marilia Calil Salim
Obstetra
Tel.: (21) 9367.3066
Obs. Foi assistente do Dr. Fernando Estellita Lins

Dra. Maria Helena Bastos
Obstetra
Tel: (21) 9963.1610
E-mail: melbee@uol.com.br

Dr. Mário Guilherme Fonseca
Obstetra
Av. Pasteur, 377 - Urca
Tels.: (21) 2541.2301 e 2295.3735 (cons.); (21) 2541.0935 (res.);
Urgências - Mobi (21) 2508-1001 código 76760
Obs. Atende vários convênios.

Dr. Antonio Carlos de Oliveira
Av. Princesa Isabel 150/ 403 Leme - Rio de Janeiro - RJ Tel: 3820 9991 /
2541 0890 obs: partos naturais e domiciliares
Dr. Rodrigo Viana - Obstetra
End.: Rua da Conceição 188/ sala 804 Niterói Shopping - Centro - Niterói
Tel.: (21) 2717-6582
Cel.: (21) 8112-6799
Obs: Calmo, flexível, paciente, e pode atender partos domiciliares. Também atende em hospital público e tem um grupo de gestantes em Benfica-RJ

Dr. Marcos Dias
End: Rua Farme de Amoedo, 75/cob 01 - Ipanema
Tel.: (21) 2522-0396 / 2522-0384 / 2287-5666
Obs.: É médico particular mas atende pelo plano Bradesco Rede Globo.

ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS - Rio de Janeiro

Enfª. Obstétrica Priscila
Telefones: (21) 24812436 ou 98179728
email: enf_prismac@yahoo.com.br

Enfª. Obstétrica Raquel Iozzi
email: raquelli.iozzi@yahoo.com.br
telefones: (21) 2451-1655 ou (21) 9745-4345

Enfª. Obstétrica Marillanda Lima
Tel: (21)8161-4125
email: marilandalima@oi.com.br

Enfª. Obstétrica Heloisa Lessa
Tel.: (21) 2232-2445 e (21)8863-2815
email: heloisa.lessa@terra.com.br
Obs.: Pré-natal e parto domiciliar

DOULAS - Rio de Janeiro

Ingrid Lotfi, doula e educadora perinatal
Ingrid Lotf, doula e educadora perinatal
tel.: (21) 2453-4368
cel.: (21) 9321-2989
email: ingrid.lotfi@rehuna.org.br
PS: Serviço inclui atendimento durante a gravidez, parto e pós-parto.
Auxília também com amamentação e cuidados com o bebê.

Fadynha
tel.: (21) 2205-1570
site: www.institutoaurora.com.br

Ana Lúcia Baptista
email: anadoula@gmail.com
Telefones: 3852-6753 ou 8859-1432


CASA DE PARTO - Rio de Janeiro

Casa de Parto David Capistrano
End.: Rua Pontalina s/n - Realengo
Tel.:(21) 3335-2535


[b]VITÓRIA[/b]

Dr. Paulo Batistuta Novaes
End.: CECON: Rua Eugênio Neto, nº 180 - Praia do Canto
Tel.: (27) 3325 2755

Enfermeiras obstétricas que atuam como  'parteiras' no Rio de Janeiro:

Heloisa Lessa e Marilanda Lima
Rua Pereira da Silva, 555 - Laranjeiras
Tels.: (21) 2245.9573 e (21) 2245.9574
E-mail: helolessa@openlink.com.br
Obs.: Acompanham o pré-natal, o parto e o pós-parto; atendem parto
domiciliar.


FORTALEZA

Dr: Silvio Carlos Rocha de Freitas
Consultório: LAPEL - Liga de Apoio ao Parto Estilo Livre
R Prof. Anacleto, 33
Tel 214 0156 / Cel:99918781

Dr: Luiz Carlos Weyne
Rua Dr. João Cordeiro, 1508 - Aldeota
Tel 253 30 32 e 221 3981


SALVADOR - BA

Dra. Marilena Pereira
R Senador Theotonio Villela, 110 - Ed Cidadela Center Ii S/201 ver mapa
40279-435 Salvador (Bahia)
Telefone : (71) 3358-2368



RECIFE

Dra. Melânia Amorim
End.: Rua Sport Club do Recife, 280/418 (Ed.Albert Einstein)
tel.: (81) 3221-5159/0681  /  Cel.: (83) 8815-5216
e-mail: melamorim@uol.com.br
Obs.: Não atende convênios, mas a maioria das clientes consegue o reembolso dos planos de saúde

Dra. Leila Katz
End.: Rua Sport Club do Recife, 280/418 (Ed.Albert Einstein)
tel.: (81) 3221-5159/0681  /  Cel.: (81) 9656-5977
email: leilakatzdm@yahoo.com.br
Obs.: Não atende convênios, mas a maioria das clientes consegue o reembolso dos planos de saúde

Dra. Isabele Coutinho
End.: Rua Sport Club do Recife, 280/418 (Ed.Albert Einstein)
tel.: (81) 3221-5159/0681  /  Cel.: (81) 9272-7051
email: isabela@elogica.com.br
Obs.: Não atende convênios, mas a maioria das clientes consegue o reembolso dos planos de saúde.


RIO GRANDE DO NORTE

Dra. Edilsa Araújo
Tel.: (84) 3222-8772
email: jedilsa.araujo@zipmail.com.br ou edilsa.pin@hotmail.com
Obs.: Ela assiste parto domiciliar, parto na água, desde há muitos anos garante a presença de acompanhantes de escolha da mulher, respeita os tempos do trabalho de parto.


RIO GRANDE DO SUL

Dr. Ricardo Herbert Jones
End.: Rua Annes Dias 154 sala 1504
Tel.: (51) 3228 3612 - 3226 6183
Email: rhjones@ig.com.br
Obs.: homeopata, faz partos domiciliares, trabalha com equipe que inclui doula e obstetriz.

Dra. Ana Claúdia Codesso
Atende em consultório terças e quintas das 13:00 às 17:00.
End.: Protásio Alves, 3173/203 - Alto Petrópolis
Tel.: (51) 3334-2584


PORTO ALEGRE

Ricardo Herbert Jones
Rua Annes Dias 154 sala 1504
CEP: 90020-090 - Porto Alegre, RS
Fones: (51) 3228 3612 - 3226 6183
email: rhjones@ieg.com.br
Obs: homeopata, faz partos domiciliares, trabalha com equipe que inclui
doula e obstetriz.


BRASÍLIA / GOIANIA

Frederico Luis Felipe Coelho
SHLS 716 conj.A, Sala 303
Ed Unimed - Brasília - DF
Tel: 245 2003
cel. 9982 2155
frederico.coelho@terra.com.br

Dra. Rachel Costa dos Reis e Dr. Fábio
fone consultorio 2451322
SHLS 716, Hospital Santa Lúcia, sala 12
cel Dra. Rachel 99828600
cel Dr. Fabio 99861346

Dr. Helio Bergo, obstetra
SEPS 714/914  Ed. Santa Maria - Sala 232
Cep: 70390-145  Brasilia, DF
Tels: (61) 346-3185 / 346-3185
obs. Faz partos domiciliares, na água

Dra. Vera Lúcia Coimbra, obstetra
Tel: (61) 248 1497 / 226 7963
obs. Faz partos domiciliares

Dra. Geovana Mendonça de Melo, obstetra
SEP/Sul 715/915 Centro Clínico Pacini
Bloco "D" - Sala 224 Brasilia - DF
Tel: (61) 245 6337

Dra. Lívia Martins Carneiro, médica obstetra
Clínica Médica Moderna - Praça Nova Suíça - Goiânia
Telefone: 253-1069 / Res.: (62) 261-3407 / Cons.: (62) 253.1069
liviamartinscarneiro@bol.com.br
Atnedimento: Seg. feira e Terça feira das 08:00 às 12:00-14:00 às 18:00

Dra. Esther Vilella
Hospital Pio X -Ceres - GO
Praça Pio X Nº 76 Bairro Central
Telefone: (62) 323-1831



BELO HORIZONTE

João Batista Marinho de Castro Lima
Central de Consultas - Hospital Vera Cruz Life Center
Av. do Contorno, 4747/3o andar - Serra
Fone: (31) 3289-1800

Hospital Sofia Feldman
Rua Antonio Bandeira, 1060 - Bairro Tupi
Fone: (31) 3433-1589

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Médicos

Estou aqui hoje para, meter o pau (desculpe o stress) num médico infeliz que atende meu sogro no Incor. Nada contra o médico, até porque ele sempre atendeu minha cunhada (é ela quem acompanha meu sogro ao médico) super bem. Nossa já hávia ouvido mil elogios com relação ao cidadão dito doutor. A questão é que o doutor sempre atendeu super bem minha cunhada pois ela desembolsava R$ 400,00 a consulta. Só que agora ela descobriu que o doutor atende bradesco, então ela passa o cartão do convênio médico do meu sogro, que com mais de 70 anos paga quase 1.000,00 de convênio por mês. Como quem esta pagando a consulta é o convênio e muito provávelmente o convênio deve pagar a ele muito menos que R$400,00 o médico a atendeu com muita má vontade e com uma pressa que jamais hávia sido sentida quando o valor da consulta era pago em $$$$.

Como já postei aqui em outras circunstâncias sei que os médicos estudam blá!blá!blá! tem muitos custos blá!blá!blá! Os convênios são uma bosta e não os pagam como merecem e blá!blá!blá!blá! Só que eu encontrei a solução por que este cidadão que pelo jeito fez medicina só visando seu bolso não se especializou em cirurgia plástica ao invéz de cardiologia? Assim ele ganha mais por tudo???? Outra auternativa é se não gosta do quanto o convênio paga, por que aceita convênio????
Ou porque ele aceita ser um bosta de profissional para quem o paga com convênio saúde????
Bem são muitas interrogações!!!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Médico defende o fim da dor na hora do parto

Sábado, Setembro 20, 2008
Médico defende o fim da dor na hora do parto

A pior dor do mundo? Esqueça

Médico americano preconiza que a mulher
pode e deve tomar anestesia desde o começo
do trabalho de parto e ter seu bebê sem sofrimento
Christina Simons/Corbis/Latin Stock


Depois de horas e horas de dor indescritível, o bebê nasce, perfeito, e a mãe esquece tudo o que passou. Comovente, mas não obrigatório: segundo o anestesista americano Gilbert Grant, autor do livro Enjoy Your labor – A new approach to pain relief for childbirth(Aproveite o parto – uma nova abordagem do alívio da dor no nascimento), o uso de anestesia peridural durante todo o trabalho de parto, em doses que aumentam junto com a dor, é perfeitamente viável – ele aplica o método há quinze anos – e permite dar à luz com sofrimento zero. No Brasil, apesar do número recorde de cesáreas, a prática do parto normal realmente sem dor, com anestesia do princípio ao fim, é pouco aplicada. O temor à dor do parto é um dos motivos que incentivam a prática das cesarianas – no sistema privado de saúde, elas chegam a 80% dos nascimentos. No outro extremo, persiste a idéia de que tudo o que é natural é obrigatoriamente desejável, o que leva à busca de métodos exóticos como o parto na água, à luz de velas ou, como num caso recente no Rio de Janeiro, ao som dos trinados de um cantor lírico – em geral sem uma gota de anestesia. "Ainda existe muito preconceito em relação a fazer a analgesia da paciente assim que ela começa a sentir dor", diz Marcelo Torres, diretor médico da Pro Matre e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sobre o método preconizado por Gilbert Grant. Baseado no Langone Medical Center da Universidade Nova York, o anestesista falou à repórter Bel Moherdaui sobre o peso dos fatores culturais que associam o parto à dor e defendeu vigorosamente a sua especialidade.

Como funciona – Logo que a mulher chega ao hospital, aplicamos uma dose bem leve da anestesia; conforme a dor aumenta, damos doses extras. Mesmo que o parto demore várias horas, não há problema algum. A anestesia peridural pode ser aplicada até ao longo de vários dias, tanto quanto for preciso. Acreditava-se que se a mulher fosse anestesiada antes de alcançar 4 centímetros de dilatação a progressão do parto cairia. Mas há pelo menos três anos sabemos que, pelo contrário, a dilatação pode até aumentar com a anestesia. Acredito que no futuro todas as parturientes vão receber anestesia antes de sentir dor. Mas é difícil mudar algo tão arraigado culturalmente.

Floris Leeuwenberg/Corbis/Latin Stock

"O parto na água não é uma boa idéia para humanos"

Herança atávica – Ao longo de 25 anos de prática da medicina, pude observar que o desejo de enfrentar o parto sem anestesia decorre, principalmente, da cobrança cultural. Na origem disso, muitas vezes de forma inconsciente, está a referência religiosa, com a menção bíblica ao sofrimento no parto como castigo coletivo às mulheres porque Eva pecou no Jardim do Éden. Existe muita pressão da sociedade, dos amigos, dos parentes. Espera-se que elas agüentem a dor do parto, porque isso é natural. Tenho certeza de que, se os homens dessem à luz, essa discussão nem existiria. No meu livro falo que, evidentemente, ninguém pensaria em fazer uma cirurgia de remoção do apêndice sem anestesia. Se todas as mulheres soubessem quanto podem se beneficiar da anestesia peridural no parto normal, um número muito maior optaria por ela. O maior problema é a falta de informação, a ignorância. Já perdi a conta de quantas vezes ouvi, depois do parto, a paciente dizer: "Se eu soubesse, não teria esperado tanto". Sabemos que a dor do parto é a pior que a mulher vai sentir em toda a sua vida e que a peridural é capaz de eliminar essa dor. Mas parece que há mulheres que não querem acreditar nisso.

O tamanho da dor – A comparação mais comum é com a dor da pedra nos rins. Para um homem, é muito difícil imaginar. Aliás, para a mulher também. O mais próximo nelas é a cólica menstrual, mas a dor do parto é 100 vezes mais forte, então não é uma comparação muito justa. Ressalve-se que a dor é um fenômeno totalmente subjetivo. Depende da pessoa que está sentindo. Na Índia, há quem ande sobre brasa e não sinta nada. Temos de deixar cada indivíduo decidir quando a dor se torna desconfortável. Eu, pessoalmente, prefiro não sentir. Se entrasse em trabalho de parto, não ia querer dor alguma. Mas muitas mulheres querem a experiência completa, como era no começo dos tempos.
Divulgação
AMPLA E IRRESTRITA
Grant: "Sentir dor não tem vantagem nenhuma"


Benefício zero – Sentir dor não tem vantagem nenhuma e ainda pode ser perigoso. Além do sofrimento em si, há efeitos fisiológicos e psicológicos. Quando se sente muita dor, as veias se estreitam, o que diminui o fluxo de sangue para a placenta; conseqüentemente, o bebê recebe menos sangue. Algumas pesquisas mostram que as mulheres sob dor intensa acabam desenvolvendo mais problemas psicológicos depois do parto, como depressão e stress pós-traumático, a doença dos veteranos de guerra. A experiência pode deixar marcas profundas.

Segurança – A anestesia peridural é muito segura. É claro que podem acontecer problemas, como em tudo na medicina. Mas existe maior probabilidade de alguma coisa dar errado quando a paciente está a caminho do hospital do que de haver algum problema com a peridural. Cerca de 1% das pacientes tem dor de cabeça muito forte, mas isso é tratável. Também é possível ocorrer queda da pressão arterial da mãe, o que afeta o bebê, mas as providências são rápidas e eficientes. No hospital em que trabalho, jamais aconteceu de mãe ou bebê morrerem por causa da anestesia.

Experiência pessoal – Tenho três filhas lindas. As três nasceram de cesariana. Se tivesse sido parto normal, minha mulher teria recebido anestesia da mesma maneira. Não deixo nenhuma mulher que eu conheça e ame ter filho sem peridural. Já vi milhares de mulheres dar à luz e conheço bem a diferença.

Relaxamento perfeito – Não existe melhor técnica de relaxamento do que eliminar a dor no processo. Sem dor, a parturiente consegue respirar, ler uma revista, sorrir. As celebradas técnicas de respiração até ajudam a relaxar um pouco, mas não se comparam ao alívio dado pela medicação. Sem falar que a mulher que não consegue respirar como aprendeu no curso pré-natal por causa da dor muitas vezes se sente frustrada consigo mesma. Recentemente, uma paciente minha tentou o parto normal durante horas, inclusive com peridural a partir de certo ponto, mas não conseguiu e foi preparada para a cesariana. Quando perguntei como se sentia, respondeu: "Eu sou um fracasso". Ela estava a minutos de ter um bebê lindo e não conseguia viver a beleza do momento pelo excesso de rigor consigo mesma.

Dose certa – O grande passo aconteceu com o aperfeiçoamento da anestesia peridural. Isso foi possível com o uso de diferentes drogas combinadas para tirar a dor e manter a consciência. Pudemos dosar melhor a quantidade de cada medicamento, aliviando a dor e reduzindo muito os efeitos colaterais. E a grande vantagem da peridural é que ela tira a dor, mas não a capacidade de fazer força para ajudar o bebê a sair, até porque a mulher não está totalmente exausta por ter passado horas e horas sofrendo.

Na hora H – Geralmente, a presença do pai ajuda a dar apoio emocional à mãe. Mas eles sofrem muito com a dor delas. Se a mulher opta pela anestesia desde o começo, o marido também se sente muito aliviado.

Parto na água – É fantástico para peixes. Para os humanos, não acho uma idéia tão boa.

PM Images/Getty Images

"Quando se sente muita
dor, as veias se estreitam,
o que diminui o fluxo
de sangue para a placenta.
O bebê recebe menos sangue.
Além disso, há o risco
de mais problemas psicológicos
no pós-parto"

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

PARTO NORMAL VERSUS CESÁREA

PARTO NORMAL VERSUS CESÁREA

Motivada por um artigo do Prof. Antonio Carlos Lopes(Professor de Clínica Médica) publicado na FOLHA DE SÃO PAULO intilulado Parto Normal x Cesárea, seguido de várias cartas de leitores contrárias às suas colocações, digamos bastante machistas, e depois de outro artigo em Tendências e Debates assinado pelo Dr. Jorge Kuhn dos Santos temos de considerar: é muito ponderada a posição do Prof. José Aristodemo Pinotti, que clama bom senso, em carta no Painel do Leitor da FOLHA de 20/09/08.
Nossa postura é muito clara: no SUS é fundamental estimular o Parto Normal em função de diminuir custos e morbidade materna e neonatal.
Na rede privada as mulheres, no Brasil e nos países desenvolvidos, passaram a opinar na via de parto que desejam e é saudável que possam faze-lo. Lamentavelmente o estímulo ao meritório trabalho de parteiras e enfermeiras obstétricas deixou de existir nas últimas décadas no Brasil o que é ruim. Estas poderiam ajudar em longos períodos de trabalho de parto e assim estimulá-lo!Mas vamos deixar de ser hipócritas: muitos professores de obstetrícia falam, em teoria no estímulo ao Parto Normal, mas só fazem Cesáreas na Clínica Privada. Fazem-nas inclusive em datas definidas por mapa astral ( informação veiculada por VEJA).A questão é multifacetada e depende da região do Brasil analisada e da faixa de renda da população atendida. Além do mais é sempre bom assinalar que pacientes submetidas a Parto Normal têm de 7 a 11 vezes mais riscos de virem a ter PROLAPSOS GENITAIS (queda de útero, bexiga, reto ou ainda incontinência urinária).Finalmente mas não em último lugar é interessante observar que os obstetras(que cuidam da MULHER GRÁVIDA) podem por vezes estimular o PARTO NORMAL mas os ginecologistas(que cuidam da mulher fora da gestação)toda vez que atendem uma mulher com prolapso genital fazem de saída a pergunta:-Quantos PARTOS NORMAIS a senhora teve? Relacionam a queixa aos partos normais! ALGO AÍ ESTÁ INCOERENTE! PENSEM NISTO!!

Dr. Thomaz Gollop

Passeios com a Clarinha

Ontem aconteceu nosso segundo passeio com a bebê fofa Clarinha. Fomos a casa nova da titia babona Sônia. Ela dormiu o passeio inteiro, uma fofura, a família inteira babando em cima da menina rsrsrs tentando acorda-la e nada.

Estou amamentando a Clarinha no peito, mas não me sinto a vontade para fazê-lo na frente de outras pessoas, por isso dei mamadeira para ela, já venho fazendo isso, dou peito e mamadeira, ela não confunde o seio depois, por isso não vejo problema. Mas não é o que pensa minha sogra e o resto da humanidade com seus mil e um palpites.

Minha sugestão: "Cada palpite R$ 10,00". Desta forma a bebê começaria sua vida já milionária. Pois é impressionante a quantidade de palpites que você recebe, e olha que eu achava que na gravidez era muito...RARARA! Eu não sabia o que me esperava. Engraçado é até homem dando palpite. Como ando meio “onça” quando é homem dou uma “patadinha”, tipo: Ah como você já pariu vários, sabe o que esta falando! Rsrsr!
Mas quando é mulher deixo “entrar por um ouvido e sair por outro”. Pois se fosse armazenar tudo que ouço ultimamente já estaria louca... Dando banho de leite de peito na minha filha rsrsr passando colorau nela... Dando chá pra matar a sede e por ai vai! Nossa! O povo deveria ter noção! Pelo Amor de Deus...ninguém merece rsrsr!

Mas até que estou levando na esportiva isso! O que não estou mais levando na esportiva é ficar em casa, todos estes dias cuidando da bebê. É ótimo estar com ela, mas a vida doméstica definitivamente não é pra mim. Sinto falta do trabalho... Dos estudos e já estou agilizando um curso para fazer ainda este ano, pois não quero passar estes seis meses só em casa. Vai sobrar pro maridão! rsrsr! Pelo menos isso né! Já que marido não pari, não amamenta, não engravida e não menstrua, ou seja Deus é Homem para quem tinha dúvida!

bjokas

Até!

Dri

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Sobre o Post Anterior

É lamentável o que os convenios médicos fazem. Cobram um absurdo de nós consumidores e pagam uma miséria para os médicos.
Acho super justo o médico que cobra a parte dos convênios valores de consulta e de parto, só que tem que ser bem acertado entre médico e paciente, já na primeira consulta.
Sobre a história do pediatra, se eu soubesse tinha visto um pediatra por fora do convênio e hospital para minha filhinha. Pois hoje quase um mês após o parto o olhinho dela ainda esta lacrimejando por conta do nitrato de prata que pingaram no olhinho dela logo após o nascimento. Embora devesse ser aplicado só em bebês de mães com gonorréria para se previnir a conjutivite. Mas eu uma mulher linda e sadia submeti minha bebê a este "trauma" desnecessáriamente.
Triste né!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Quanto ganha um médico

Segunda-feira 02 de fevereiro de 2009 06:38
Parte dos obstetras cobra adiconal na hora do parto
Sandra Kiefer - Estado de Minas
Marinella Castro - Estado de Minas
Euler Júnior/EM/D. A Press
Daniele Magalhães, com as filhas Gabriela e Laura: na primeira vez, pagou por fora. Na segunda, trocou de médico

“Um pacote de fraldas, R$ 33. Uma consulta com o ginecologista, R$ 33.” “Uma escova progressiva, R$ 261. Um parto com obstetra, R$ 261.” Essas são as palavras da mais recente campanha publicitária veiculada na mídia pela Sociedade dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig). O tom da propaganda, ao mesmo tempo que assusta, levanta uma pergunta que coloca em xeque os planos de saúde e os consumidores contra a parede: com base em honorários defasados, é correto o médico cobrar de seus pacientes por fora do plano de saúde, recebendo deles os valores que os convênios não pagam? A resposta de representantes da própria classe médica é negativa.

Órgãos de defesa do consumidor também condenam a ação, enquanto planos de saúde já levaram a briga para a Justiça. O fato é que, sem um consenso estabelecido, nem mesmo entre os profissionais de saúde, já que alguns cobram e outros não, o procedimento se populariza e o consumidor é quem paga a conta da guerra que envolve a tabela de remuneração da saúde privada. Com receio de mudar de profissional, a única opção para muitos pacientes é desembolsar o adicional.

A maior cooperativa de planos de saúde em Minas, a Unimed-BH, e a Sogimig travam uma batalha judicial. Na ação, os obstetras defendem a cobrança de honorários em caráter particular das pacientes associadas à cooperativa, quando o atendimento ocorrer fora do plantão. O procedimento deve ser previamente combinado com a paciente e – importante – o médico não pode receber também da Unimed. De acordo com o site da Sogimig, até a decisão final da Justiça, os obstetras não estão autorizados a fazer cobrança de particular para particular.

A dentista Daniele Siuves Magalhães paga há mais de 10 anos um plano de saúde, mas só conseguiu utilizá-lo integralmente em seu segundo parto, há nove meses. “Quando minha primeira filha nasceu, paguei um adicional de R$ 800”, lembra a dentista, que não concorda com o procedimento, mas afirma que, para a paciente, é difícil se desvincular do profissional, devido à confiança estabelecida nos nove meses de pré-natal. “No meu segundo parto, troquei de médica e achei muito correta a sua atitude de não cobrar. Eu cheguei até a perguntar quanto custaria, e ela me respondeu que o meu plano cobria o procedimento. O certo é não cobrar.”

O número de denúncias recebidas sobre o tema não é revelado pela Unimed-BH. Mas o fato é que os consumidores podem, com o aval da lei, ser submetidos a uma negociação direta no consultório, variando o valor de acordo com a análise de cada médico. A cooperativa diz que a cobrança direta não tem o aval da Lei 9656/98, que regula o setor, nem do Código de Ética Médica e também não é aprovada pelo Código de Defesa do Consumidor. “Esta é uma prática irregular e fortemente condenada pela cooperativa, que orienta seus clientes a não pagar a cobrança indevida. Sempre que um cliente formaliza uma reclamação, a cooperativa abre processo ético-disciplinar, que pode resultar na aplicação de penalidades ao médico”, argumenta a Unimed-BH em nota oficial. No caso da Unimed o preço pago pode atingir de R$ 960 a cesariana a até R$ 1.223,50 o parto normal.

Ao sofrer na pele a cobrança indevida, a chefe do Procon Municipal, Stael Riani, conseguiu que o médico da operadora de plano de saúde fosse descredenciado. Ela conta que procurou um cirurgião plástico que atendesse pelo convênio para proceder à retirada de pintas na pele. Durante a consulta, porém, o médico cobrou um adicional de R$ 800, argumentando que o plano remunerava pouco aquele tipo de procedimento médico. “Procurei outro médico, que foi atencioso e, em nenhum momento, questionou valores. Apenas marcou a cirurgia”, comenta Riani, que, paralelamente, solicitou a exclusão do outro médico dos quadros da operadora. “É essa a postura que se espera do consumidor. Primeiro, que ele recuse o pagamento do adicional e, depois, procure o seu plano de saúde para relatar o ocorrido”, ensina.

Você tem medo de quê?



Deborah Kanarek






A maioria das brasileiras quer um parto normal, mas não sustenta esse desejo por falta de esclarecimentos, que leva ao medo, e desestímulo do médico. Informar-se é a melhor saída

Um mistério ronda os partos no Brasil. Nossos índices de cesariana estão entre os mais altos do mundo- chegam a 80% nas maternidades particulares. Só que oito em cada dez brasileiras afirmam que querem ter um parto normal, segundo pesquisas realizadas no país - uma delas coordenada pelo Núcleo de Estudos Populacionais da Universidade de Campinas, Unicamp, outra pela Universidade do Texas, ambas publicadas no British Medical Journal. O que acontece, então, entre o desejo e a realidade? Por que apenas 20% das mulheres conseguem realizar o sonho do parto natural? Esta equação envolve inúmeros fatores: a desinformação, o medo da dor, as crendices como ficar com a vagina larga, além do modismo, a idéia de que a cesárea representa um atendimento de melhor qualidade, já que é o recurso preferido das classes mais abastadas. Outra questão decisiva para o desfecho do parto acabar em cesárea está nas mãos dos médicos. Os obstetras estariam valorizando as ansiedades das grávidas em proveito próprio, por comodidade ou vantagens financeiras. 'O modelo de saúde é que é equivocado e reforça a cultura do medo', defende o obstetra Jorge Kuhn, professor da Universidade Federal de São Paulo. 'A falta de conhecimento da mulher sobre o parto alia-se aos interesses econômicos da classe médica para formar a combinação perversa que empurra as gestantes para as cesáreas desnecessárias.' Vale lembrar que nos outros países, mesmo os europeus onde a tradição do parto natural é forte, registra-se um significativo aumento da ocorrência de cesarianas (veja boxe ao lado). A explicação para o fenômeno está na 'evolução da técnica'. Hoje o parto abdominal envolve menos riscos, é uma cirurgia mais segura do que há alguns anos, embora, claro, continue perdendo nesse quesito para a opção natural.
O bolso do médico


Apenas 20% das mulheres conseguem realizar o desejo de ter um parto normal
O sistema de saúde brasileiro atende a mulher diretamente na rede pública e, por meio de convênios, nos hospitais particulares. No SUS, o médico recebe mais por uma cesárea (R$ 387,30) do que por um parto normal (R$ 263,49). Nos convênios, a lógica é a mesma (até R$ 600 o parto normal e até R$ 1 mil a cesárea). 'A tendência é que os convênios paguem aos médicos o mesmo valor para as duas modalidades', afirma o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo, Arlindo de Almeida. A diferença, que já foi bem maior nos planos de saúde, em favor do parto cirúrgico, terminou reduzida como forma de coibir as cesáreas desnecessárias. Com esse mesmo objetivo, em 1998, o governo limitou o pagamento dos partos cirúrgicos e passou a recomendar o uso da anestesia em partos naturais na rede pública. 'Com isso, a situação no SUS melhorou, e a taxa de cesáreas caiu de 36%, em 1996, para 25%, em 2003, mas ainda está longe de atingir os níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de apenas 15%', diz a técnica da área de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Isa Paula Abreu. 'Os médicos, de forma geral, perderam a noção de respeitar o ritmo da mulher no trabalho de parto, priorizando suas conveniências.' O governo prevê que a recomendação da OMS seja atingida em 2007.

Se o médico ganha mais pela cesárea que ocupa uma hora de sua agenda, por que optaria pelo parto normal que pode demorar mais de dez? Falta dar solução ao bolso dos profissionais. Uma saída seria pagar melhor pelo parto normal e cercar a mulher da assistência de outros profissionais. 'Na Alemanha, o profissional que atende a gestante no pré-natal não é o mesmo que faz o parto. Ambos ganham bem e um não precisa fazer a atividade do outro para complementar a renda. Isso significa que o obstetra tem todo o tempo disponível para acompanhar o parto normal', explica Jorge Kuhn. Aqui, uma queixa freqüente dos médicos apontada pela pesquisa da Unicamp é a falta de apoio de uma enfermeira obstétrica para observar o trabalho de parto e acioná-los apenas pouco antes do nascimento. O despreparo dos profissionais e o medo de processos legais também têm levado muitos médicos a preferir a cesárea, na avaliação do secretário da comissão de assistência ao parto da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Eduardo de Souza. 'A cesárea raramente apresenta complicações quando realizada em bons hospitais e com uma boa equipe', afirma.


Incentivos


Daniela faz curso de ioga para gestantes e espera que as técnicas de respiração e relaxamento ajudem no parto normal
Aqui no Brasil, outro fator que faz toda a diferença é a cultura que cerca a mulher e o parto. 'Na Holanda, as revistas e os livros para gestantes não mencionam quase nada acerca da cesariana e explicam passo a passo o que acontece num parto natural', conta a escritora Jussara Machado, que mora no país há três anos, está grávida, e deve ter o bebê até o final do mês. O parto na Holanda, seja ele domiciliar, em casa de parto ou no hospital, é quase sempre acompanhado pelo marido. 'Proliferam cursos chamados 'samen bevalling' (parir junto), em que pai e mãe aprendem técnicas para se ajudarem e há uma infinidade de CDs com músicas para relaxamento e óleos de massagem. A holandesa busca nesse dia um momento inesquecível, especial e o menos frio possível.'

Perguntar a uma grávida se ela fará parto normal ou cesárea é descabido na Dinamarca. A cantora Maria Luiza Lins Brzezinski, que mora no país há dois anos, passou pela experiência. 'Vinha sempre aquele olhar de 'desculpa, não entendi', seguido da resposta parto normal com um ar de obviedade, como se eu tivesse perguntado se ela precisava fazer xixi todos os dias', conta. Essa comparação não é exagero. A dinamarquesa realmente aceita o parto normal com total naturalidade. Sabe que vai doer, vai passar e tudo ficará bem, porque suas mães e avós passaram pela mesma experiência. Também sabe que os obstetras são caros para o Estado e tudo será feito no parto para que eles não sejam necessários.

Sementes do medo


O médico aprende cada vez menos sobre o parto natural na universidade. A cesárea é mais segura para ele
Entre as brasileiras, o desejo por um parto normal, como anunciado nas pesquisas, parece não ter a mesma força. Acaba bombardeado pela desinformação que gera inseguranças, falta de preparação para o parto e medos incutidos até pela Bíblia. 'No Velho Testamento, Deus expulsa Adão e Eva do Paraíso, dizendo-lhes, entre outras coisas, que a mulher pariria com dor, um castigo para o pecado original', diz Abner Lobão Neto, coordenador do Pré-natal Personalizado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele lembra ainda que basta ligar a TV ou ir ao cinema para ver como o parto é retratado com sofrimento. 'Acontece o mesmo na literatura e nas histórias de mulheres mais velhas na família. Como sobrevive assim o desejo por um parto normal?', pergunta o especialista, ressaltando que nessa direção falta apoio dos médicos. 'Eles têm pressa em resolver o parto com a cesárea porque, cada vez mais, recebem menos informação nas universidades sobre como conduzir adequadamente um nascimento vaginal. Ficam inseguros.'


Danielle carregava a mala da maternidade na ponte aérea Rio-São Paulo até entrar em trabalho de parto
A Federação dos Obstetras defende a classe: tem como norma valorizar o parto natural como a melhor opção para a gestante e para a criança, mas reconhece que a cesárea 'constitui importante conquista da obstetrícia moderna'. Em artigo recente publicado na revista da Febrasgo, foi Marcelo Zugaib, professor titular da Faculdade de Obstetrícia da Universidade de São Paulo, quem melhor explicou a visão de boa parte dos médicos. Afirmou que 'não vê problemas quando o obstetra opta por realizar apenas parto cesáreo, desde que a paciente seja informada no início do atendimento'. Para Zugaib, o grande erro é o médico usar da sua conveniência para convencer a gestante a optar por uma ou outra via de parto. No artigo, ele chega a classificar como 'marginal' quem age desse modo. 'Qualquer procedimento estará dentro da ética se houver o total esclarecimento por parte do médico para com a sua paciente sobre as vantagens e desvantagens de cada parto, caso não haja uma indicação puramente médica por uma ou outra via', sustenta.


A gestante de melhor nível social opta pela cesárea e se torna exemplo para a de classe mais baixa
O problema, como observa o obstetra Jorge Kuhn, é que nem todos os médicos agem de maneira tão transparente. 'Preferem um caminho mais sutil, com frases que soam como ameaças veladas a complicações no parto, como 'humm... tá meio grandinho esse bebê', ou 'parece que sua bacia é estreita demais'. Sem contar as alegações para as quais a mãe, leiga, não tem argumentos: cordão umbilical enrolado, pouco líquido, ou, 'olha, acho que não vai dilatar muito mais do que isso nas próximas horas'.' Nesse momento, lembra a parteira Ana Cristina Duarte, que participa da Amigas do Parto, uma ONG que defende o parto normal, a cultura do medo favorece quem detém o poder. 'A gestante, com suas ansiedades normais, mas em geral sem preparo adequado, passa o controle da situação para o médico', afirma.

Planos frustrados


Melissa, com a filha Maria Clara. O desejo por um parto normal deu lugar a um parto cirúrgico na última hora
O caso de Melissa Donato Guimarães, 28 anos, ilustra a situação. Ela queria o parto normal, mas no final optou pela cesárea. 'Fui ficando dividida com os comentários de amigas que achavam a cesárea uma maravilha, porque você marca a hora e não sente dor com as contrações.' E também tinha os seus receios. Incomodava-a a idéia de que o bebê 'ficasse entalado no meio do caminho'. Por outro lado, o parto normal a atraía pela recuperação mais rápida e menos dolorida. A gravidez avançava e com freqüência ela trocava figurinhas com outras gestantes. 'Quase sempre a resposta era cesárea. E me questionava: 'Quem sou eu querendo fazer diferente de todo mundo?' Na penúltima consulta antes da data prevista para o nascimento, terminou o impasse. 'O médico garantiu que estava tudo bem, mas que ainda seria preciso esperar o bebê descer. Eu teria de superar a ansiedade e suportar os inevitáveis desconfortos de final da gestação. Mas havia a cesárea. Resolvi por ela, feita dois dias depois', conta. Melissa está radiante com seu bebê, Maria Clara, lamenta não ter esperado o parto normal, mas assegura que o que sente não é arrependimento. 'Tive fortes dores no corte. Acho que não tive muita sorte com a cesárea.'


Informação e apoio do médico ajudam a driblar os fantasmas que ameaçam o parto natural
Com a comissária de bordo Danielle Carreiro aconteceu o inverso. 'Eu tinha verdadeiro pavor de parto normal', conta. Vivendo entre Rio e São Paulo, passou a consultar-se com dois médicos, um em cada cidade. No Rio, procurou um profissional que a conhecia havia tempos e que respondeu aos seus temores com a promessa de uma cesárea. Em São Paulo, quase foi embora do consultório ao descobrir que o doutor era favorável ao parto natural. 'Como era atencioso, fiquei com ele, apostando que, no limite, embarcaria para o Rio no final para fazer a cesárea.' Com o tempo, Danielle foi confiando na conversa do médico paulistano, que lhe mostrava as vantagens de ter um parto normal. 'O medo parecia mais distante, mas na hora entrei em pânico. Cheguei a me esconder no banheiro da maternidade, dizendo para meu marido que seria melhor pegar um táxi e ir para o Rio fazer a cesárea', lembra. Depois de muita conversa, foi levada para o quarto e relaxou. Passou a tarde conversando com o médico e com o marido. 'Eles me apoiaram durante as 14 horas de trabalho de parto e levei as contrações numa boa. Se eu soubesse que era só isso, não teria sofrido tanto antes', afirma.

Com preparo


É fundamental o médico informar a mulher sobre as várias possibilidades de combater a dor no parto. 'É a melhor forma de acabar com os fantasmas que desestimulam o parto natural', diz o obstetra Luiz Camano, da Maternidade Pró-Matre, em São Paulo. Ele faz um alerta às gestantes que decidem pela cesárea acreditando que sofrerão menos: 'A recuperação pós-parto é quase sempre mais difícil'. Além da boa orientação médica, cursos de preparação para o parto costumam dar boas dicas para gestantes mais aflitas, como se define a assessora de comunicação Daniela Oliveira. Foi numa dessas aulas que ela descobriu a ioga para grávidas. 'Estou apostando que esta preparação vai me ajudar a amenizar a dor nas contrações e facilitar a expulsão do bebê', anima-se Daniela. Sua professora de ioga - e também doula -, Renata Albuquerque, garante que é possível. 'Alivia a dor, por exemplo, a gestante levantar e caminhar durante as contrações', explica. Daniela está decidida a tentar um parto normal. 'Quero sentir o bebê saindo de mim', afirma. Quando uma mulher de classe média opta pelo parto natural, como Daniela, ou pela cesárea, como Melissa, influencia a decisão de muitas outras. Uma pesquisa realizada em Pelotas, no Rio Grande do Sul, com 5.304 gestantes mostrou que as mulheres com renda familiar maior e nível de educação superior normalmente são submetidas mais às cesáreas do que o restante da população. 'Esse é um dos motivos que levam as gestantes das classes menos favorecidas a desejar o procedimento', explica Fernando Barros, consultor do Centro Latino-Americano de Perinatalogia, ligado à OMS. 'Elas acreditam que a cesariana representa um atendimento de melhor qualidade.' Como se vê, a moda pega...


O parto no mundo
Os índices de cesárea crescem na Europa, onde tradicionalmente sempre foram baixos. Ainda assim, estão em 20%, bem abaixo dos brasileiros, de 35%. Veja como o parto é realizado em alguns países:
Estados Unidos e Canadá
Os índices: Em 2002, os EUA registraram uma taxa recorde de cesáreas: 26,1% - 7% mais que em 2001. No Canadá, o aumento foi semelhante. Na década de 70, a taxa de cesáreas era de 6%.
Como é o parto: Nos EUA, 97% dos partos são realizados em hospitais.
As parteiras assistem 7% dos nascimentos. Os partos domiciliares
e em casas de parto são minoria, ou seja, representam 2% do total.
Inglaterra
Os índices: A taxa de partos cirúrgicos cresceu de 21,5% para 22% entre 2000 e 2002, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas. Em 1970 o número era 4% e, em 1999, ultrapassou o máximo recomendado pela OMS.
Como é o parto: No sistema público inglês são as parteiras que assistem
os partos normais, nos hospitais, sem a presença de obstetra e pediatra.
Os obstetras só entram em cena nos partos que necessitam de fórceps e quando há indicação médica para cesárea. Em média, apenas um terço do total de mulheres recebe anestesia.
Holanda
Os índices: Cesáreas ocorrem em 8% a 10% dos nascimentos.
Como é o parto: Parteiras e médicos assistem os nascimentos na mesma proporção. A taxa de partos feitos em casa é de 35%. A anestesia peridural
só é aplicada em cesarianas.

Fotos Fernando Martinho
Fonte: Royal College of Obstetricians and Gynaecologists e Ican (International Cesarean Awareness Network)

Campanha é lindo! Mas vai você tentar!!!

Mas vai você minha cara amiga, usuária do serviço de saúde particular (convênio médico) desejar Parto Normal, "deixar a vida acontecer naturalmente" como diz a campanha, além de ser tida como doida rsrsrs! Vai ralar muitttttttttooooooooooo atrás de um obstetra que acompanhe um parto normal. Quando busquei, ralei!!!! Muitooo mas encontrei, GO que fizesse PN pare agulha no palheiro. Mas eu consegui! Vitóriaaaaa!!!



O serviço de saúde suplementar no Brasil tem que ser revisto. As condições oferecidas aos obstetras não incentivam em nada a opção destes pelo Parto Normal, pois não compensa financeiramente, e
obstetra também tem conta para pagar, não é? Os obstetras são empresas para trabalhar e não filantropia! Mas o que os convênios oferecem para fazer um parto normal chega a parecer filantropia. RARARA! Convênios médicos tem a "cachorra" de pagar mais pelo perto cesária do que pelo Parto Normal, absurdamente e burramente, pois uma cesária e realizada em 40 minutos no máximo e a dedicação para um Parto Normal é de horas e as vezes dias.


Mulheres! Vamos que fazer algo? Enviem cartas e e-mails para o Ministério da Saúde (Foi o que eu fiz) reclamem nas operadoras de saúde, seus convênios, Secretaria de Saude Suplementar. Vamos chamar a atenção do Senhor Ministro Temporão, pois não é só fazer campanha bonitinha na TV incentivando, é preciso criar leis, mecanismos sérios de incentivo aos médicos e ao sistema particular de saúde.
Temos que parar de pensar como país subdesenvolvido! Pô! minha gente somos emergentes já!!!!hehehe! Não parece mas já somos país emergente.

Temos que repensar o tipo de nascimento que estamos oferecendo aos nossos filhos, criando uma série de procedimentos e protocolos em partos hospitalares e deixando de valorizar a presença humana e profissional de quem os acompanha. Se bem que, boa e quase total culpa desta desvalorização é dos próprios médicos que preferem se vender a corrupção da invenção: Inventam cordão no pescoço, falta de dilatação...mil coisas...Nossa tenho até uma amiga que fez uma cesária por esta com dilatação, acredita? É, a desinformada foi para maternidade com contrações e ouvio do obstetra: "Temos que fazer a cesária pois vc já esta com dilatação!". É lamentável! Vivemos num país corrupto, mas esta corrupção não precisa estar também presente na medicina né, tenha dó! Voltando ao assunto, dos médicos que preferem inventar e sujeitar milhares de mulheres as cirurgias cesarianas eletivas do que atuar política e seriamente para mudar esta realidade.

Um grande abraço a todas e até a próxima! Espero que menos revoltada rsrs!
Beijos!
Dri