sábado, 24 de outubro de 2009

O PARTO DENTRO D’ÁGUA DE MICHEL ODENT

O PARTO DENTRO D’ÁGUA DE MICHEL ODENT

Em Pithiviers, não muito longe de Paris, um médico chamou a atenção do mundo dirigindo uma maternidade. Desta vez não foi a descoberta de uma sofisticada tecnologia, que freqüentemente vira notícia na área da saúde, mas pelo contrário, foi alertando a sociedade dos prejuízos que o irracionalismo científico e o
modo de vida das sociedades modernas podem nos causar. Pregando a tomada de
consciência para as nossas raízes, nosso instinto e capacidade de sentir e trocar afeto apresenta os pontos essenciais que o homem deve considerar para reencontrar o seu equilíbrio. Esse equilíbrio só seria possível se, primeiramente, lutássemos por um nascimento consciente que preconize a total integração entre mãe, pai e filho,
à partir da gestação e nascimento, como ainda conservam sociedades
tradicionais.
Eu visitei a maternidade de Odent em Pithiviers em 1984 e na ocasião ele detinha a maior estatística mundial de partos dentro d’água feitos em um hospital. Antes disso, durante meu curso de medicina, pude observar a forma de nascer dos índios Kaingangues no interior do Paraná e conhecer a maternidade de Moisés Paciornik em Curitiba. Desde então
passei a relacionar, às condições de gestação e
parto à saúde mental de cada um de nós.

ACREDITANDO NA NATUREZA

Na sua visão de mundo, Michel Odent procura compreender e acreditar na natureza ao invés de modificá-la. Foi observando a vida humana desde sua semente e desde o nascimento e ampliando seus estudos em psicologia e antropologia que ele deixa sua carreira de cirurgião para se dedicar a obstetrícia.
Após a obra de Otto Rank (1924) sobre o traumatismo do nascimento, muitos autores ficaram atentos a este tema, dentre eles, mais recentemente, Frédérick Leboyer (1974). Havia no bebê, alem de sua estrutura biológica, todo um dinamismo psicológico que deveria merecer cuidados e atenção já à partir da gestação.
Desconsiderar esse aspecto seria um ato de violência contra a vida, podendo trazer
traumas, muitas vezes irreversíveis. Interessante é que algumas sociedades tradicionais conservam esses conhecimentos, revelados em seu comportamento diante da gestação e parto. Estudos mais avançados tentam registrar as evidências de que , já na vida intra uterina o ser humano é susceptível ao som, luzes e sentimentos.
Em 1984 em Nova York, Odent lançou o livro “Birth Reborn” , quando resolveu deixar o hospital de Pithiviers e partir para o mundo, com objetivo de produzir outras obras, proferir palestras e difundir suas idéias. No Brasil, apenas 17 anos depois este livro foi editado, mas o curioso é que o autor manteve o mesmo prefácio alegando que no lançamento em Nova York
a obra estava a frente de seu
tempo. Eu já havia me encantado com seu livro “Gênese do Homem Ecológico”, numa edição em português, que esta esgotado no Brasil. Sua obra prima, de maior facilidade para leitura popular, porém com citações para quem quer se aprofundar é A Cientificação do Amor (2002), onde aborda assuntos polêmicos
relacionados a forma de vida das sociedades modernas, mostra o que aconteceria com um mamífero se
fizéssemos com ele o que fazemos nas nossas mulheres. Outro livro lançado é A Cesariana (2004) que aprofunda a questão de uma cirurgia, inicialmente criada para salvar as pessoas e que em muitos lugares virou rotina, e o pior, a preferência popular. Recentemente Odent lançou em inglês As Funções dos Orgasmos, ainda sem
tradução para o português. Neste novo investimento ele que hoje vive parte de
seu tempo no Brasil, brinca com a obra prima de Wilhelm Reich, A Função do Orgasmo. No lançamento de Água e Sexualidade (1990), Odent cita Eva Reich, a filha deste ícone da psiquiatria, que investiu no estudo amplo da natureza humana e a orgonomia (estudo das energias).

PARTOS DENTRO D’ÁGUA NUM HOSPITAL CONVENCIONAL

A maternidade de Pithiviers é um hospital público e se tornou conhecida no mundo inteiro graças as idéias de seu diretor, o Dr. Odent, que dava uma atenção peculiar as parturientes. Ele procurava atender a uma reivindicação da mulher moderna: a de ser respeitada como mulher, principalmente num momento tão particular de sua vida, como
o momento do nascimento. Nesta hora, o que ela mais
necessita, é de um local confortável, familiar, onde ela possa dividir sua intimidade.
Foi a necessidade de segurança que levou o parto ao hospital, um ambiente médico e aparelhado com instrumentos para o pronto socorro. Porém, neste local, as necessidades básicas da mulher foram sendo desprezadas e a responsabilidade sobre este ato, que outrora era quase totalmente de sua exclusividade, foi cada vez mais sendo entregue à
instituição e ao médico. Assim acontece com o distúrbio
mental, cuja sociedade também mostra uma tendência em se isentar de sua responsabilidade e intenções de entregar o problema ao médico e às instituições.
Em Pithiviers acreditava-se que o parto não fosse uma doença, mas um ato natural e delicado e que a mulher tem condições de parir na maneira e na posição que ela própria desejasse. À medicina, a partir de então, só deveria providenciar a segurança necessária, sem desprezar as manifestações
instintivas ligadas ao ato.
Não somente a mulher era foco de atenção e respeito na maternidade de Pithiviers, mas também o bebê. Seguindo a linha de Leboyer e respeitando os primeiros momentos do bebê, proporcionando-lhe um lugar acolhedor a maternidade procurava mantê-lo sempre junto à mãe. Neste momento, não se enfoca apenas a segurança
clínica para o recém nascido, mas também a sua segurança emocional. A presença da mãe
e também do pai, com o som de suas vozes, familiarizada pelo bebê desde a gestação, tranqüiliza-o naquele novo ambiente. Já na obra de Konrad Lorenz (1979), este fenômeno era descrito no comportamento animal, onde os filhotes recém nascidos mostravam familiaridade ao som de sua mãe. Este autor fez nesse trabalho algumas reflexões
humanísticas do comportamento animal.
No dia de minha visita à Odent no hospital de Pithiviers, havia um inverno rigoroso em toda a Europa. Estávamos em Janeiro de 1985 e a neve cobria aquela cidade francesa deixando a temperatura abaixo de 20 ° C. Era preciso usar botas especiais para andar pelas ruas, além de muito agasalho para suportar o frio. Dentro do hospital, graças ao aquecimento central, a
temperatura era agradável.
Enquanto o Dr Odent fazia o acompanhamento de seus clientes, fiquei na sala de espera conversando com casais sobre suas experiências no parto. Todos contaram suas experiências com entusiasmo e até mesmo um pai com o filho no colo se orgulhava em descrever sua participação no parto.
O anfitrião me recebeu bem e com simplicidade me pediu que o aguardasse em sua sala, enquanto ele finaliza os atendimentos. A sala parecia desorganizada com os preparativos para a partida de Odent, que em breve deixaria Pithiviers para gozar de sua aposentadoria. Sobre a mesa havia alguns livros e revistas e dentre elas havia a renomada revista científica “The Lancet” com seu
artigo “Birth Under
Water” (Nascimento n’Água). A noticia, em relação a parto dentro d’água, era que aquele serviço possuía uma experiência de 121 casos, um dado mais significativo do que os dados apresentados por outro serviço na Rússia, importante na época.

NÃO PODEMOS FAZER DA GRAVIDEZ UMA DOENÇA

Quando questionei o médico francês sobre como era seu trabalho de preparação para o parto ele me disse que era realizado na própria maternidade, procurando tornar o local mais familiar para as gestantes: “É importante que a maternidade não seja um local onde as mulheres venham apenas para se informar e serem examinadas. Seria contribuir para fazer
da gravidez uma doença. Ontem, por exemplo,
como freqüentemente fazemos, nós nos reunimos em volta do piano, onde cantamos e criamos um clima de união e segurança” – explicava Odent.
Subimos um andar onde ele me levou para conhecer a sala que tinha no centro um piano. Nas paredes fotos de partos realizados; de mães amamentando e outras com as mais variadas expressões dos seus bebês. As reuniões que acontece naquela sala são geralmente animadas pelas parteiras, com a presença das gestantes e algumas vezes de seus maridos. A
participação não é obrigatória, ficando esse
critério a cargo do casal. Esporadicamente o grupo recebe a visita de um médico, psicólogo ou a de outro casal que já vivenciou a experiência do parto naquele hospital. Odent e sua equipe pensam que se deveria substituir a frieza de um ambiente hospitalar por uma decoração mais familiar e aconchegante.
Se um hospital é destinado a doentes e a gestação é um processo natural onde fica o bom senso? Se um hospital, por abrigar doentes, oferece risco de contaminação das parturientes o que era uma medida de segurança perde seu sentido. A estrutura hospitalar esta longe de atender as necessidades de conforto e intimidade necessárias a mulher no
momento do parto. Talvez o ideal seria uma “Casa de
Parto”, atendendo as necessidades de conforto da mulher e da família, ao mesmo tempo que oferece a segurança encontrada num hospital. Já em alguns lugares na Europa a opção encontrada foi o parto domiciliar. A equipe se desloca até a casa da parturiente durante o trabalho de parto, levando consigo todo o arsenal necessário caso haja alguma
eventualidade. Na Holanda, por exemplo, somente a gestação
complicada é deslocada para o hospital, onde o pré natal já havia constatado probabilidade de riscos para o parto. Em alguns locais, a própria população demonstra preferência pelo parto domiciliar, mas no Brasil ele representa somente 1 % dos partos em geral. Particularmente em Florianópolis Dr. Pedro Schimidt, médico da Lagoa da
Conceição, lugar típico de hábitos ecológicos mantinha, há anos,
essa prática dos partos em casa. Hoje o Hospital Universitário, através da contribuição do médico e professor Marcos Leite, membro da REHUNA (Rede de Humanização do Nascimento) faz partos em posição vertical (usando cadeiras ao invés de mesa) e permite que a parturiente escolha um acompanhante para estar presente no
momento.

SE UM PARTO NÃO PODE SER REALIZADO NA POSIÇÃO VERTICAL, TAMBÉM NÃO PODERÁ SER REALIZADO NA MESA DE PARTO.

Ao lado da sala de reuniões, naquele hospital francês, havia uma outra sala onde são realizados os partos e que tinha três divisões. Na primeira parte havia uma cama baixa e larga e no outro canto uma cadeira para partos, tiradas de um modelo antigo do médico brasileiro Moisés Paciornik. Em comunicação com esta sala havia uma outra com
paredes azuladas e decoração bem agradável. Nela uma piscina
de 2 metros de diâmetro aproximadamente, para 70 centímetros de profundidade, onde até aquele momento 121 mães haviam optados por fazer seus partos. A água, colocada na piscina no momento do parto era apenas filtrada e a temperatura em torno de 37°C. Ela não era esterilizada e nem continha aditivos químicos de nenhuma espécie. Na
última sala interligada havia uma cama de parto, das
tradicionalmente encontradas em maternidades. Odent comentou: “Esta sala esta praticamente abandonada. Se eventualmente um parto não pode ser realizado na posição natural nas duas salas anteriores (no caso em posição vertical), ele também não poderá ser realizado na mesa de parto. Neste caso nós encaminhamos para uma
operação cesariana”.
O Brasil tem um numero abusivo de partos cirúrgicos por Cesariana. Enquanto que na França, cujo número de Cesarianas, considerado baixo, era de 10,9% dos partos em 1981, em Pithiviers, num hospital público, esse número caia para 7 %. Além disso a taxa de mortalidade perinatal nesse hospital era menor ainda que a média francesa. A OMS preconiza uma
taxa de Cesariana inferior à 20 %, o que segue
os EUA no limite mais alto. No nosso país a incidência é criminosa até hoje. Não bastou o INAMPS no passado igualar tanto o pagamento do parto normal e a Cesariana. As taxas variam conforme o status sócio-econômico: de 24 % quando é baixo e 60 % quando alto, ou seja, os ricos preferem partos por cirurgia. Em Santa Catarina maternidades em
Joinvile e no Hospital Universitário uma nova mentalidade
se desenvolve tentando humanizar os partos, porém em clínicas particulares a média chega ao exagero de 80% de Cesarianas.

A IMERSÃO DA MÃE EM ÁGUA MORNA É UM CAMINHO EFICIENTE, SIMPLES E ECONÔMICO. QUE REDUZ A UTILIZAÇÃO DE DROGAS E INTERVENÇÕES DURANTE O PARTO

Quando a mãe entra em trabalho de parto (contrações freqüentes do útero e dilatação do colo uterino precedendo o nascimento) ela é encaminhada às salas onde realizam os partos. Porém, devido aos trabalhos de preparação no pré parto, ela já estava familiarizada com aquele ambiente. É no momento
do parto e com a ajuda das parteiras que ela escolhe o local, ou seja, na cama baixa, na cadeira ou na
piscina. A experiência daquele serviço coincidem com os dados etnológicos: as mães possuem nesse momento uma atração pela água. Ao entrar em contato com a água quente da piscina e nela tendo uma possibilidade de movimentação mais livre da bacia, os efeitos desagradáveis das contrações diminuem. Há uma
melhora da dilatação do colo uterino e aceleração do trabalho de parto. Para o recém nascido
minimiza as diferenças na troca de um meio aquoso, a do líquido amniótico, onde ele se desenvolveu no útero da mãe, e o contato com o ar. O bebê passa da água para a água - é tocado, acariciado e docemente trazido para o outro meio. Assim que ocorre a expulsão ele é tomado pelos braços da mãe e não
há nenhum risco de inalação de água, como a princípio podemos supor. Abraçado pela mãe, pele com
pele, trocando olhares e uma conversa muito íntima inicia-se uma nova etapa do relacionamento entre pais e filho, sugerindo harmonia tão importante para a saúde da criança.
Nesta maternidade todos os partos eram realizados na posição natural, ou seja, aquela escolhida pela mãe, a vertical. Como bem já havia relatado Odent (1979), são inúmeras as vantagens nesse tipo de parto em comparação com o parto na posição horizontal preconizada nos hospitais das cidades modernas. A posição
horizontal na mesa de parto foi imposta irracionalmente pela civilização ocidental, sem
nenhuma consideração para a parturiente ou para a criança. Na época dos reinados na Europa, um médico também francês, Dr. Mauriceau recomendava a abolição das cadeiras obstétricas em favor do leito, onde a mulher cansada após o parto, já poderia permanecer em repouso. São os estudos antropológicos que
confirmam em diversas civilizações tradicionais a prevalência dos partos na posição vertical,
como a posição encontrada espontaneamente pela gestante. A história conta que essa brusca mudança na posição se deu por volta do século XVII por sugestão de Mauriceau e o modismo dentre a nobreza da época. Paciornick se ateve ao fato quando assistia os índios Kaingangs no interior do Paraná, mas a posição
de cócoras é a que prevalece nas sociedades tradicionais, em diversas partes do mundo, mesmo
nos dias atuais.

NÃO PODEMOS DESPRESAR AS NECESSIDADES DE CONTATOS CUTÁNEOS AFETUOSOS QUE POSSUI O RECÉM NASCIDO

Mas a visita ao hospital de Pithiviers não havia terminado. Antes de partirmos Odent decidiu me mostrar uma nova forma de atenção que o seu serviço dava aos bebês prematuros. Ao invés de colocá-los numa incubadora (berço especial com aquecimento) o prematuro ficava em contato pele à pele com a mãe e com o pai numa sala
aclimatizada. Neste dia a neve podia ser vista lá fora, pela janela. Os
cuidados tomados eram de aquecimento adequado do ambiente e limitação para visita naquela área, tentando proteger o recém nascido de transtornos que pudessem perturbá-lo.
A forma convencional e sistematizada de tratar o bebê em nossas maternidades e berçários não levam em conta de algumas necessidades sutis, embora importantes, daqueles pequeninos seres. Nestes locais, as atividades visando a cuidar da segurança dos bebês acabam afastando-os das mães, e fazem com que sejam manipulados sem se dar conta do que pode
representar para eles esse distanciamento. Hoje
não podemos desconsiderar as atitudes traumáticas para o recém nascidos, decorrentes da introdução de sondas, ou pelo uso de produtos químicos para prevenir infecções. Apesar de tantas publicações sobre as necessidades e sensibilidade do recém nascido é lamentável constatar a desatenção de
muitas maternidades, até mesmo com os ruídos sonoros e estímulos luminosos nocivos a criança que acaba de vir
ao mundo. Wilhelm Reich já acusava em sua época de negligência aos profissionais e a sociedade em geral para este momento tão delicado da vida humana, arriscando em dizer que como conseqüência nós estaríamos vivenciando um verdadeiro “massacre dos recém nascidos”.
Cenas num hospital convencional, de mães desesperadas, não vendo a hora de se livrarem da dor durante o trabalho de parto, não tem necessidade de se repetir com tanta freqüência nos nossos dias. Devemos nos perguntar porque o nascimento parece acontecer de uma forma mais tranqüila em algumas sociedades tradicionais, ou em maternidades publicas, como no
exemplo de Odent e Paciornick, dão atenção
especial ao nascimento.
No Ocidente, dentre as classes diferenciadas dos países em desenvolvimento, ocorre uma preferência para o parto cesariano ou para o parto sob efeitos de anestesia. Em ambos a mãe se encontra imóvel, contrariando o que previa a natureza. Minha intenção, ao relatar essas experiências, é levar a sociedade em geral a uma tomada de
consciência para o momento do nascimento. O objetivo é prevenir
algumas conseqüências tão conhecidas pelos psiquiatras, que podem estar ligadas as condições de gestação e parto. No livro A Cientificação do Amor, Odent (2002) descreve o que aconteceria com uma ovelha se fizéssemos uma anestesia peridural durante o parto dela. Como ela reagiria com seu bebê. As observações do
autor nos deixam a todos intrigados, embora mamíferos, somos diferenciados das ovelhas.
O parto deve ser algo vivo e de profunda intimidade entre a mãe e o bebê que a anestesia e a imobilidade da mãe certamente interfeririam. A separação brusca da mãe e o filho e as intervenções devem ser repensadas. Os atos justificados como medidas preventivas, aqui enfocados são os seguintes:
• Aspiração do trato respiratório do neonato através de sonda;
• Exploração do trato digestivo com a introdução de uma sonda pelo esôfago até o estômago para aspiração de seu conteúdo;
• Aplicação de nitrato de prata nos olhos do bebê no pós- parto para prevenir de infecções;
• Encaminhamento do bebê ao berçário onde ele lá permanece distante de seus genitores.
Esses mesmos atos poderiam ser, respectivamente, serem evitados por:
• Aperfeiçoamento das técnicas usadas no parto, ou seja, realização do parto na posição vertical permitiria menor acúmulo de líquido amniótico no trato respiratório do bebê;
• Simples acompanhamento clínico do bebê no pós-parto, com atenção especial ao funcionamento gastro-intestinal;
• Melhor avaliação clínica e laboratorial da mãe em casos suspeitos, durante o pré-parto;
• Instalação de alojamento conjunto nas maternidades, onde a mãe possa ficar maior tempo possível com o seu bebê.
Estas são apenas algumas propostas, mas outras devem vir espontaneamente com a tomada de consciência de cada um de nós. Haverá um dia em que, tanto a medicina, como a sociedade, reconciliarão o avanço tecnológico e a manutenção da vida nos seus aspectos humanitários.

Bibliografia Recomendada:

1. LEBOYER, F., Nascer Sorrindo, São Paulo, brasiliense, 1974.
2. LEBOYER, F., Cette Lumière d’Ou Vient l’ Enfant, Paris, Seuil, 1978.
3. LORENZ, K., A agressão, uma história natural do mal. Lisboa, Moraes, 1979.
4. ODENT, M., O Renascimento do Parto, 2ª Edição, Florianópolis, Editora Saint Germain, 2002.
5. ODENT, M., Agua e Sexualidade. A importância do Parto Ecológico, Florianópolis, Ciências Contemporâneas, 1990.
6. ODENT, M., Genèse de l’Homme Écologique, Paris, Epi, 1979.
7. ODENT, M., A Cientificação do Amor, 2ª Edição, Florianópolis, Editora Saint Germain, 2002.
8. ODENT, M., A Cesariana, Florianópolis, Editora Saint Germain, 2004.
9. PACIORNICK, M., O Parto de Cócoras, São Paulo, brasiliense, 1979.
10. RANK, O., Lê Traumatisme de la Naissance, Paris, Payot, 1971.
11. VERNY, Thomas e WENTRAUB, Pámela. Bebês do Amanhã - arte e ciência de ser pais. ed. Millenium, 2004.

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